Dixon triunfa pela quarta vez no Texas e se iguala a Hélio Castroneves como maior vencedor
Foto: Chris Owens/Indycar
Com uma performance arrasadora, Scott Dixon liderou 157 voltas e conquistou a vitória nas 300 milhas do Texas. Em uma corrida que prometia muitos acidentes, a prova teve apenas 4 bandeiras amarelas e terminou com menos de duas horas de duração. A corrida teve somente 180 ultrapassagens e 5 trocas de liderança, um número considerado muito baixo para uma prova em oval. No final, Felix Rosenqvist, foi o único que ameaçou seriamente a vitória de Dixon, mas sofreu um acidente e não impediu o passeio do carro #9.

A corrida esteve longe de ser agradável e divertida de se assistir, ao contrário, foi bastante monótona e sem graça. A única vantagem é que foi rápida. Uma série de fatores contribuiu para que a corrida não fosse interessante, entre eles, o kit aerodinâmico, a falta de velocidade, o asfalto abrasivo, os pneus disponibilizados pela Firestone (com qualidade muito duvidosa), o calor intenso, e a retirada do PJ1 (produto colocado no traçado externo da pista para melhorar a aderência). Sem falar na pandemia de Covid-19 que restringiu todas as atividades para um único dia e não possibilitou um trabalho mais eficaz no acerto dos carros.

Confira o resumo da corrida:

Antes da largada, Takuma Sato não conseguiu consertar o carro depois de um acidente forte no treino classificatório. Mas o pesadelo da equipe Rahal Letterman aumentou quando minutos antes do comando de acionamento dos motores, o carro de Graham Rahal não ligou corretamente e foi levado para a garagem para fazer um reset. Na equipe Andretti, Alexander Rossi e Ryan Hunter-Reay também tiveram problemas elétricos e realizaram ajustes não aprovados pela direção de prova.

Punições

Após uma largada limpa, os 3 carros que tiveram problemas foram punidos. Rossi e Hunter-Reay pagaram um drive through enquanto Rahal pagou um stop and go. Ao entrar no pit para pagar o drive through, Rossi excedeu o limite de velocidade e foi punido novamente. A corrida não tinha nenhuma emoção até próximo da primeira janela de pits. Foi quando Dixon conseguiu ultrapassar Josef Newgarden e assumir a liderança na volta 31.

Dois estreantes sentindo na pele as dificuldades de uma pista exigente
Com um stint máximo de apenas 35 voltas, as paradas começaram na volta 32 e se estenderam até a volta 37 quando os últimos colocados já tentavam descontar volta perdida. No momento em que Alex Palou retornava para a pista, Rinus Veekay rodou e coletou o novato em um acidente. Bandeira Amarela. Durante a amarela, a direção de prova puniu Tony Kanaan por excesso de velocidade nos pits e ele foi obrigado a relargar no final do pelotão.

A relargada aconteceu na volta 46 e não aconteceu praticamente nada até a volta 77 quando a direção de prova acionou novamente a bandeira amarela por causa de detritos na pista. Na janela de paradas, Newgarden e Rosenqvist ultrapassaram Dixon. Will Power arrancou com uma roda solta e perdeu várias posições. A nova relargada aconteceu na volta 86 e logo depois, Dixon passou Rosenqvist e recuperou a segunda posição.

Queda de Newgarden

Não demorou muito para Newgarden começar a perder desempenho e também ser ultrapassado por Dixon, que voltou a ser o líder da prova. Mais uma vez a corrida entrou em profundo marasmo e na volta 120, Newgarden, que já havia caído para quarto lugar, foi obrigado a fazer pit stop. Kanaan que estava uma volta atrás, conseguiu recuperar sua volta perdida. E mesmo após o pit, Newgarden perdeu mais duas posições, para Zach Veach e Charlie Kimball.

Uma nova janela de pits aconteceu entre as voltas 152 e 155. Newgarden conseguiu se recuperar dessa vez e subiu para terceiro, seguido por Veach em quarto. Kimball despencou para oitavo em virtude do trabalho terrível feito pela equipe Foyt na sua parada. E mais uma vez, não aconteceu praticamente nada até a reta final da corrida. Excetuando o fato de que Rahal foi punido mais uma vez e cumpriu mais um stop and go na corrida. E também que os dois carros da Ganassi abriram mais de meia volta de vantagem para o resto do pelotão.

Domínio de Dixon

Na volta 181 começou a última janela de pits. Porém, dessa vez a janela foi bem longa e se estendeu até a volta 189. Rosenqvist vinha em segundo e se aproximava perigosamente de Dixon. Tentando dar o pulo do gato, Rosenqvist antecipou sua parada, no entanto, Dixon foi mais esperto e conseguiu voltar na frente de Rosenqvist e de um grande grupo de retardatários.

O acidente de Rosenqvist atrapalhou a dobradinha da Ganassi
Foi numa disputa com retardatários que Rosenqvist rodou na volta 190 e bateu. Mais uma bandeira amarela. A direção de prova se beneficiou da amarela para limpar a pista, conceder uma volta de recuperação para grande parte do grid e ainda pode dar a relargada na volta 197. Charlie Kimball, que vinha fazendo uma boa corrida, rodou sozinho na última volta e ainda trouxe a última amarela duas curvas antes de Dixon cruzar a linha de chegada e ser o vencedor da corrida.

No final, a Penske que teve problemas em toda a corrida, ainda conseguiu salvar a segunda posição com Simon Pagenaud e o terceiro lugar com Josef Newgarden. Zach Veach foi o melhor carro da equipe Andretti e terminou em quarto. Hunter-Reay superou os problemas e conseguiu terminar dentro do top 10, ao chegar em oitavo e ainda dentro da volta do líder. E o brasileiro, Tony Kanaan, salvou a décima posição, também na volta do líder.

Classificação e Pontuação

Confira o resultado final da corrida:


Veja como ficou a pontuação após o GP do Texas:


Classificação de motores:


Agora a Indy fará uma nova pausa grande e só retorna no feriado de independência dos Estados Unidos, em 4 de julho, quando fará o GP de Indy dentro de um mega evento organizado em conjunto com a NASCAR. Até a próxima!

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