Um resumo do que já está oficalmente acertado entre as equipes da Fórmula Indy para 2018, e também um resumo das surpresas que podem pintar para o ano que vem.

Com tantas notícias e rumores, típicos de início de pré-temporada da Fórmula Indy, as vezes nos esquecemos de quem já arrumou lugar para correr no ano que vem. Assim, uma postagem para mostrar o que já foi 100% acertado e o que ainda falta se acertar em cada equipe cai bem, não é?
Será que a representação brasileira na categoria vai diminuir para o ano que vem?
Vamos por equipes:

Team Penske: Power, Pagenaud e Newgarden continuam, Hélio ainda não se sabe.

Excetuando a dúvida de Hélio no #3 da equipe, a Penske já está toda acertada para o ano que vem. Esses acertos foram fáceis, pois em nada mudaram desse ano para o ano que vem: a equipe continua com os motores Chevy, e contará com Josef Newgarden, Will Power e Simon Pagenaud para a temporada completa e Juan Pablo Montoya para as 500 milhas de Indianápolis.

Sendo assim, a dúvida recai sobre o brasileiro Hélio Castroneves. A Penske entrará para o IMSA (categoria de endurance) em 2018, em parceria com a Acura. O projeto conta, inicialmente com um carro para JP Montoya e Dane Cameron, mas, em uma expansão para dois carros, é bem provável que Helinho vá para o IMSA.

Assim, o futuro da vigésima primeira temporada de Hélio Castroneves na Indy ainda está em suspenso.

Ganassi: Redução para dois carros com Dixon em um deles.

O time de Chip Ganassi, que vinha tendo problemas ao ter quatro carros, decidiu diminuir sua estrutura. Com o não acerto com Max Chilton por diferenças dentro da equipe e do não acerto com a Tresbira/Novo Nordisk que patrocinava Charlie Kimball, a equipe se reduz aos carros #9 e #10 para o ano que vem.

No #9 está confirmadoo o eterno Scott Dixon, enquanto a indecisão fica por conta do #10. Até o momento, cogita-se o nome de Brandon Hartley, campeão desse ano das 24 Horas de Le Mans pela Porsche, mas nada de acerto até o momento num dos assentos mais cobiçados da pré-temporada até o momento.

Andretti possui quatro carros, mas ainda persegue seu sonho do quinto carro.

A Andretti Autosport, das equipes grandes, foi a que teve maiores indecisões até pouco tempo, e agora é a equipe mais acertada para 2018. Nas etapas finais do campenato, muito se comentou da equipe de Michael Andretti voltar a usar os motores Chevrolet, e a indefinição da situação de Alexander Rossi e Takuma Sato, os dois pilotos "Honda" da equipe, fazia aumentar ainda mais o rumor.

Os rumores da mudança de motor atingiram o patamar de certeza quando Takuma Sato deu fortes indícios de voltar a Rahal Letterman Lanigan Racing para o ano que vem. Entretanto, apenas uma semana depois do acerto de Sato, Michael Andretti confirmou que segue usando os motores Honda, e também confirma a renovação de Alexander Rossi para 2018 e 2019.

Assim, até antes de Sonoma, a equipe tinha três pilotos: Marco Andretti no #27, acertado até 2022 (o contrato mais longo da Indy atual), Ryan Hunter-Reay no #28 até 2020 e Alexander Rossi no Andretti-Herta #98 até 2019. A equipe anunciou a entrada de Zach Veach no carro que restava, o #26, que estreará na categoria depois de três anos de Indy Lights.

Ainda existem rumores de um quinto carro da Andretti, em parceria com a Michael Shank Racing ou num milagre com Zak Brown. Esses acertos dependem, principalmente, de combustível financeiro vindo de outros apoiadores ou de um piloto pagante, mas nunca se sabe...

Rahal Letterman Lanigan Racing finalmente volta a ter dois carros em 2018.

A equipe do ex-piloto e do ex-apresentador voltará a ter dois carros correndo a temporada completa da Fórmula Indy. Um, o #15, para o filho de Bobby, Graham Rahal; e o outro, o #16, para seu filho pródigo, Takuma Sato.

O acerto com Takuma veio da incerteza da continuação da Andretti com a Honda, fazendo com que o japonês voador, que é piloto Honda, mudasse para uma equipe que já tinha a certeza de correr com os motores nipônicos para o ano que vem. Juntou-se isso com a eterna vontade de Bobby Rahal de ter sempre dois carros no grid e o acerto está pronto.

Ainda pode aparecer um terceiro carro em corridas esporádicas, principalmente para Oriol Servià durante as 500 milhas de Indianápois (que aconteceu em 2014, 2015 e nesse ano) ou até mesmo para Kyle Kaiser, caso este não suba para a Fórmula Indy junto com a Juncos.

Ed Capenter Racing continua com um carro e dois meios carros para 2018.

A equipe de Ed Carpenter, Tony George de Fuzzy Zoeller continuará com dois carros para 2018, ambos patrocinados pela Fuzzy Vodka na maioria das etapas do campeonato. 

A grande novidade fica por conta de Spencer Pigot que, após mais de vinte corrida pela Indy, finalmente fará uma temporada completa, assumindo o #21 da equipe.

