Com a pré-temporada gigante que vem sendo característica da Indy nos últimos anos, relembrar o que aconteceu e o que ainda pode acontecer na troca de assento dos pilotos é sempre bom.
Novo ano, novo patrocínio, novo logo.

Vamos com calma, equipe por equipe.

Team Penske

Nada muda nas terras de Roger Penske.

Josef Newgarden permanece;
Will Power permanece;
Simon Pagenaud permanece;
Hélio Castroneves (só Indy 500) permanece.

Roger Penske optou por manter sua formação do ano passado, quando diminuiu seu número de carros na temporada completa de quatro para três. Os contratos com Will Power e Simon Pagenaud, assinado esse ano, e o de Josef Newgarden, assinado no ano passado, possuem a validade de mais de um ano, assim, manter seu plantel de pilotos campeões não foi nenhuma novidade.

A única dúvida fica por conta do carro de Castroneves. O brasileiro renovou para correr a Indy 500 desde junho do ano passado, mas ainda não sabe se correrá apenas a prova mais famosa da Indy ou se correrá também o GP de Indianápolis, no misto.

Andretti Autosport


Zach Veach permanece
Ryan Hunter-Reay permanece
Alexander Rossi permanece
Marco Andretti Permanece

A Andretti Autosport é outra equipe que já vinha toda acertada. Zach Veach entrou na equipe no ano passado com um contrato de três anos, ou seja, a não ser que aconteça alguma catástrofe, ele permanece na equipe até 2020. O mesmo vale para Alexander Rossi, que assinou um contrato de dois anos com a equipe de Michael Andretti. Ryan Hunter-Reay tem um contrato ainda mais longo, com assento garantido até 2021.

O caso de Marco Andretti é especial na equipe, já que possui vaga virtualmente garantida enquanto ele conseguir apoio para seu carro, e se há algo em que ele é bom, ao contrário da pilotagem, é em achar patrocínios. No entanto, por mais incrível que possa parecer, sua vaga está um pouquinho ameaçada na equipe de seu próprio pai, isso porque o filho do outro sócio do carro #98, Bryan Herta, subiu da Indy Lights para a Indy principal esse ano, e uma vaga para correr na equipe do pai não é nada mal, além de ser meio que uma tradição na Indy. Para resolver isso, Marco Andretti resolveu também entrar na sociedade do carro #98 junto com seu pai e Bryan Herta, garantindo a maioria da sociedade a seu favor e sem a entrada de jovens Herta. Como preço, a equipe do #98 agora se chama Andretti Herta Autosport with Marco Andretti & Curb Agajanian.

Ainda não se sabe do piloto para o quinto carro da equipe, especial apenas para a Indy 500. Normalmente a Andretti alinha um carro extra (apesar de alguns rumores de que Michael Andretti alinhará seis carros esse ano, o que acho difícil), mas ainda não ventilou-se nomes desde que a parceria com a McLaren Racing foi desfeita.

Chip Ganassi Racing


Scott Dixon permanece;
Felix Rosenqvist entra no lugar de Ed Jones.

A Chip Ganassi foi a única do Big 3 a mudar um piloto em seu carro da temporada completa. Após o piloto de Dubai terminar o ano no 13º lugar do campeonato, com apenas dois pódios, a equipe decidiu dispensar o campeão da Indy Lights de 2016 em favor de um estreante, o sueco Felix Rosenqvist. Ele flertou com a Indy em 2016, quando fez uma parte da temporada da Indy Lights e chegou a fazer alguns testes com a própria Ganassi, nos dias reservados para novatos pilotarem carros da Indy. No entanto, o acordo não foi pra frente e o sueco migrou para a Fórmula E e, apesar de alguns sucessos, acabou se voltando novamente para a carreira nos monopostos americanos. Agora é ver se Rosenqvist é capaz de quebrar a escrita ruim do carro #10, já que, desde a introdução do DW-12, em 2012, nenhum piloto com o segundo carro da Ganassi conseguiu ficar entre os cinco primeiros colocados.


ARROW Schmidt-Peterson Motorsports


James Hinchcliffe permanece;
Marcus Ericsson "entra" "no lugar" de Robert Wickens;
Jack Harvey em dez provas no #60 da Meyer Shank Racing.

A equipe de Sam Schmidt e Ric Peterson tinha tudo para ter um ano e uma era maravilhosa na Indy pois, finalmente, tinha acertado na escolha do seu "segundo" piloto. Depois de anos apagados com Mikhail Aleshin, James Jakes e Tristan Vautier, o canadense Robert Wickens chegou com tudo no ano passado e vinha até mesmo com alguma chance de título, ofuscando um pouco o brilho de Hinchcliffe na equipe.

No entanto veio Pocono, Wickens ficará de molho por um longo tempo, e a equipe partiu em busca de um substituto, na segunda vaga mais disputada da pré-temporada desse ano, perdendo apenas para o #10 da Ganassi. E, como sempre acontece nesses casos, a vaga é conquista por um europeu oriundo de assentos meio a boca na fórmula 1. O escolhido da vez foi Marcus Ericsson, que correrá com o carro #7, com a SPM reservando simbolicamente o #6 para quando Wickens voltar.

Outra novidade é a tomada completa da equipe pela ARROW. No melhor estilo AJ Foyt Racing, os dois carros da SPM serão patrocinados pela ARROW Global e estarão pintados de dourado e preto. Não houve menção sobre a antiga patrocinadora do segundo carro da equipe, a Lucas Oil, mas parece que ela pulou fora do barco da SPM.


Rahal Letterman Lanigan Racing

Com esse tanto de sorrisos, a RLLR continua a mesma na maioria do ano.

Graham Rahal permanece;
Takuma Sato permanece;
Jordan King entra para fazer apenas Indy 500.

Quase nada mudou nas terras governadas por Bobby Rahal. Graham Rahal e Takuma Sato continuam em temporada completa, e a única mudança, por enquanto, fica por conta do terceiro carro da equipe, alinhado apenas para a Indy 500. A parceria com a Scuderia Corsa foi desfeita, e o terceiro carro agora será guiado por Jordan King.

Ed Carpenter Racing


Spencer Pigot permanece;
Ed Carpenter permanece só nos ovais;
Ed Jones entra no lugar de Jordan King só nos mistos e na Indy 500.

Na equipe de Ed Carpenter, Brian Fuzzy e Tony George, continuamos na mesma quantidade de carros para a próxima temporada: dois carros na temporada toda e um terceiro carro apenas para a Indy 500. No carro #21, Spencer Pigot faz a temporada completa novamente, enquanto um dos donos, Ed Carpenter, continua no #20 nos ovais. A troca ficou por conta do piloto do #20 nos mistos, quando Jordan King foi dispensado e, em seu lugar, foi contratado o piloto que foi dispensado da Ganassi, Ed Jones (sim, o #20 será pilotado apenas por pilotos Ed).

E lembra aquela parceria da Scuderia Corsa que foi desfeita da Rahal Letterman? Então, ela foi refeita com a Ed Carmpenter Racing. Todas as vezes que Ed Jones estiver ao volante, ele será patrocinado pela Scuderia Corsa e a Ed Carpenter Racing se torna Ed Carpenter Scuderia Corsa. 

Ah sim, os três carros da Ed Carpenter na Indy 500 serão: o #20 para Ed Carpenter, #21 para Spencer Pigot e o #64 para Ed Jones, na Ed Carpenter Scuderia Corsa.

Dale Coyne Racing


Sebastien Bourdais permanece;
Santino Ferrucci entra no lugar de Pietro Fittipaldi e Zachary Claman de Melo.

E, estranhamente, uma das primeiras equipes a definir sua estrutura para 2019 foi a Dale Coyne. A equipe conseguiu manter tanto a parceria com Jimmy Vasser e James Sullivan quanto o piloto Sebastien Bourdais no #18, o #19 tem novo piloto. Santino Ferrucci entra no lugar do revezamento entro o canadense Zachary Claman de Melo e o brasileiro Pietro Fittipadi.

Mas a Dale Coyne não deixa de ser a Dale Coyne e os pilotos dos dois ou três carros extras que a equipe sempre alinha para a Indy 500 ainda não foram anunciados, pois geralmente eles são anunciados depois que a temporada se inicia.

AJ Foyt Racing

O ship é Toneus ou Matony??
Tony Kanaan permanece;
Matheus Leist permanece.

A AJ Foyt mudou em absolutamente nada para 2019. A equipe continua 100% brasileira, com Tony Kanaan e Matheus Leist ao volante do #4 e do #14 da equipe. O carro extra da Indy 500 ainda não foi decidido, pois sempre é aquele último carro a ser anunciado com as parcerias mais estranhas possíveis.

Harding Steinbrenner Racing


Pato O'Ward e Colton Herta entram para a temporada completa.

E a Harding Racing, a equipe que chegou do nada e todo mundo desconfiava agora é a equipe mais estruturada das novatas. Começou fazendo as corridas de Superspeedway em 2017, partiu para a temporada completa com Gabby Chaves, depois com Conor Daly, agora entra os dois primeiros colocados da Indy Lights para a equipe.


Diz-se que a Harding e a Andretti formaram uma parceria, para que a Harding fosse meio que uma extensão ou uma equipe "b" da Andretti, enquanto a mesma corre sua equipe "a" com quatro carros. Pessoalmente, creio que as duas equipes tem uma ligação, que se tornou mais óbvia com a entrada dos dois pilotos da equipe na Lights justamente na Harding e ao mesmo tempo. 

No entanto, não creio que essa ligação seja tão extensa ao ponto da Harding ser considerada uma equipe "b" da Andretti. Primeiro, porque na Indy isso de equipe "b" não tem muita razão de existir, as equipes podem ter quantos carros quiserem e espalhados em quantas garagens quiserem, a antiga equipe Scandia chegou a ter oito carros na IRL em 1996, e a AJ Foyt, nos dias de hoje tem duas garagens, uma em Indianápolis para o carro de Tony Kanaan e outra no Texas para o carro de Matheus Leist; se uma equipe quer alinhar um monte de carros e espalhar garagens mundo afora ela é livre para isso. Em segundo lugar, mesmo com um certo estremecimento durante os últimos dois anos, a Andretti é fortemente ligada a Honda, e a equipe Andretti ter uma equipe "b" correndo de Chevrolet passa longe dos interesses da Honda (a exemplo da McLaren).

Carlin


Max Chilton permanece;
Charlie Kimball permanece, mas não em todas as provas.

A equipe de Trevor Carlin ensaiou por dois anos a entrada na Indy, até estrear ano passado com dois carros pela temporada completa. No entanto, um de seus dois carros a acabou fora do Leader's Circle, onde os 21 primeiros carros no campeonato do ano anterior ganham incentivos financeiros e subsídios para se manter. Com isso, a equipe anunciou que, pelo menos por enquanto, correrá a temporada completa com um carro e o segundo carro correndo apenas algumas provas.

Entre Kimball e Chilton, a Carlin não surpreendeu e escolheu permanecer com o inglês (já que seu pai tem parte na equipe), que correrá no #59 com o patrocínio da Gallagher. O segundo carro, pelo menos por enquanto, não tem o orçamento completo para a temporada toda, e Charlie Kimball, pelo menos a princípio, não corre a temporada toda no #23 patrocinado pela Novo Nordisk; sem o anúncio de quais provas contarão coma presença de Kimball.

Mas isso ainda está em aberto, caso alguém queira patrocinar o Kimball nas provas onde ele ainda não está incluso, bem como algum piloto queira pagar para correr as provas que serão puladas pelo #23, ele está dentro. Além disso, a equipe divulgou que tem um terceiro lote de Dallaras DW-12 extra, e poderia alinhar um terceiro carro, mas visto as dificuldades para ter patrocínio para dois em temporada completa, acrescentar um terceiro se torna ainda mais difícil.

Juncos Racing

Há grande chances de não vermos essa combinação ousada de cores aparecer em várias provas.

Ninguém sabe o que vai acontecer.

Bem, e chegamos em terras completamente desconhecidas. A equipe do argentino Ricardo Juncos passou maus bocados em 2018, tanto na Indy principal, onde não conseguiu alinhar o #32 a temporada completa mesmo com três pilotos pagantes, bem como na Lights, onde seu único piloto, Victor Franzoni, teve que fazer start and park no fim do ano para garantir que ia correr até o fim da temporada.

Para 2019 a situação é ainda mais complicada. O #32 também ficou fora do Leader's Circle e, com isso, a Juncos tem dois lotes de Dallaras para correr, mas absolutamente nenhum dinheiro para correr. A equipe partiu momentaneamente para as corridas de Endurance, alinhando um Cadillac nas 24h de Daytona, mas o dinnheiro para esse projeto veio da GM Mercosul e do piloto pagante Augustin Canapino. Ricardo Juncos aposta nele quase todas as fichas, tentando trazer o piloto argentino para a Indy e assim ter dinheiro para pelo menos um carro, mas nunca se sabe.

Tudo o que sabemos da Juncos é que, caso ela corra a temporada completa, não será com um piloto só, e teremos mais um revezamento verde e laranja pela frente.

DragonSpeed

Ben Hanley correrá cinco provas na temporada.

A primeira equipe estreante nessa temporada é a DragonSpeed, que também corre em vários campeonatos de Endurance pelo mundo. Ela, assim como a Meyer Shank Racing, começará lentamente, correndo apenas cinco provas no ano, e o escolhido para pilotar o #81 em St. Pete, Barber, Indy 500, Road America e Mid-Ohio será o inglês Ben Hanley, que estreará na Indy aos 33 anos.

McLaren Racing

Fernando Alonso correrá nas 500 Milhas de Indianápolis.

Depois de um ano de ausência, a McLaren volta a Indy, mas volta bem diferente do visto no ano retrasado. Agora a parceira com a equipe Andretti e com a fabricante Honda não existe mais (aliás, a Honda barrou a parceria entre McLaren e Andretti), Zak Brown optou em fazer uma tentativa como equipe solo, pelo menos por enquanto, e correndo com motores Chevrolet. Pode ser que ainda pinte parceria com alguma outra equipe, mas parece difícil, pelo menos por enquanto.

E... Bem, é isso por enquanto.

Um comentário:

  1. Só uma observação, a Lucas Oil continuará patrocinando os carros da Arrow SPM, mas como patrocinador SECUNDARIO.

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