No mesmo anúncio, confirmou-se que Ed Carpenter continuará correndo apenas nos circuitos ovais do ano que vem, assim como faz desde 2014.

O que resta saber agora é: quem pilotará o #20 nos mistos? Existem alguns candidatos vindos das categorias de base, como Zachary Claman de Melo ou Santiago Urrutia, mas estes tem focos também em outras equipes, e precisam primeiramente se frustrar buscando vagas nelas para depois pensar em fazer apenas meia temporada na Ed Carpenter.

Dale Coyne já tem um piloto para o ano que vem.

Comumente, a equipe de Dale Coyne vem sempre com dois carros e, por mais incrível que possa parecer, já tem o primeiro piloto confirmado.

Sebastien Bourdais assinou em 2017 um contrato de dois anos com a equipe de Dale Coyne e, depois de provocar uma revolução na equipe trazendo um bom número de pessoas da antiga KV, o francês fará seu terceiro ano na equipe, esperando fazer uma temporada completa pela equipe.

A segunda vaga na equipe ainda está em aberto, mas a equipe está quase competamente direcionada para Ed Jones. O inglês de Dubai ainda tem de correr atrás de combustível financeiro, pois Jones não terá no ano que vem o apoio dado ao campeão da Indy Lights, e agora corre atrás de patrocínios para fechar no #19.

Caso ele não consiga, sempre existem candidatos, como Esteban Gutierrez, Rodolfo Gonzalez e Juan Pablo García. Da Dale Coyne pode-se esperar de tudo.

Na Schmidt-Peterson quase nada está definido.

A equipe de Sam Schmidt e Ric Peterson vive um momento estranho. Até o momento, o único programa concreto fechado para 2018 é o de Tristan Gommendy, que correu na Champ Car em 2007, para correr a Indy 500 do ano que vem, em parceria com a Calmels Sport.

De quase certo há a presença de James Hinchcliffe no #5. A Arrow Eletronics e a SPM ainda não chegaram em um acordo para o ano que vem, mas estão perto disso. Mesmo assim, caso a parceria fechada com a Arrow não forneça patrocínio suficiente para uma temporada completa, a Lucas Oil é parceira da equipe desde sempre e pode fazer as contas fecharem para o carro do canadense.

A dúvida fica quanto ao outro carro, o #7, onde a Schmidt-Peterson tem 28 nomes para avaliar qual o melhor acordo a se fazer para substituir Mikhail Aleshin. Esse carro, junto com o #10 da Ganassi são os assentos mais visados da Indy para 2018.

Já na AJ Foyt nada está definido.

A equipe de AJ e Larry Foyt é uma folha em branco para 2018. Com os motores Chevrolet e o patrocínio único (por enquanto) da ABC Supply, os dois assentos da equipe não foram anunciados.

Até o momento, o principal nome para uma das vagas é o brasileiro Tony Kanaan. Depois de algumas desavenças com a Ganassi, onde permaneceu quatro anos, a Foyt parece uma boa casa, com patrocínio eterno da ABC.

E, por enquanto de rumor na Foyt não há muito mais. A equipe vem numa fase de nova reestruturação, onde percebeu que ter duas bases diferentes de trabalho, uma no Texas e outra em Indiana, não vem dando certo.

Harding Racing, Juncos Racing e Carlin querem entrar na Indy.

A temporada de 2018 da Fórmula Indy tem chance considerável de ter três equipes novas. 

Apesar de nada das três equipes ter sido devidamente anunciado e oficializado, há alguns pontos que estão praticamente certos em pelo menos duas delas:
  • A Harding Racing é a que tem planos mais concretos (e modestos) até o momento. Apenas três pessoas-chave comandam a equipe: Gabby Chaves fará o papel de piloto e engenheiro, enquanto Al Unser Jr. ajuda e aconselha o colombiano como pode e Mike Harding paga a conta e se diverte com o circo da Indy. Apesar de tudo meio encaminhado, ainda é necessário algum aporte financeiro e outros detalhes de apoiadores, mas parece o plano mais promissor por ser simples e pelo que a Harding fez em 2017: aproveitou que tinha um carro de superspeedway e alguma estrutura após a Indy 500 e também correu as outras etapas. coisa que as outras duas equipes estreantes não se atreveram a fazer.
  • A Juncos Racing também tem um projeto bem sólido, principalmente depois de um de seus pilotos, Kyle Kaiser, se sagrar campeão da Indy Lights. A equipe de Ricardo Juncos já tem uma grande estrutura em Indianápolis e possui parte do espólio da KV, mas ainda falta aquele combustível financeiro para fechar tudo e fazer anúncios. Há também a dúvida de quantos carros a equipe deve alinhar e isso, novamente, depende do combustível financeiro e etc. etc. etc. O Ricardo Juncos explicou um pouco melhor seus planos aqui.
  • A Carlin, apesar de ter um programa sólido, não possui tanto concretismo. Trevor Carlin mesmo declarou que esse é o momento ideal para subir à Fórmula Indy, entretanto, o mesmo declarou que entraria apenas com uma estrutura sólida e um grande projeto o apoiando. E, bem, tirando algumas conversas com a família chilton, não houve grandes avanços em seu projeto.

E, bem, é isso por enquanto. Agora podemos acompanhar a boataria tendo alguma base de onde procurar. Até mais!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário