Enquanto Tony Kanaan lamenta seu desempenho e Pietro Fittipaldi exalta ritmo forte na prova, Hélio Castroneves está nas nuvens com sua quarta conquista em Indianápolis e fala em voltar a disputar o título do campeonato.


Confira aqui como cada um dos três brasileiros avalia sua participação nas 500 milhas de Indianápolis desse ano.


Pietro Fittipaldi

 


Depois dos problemas que Fittipaldi teve em 2018, quando teve um acidente em uma corrida de endurance em Spa Francochamps e impediu o brasileiro de estrear nas 500 milhas de Indianápolis daquele, ele conseguiu retornar três anos depois para fazer sua tão esperada estreia.

 

Pietro começou muito bem durante os treinos, conseguindo o 13º lugar no grid, sendo o melhor estreante no grid de largada. Ele ficou a menos de uma milha de passar para o Fast 9 e disputar a pole position. 

 

Para o site F1 Mania, Pietro tinha comentado o que sentiu nesse primeiro dia e da sua felicidade com o resultado: "Foi um dia intenso, com muita adrenalina, e tivemos um bom qualy para a Indy-500. Estou feliz de estar nas cinco primeiras filas, ser o melhor estreante e agora podemos focar na corrida. Sabíamos que tínhamos um bom carro ontem depois da nossa terceira sessão, muito consistente. Chegamos a pensar em ter uma segunda tentativa para melhorar quatro posições e buscar uma vaga no Fast Nine para tentar a pole amanhã, mas preferimos não arriscar e largar em 13º de 33 em minha estreia na Indy-500 é um bom resultado".


Para a corrida o carro #51 da Dale Coyne Racing with Rick Ware Racing tinha boa performance, mas acabou realizando a estratégia no fim da prova de economia de combustível, que acabou não dando muito certo e fizeram com que Pietro Fittipaldi figurasse no segundo lugar a 50 voltas do fim da prova mas recebeu a bandeira quadriculada em 25º, a uma volta atrás.


Estou feliz pelo nosso ritmo e por ter completado a prova, mas não foi o resultado que a gente gostaria. Na primeira parada saiu uma bandeira amarela e isso nos custou muito tempo, fiquei uma volta atrás. Nós conseguimos recuperar na pista, nosso carro estava muito forte nas relargadas e já na parte final nós conseguimos ganhar muitas posições. A equipe decidiu fazer uma estratégia de economizar combustível para as últimas voltas, então esperávamos essa outra bandeira amarela e ela não saiu.

 

Tony Kanaan

 


O bom baiano tinha tudo para disputar a vitória. Liderou os treinos livres da quinta-feira, conseguiu um terceiro lugar tanto no Fast Friday quanto no primeiro dia de treino classificatório, conquistando o quinto lugar no grid no domingo.

 

Após a definição do grid, Tony declarou que precisaria estar sempre no pelotão principal, pois todos andaram consideravelmente próximos nos treinos, resultando em poucas ultrapassagens. Então tanto a estratégia como o ótimo ritmo definiriam a prova. Ele estava no pelotão principal até a primeira bandeira amarela causada por Stefan Wilson onde, a partir daí, tudo começou a dar errado.


Tony estava praticamente sem combustível e teve de fazer uma parada para colocar combustível, mas com os boxes fechados ele teve de colocar pouca gasolina para não levar punição, tendo de fazer uma segunda parada quando os boxes abriram, levando uma volta no processo e tendo de relargar no fim do grid. O bom baiano fez uma corrida de recuperação, voltou a ficar na volta do líder, teve a estratégia certa de não economizar combustível e conseguiu chegar em décimo no fim da prova.

Ficamos presos na amarela e acabou. Eu disse que precisávamos andar no top-5 o dia inteiro porque seria muito difícil. Nossa corrida acabou antes mesmo de começar. Ficamos presos na amarela, tivemos de largar no fundo, fizemos tudo o que podíamos, tínhamos um carro bom, fizemos boas ultrapassagens, mas eu sabia que ali seria difícil


Hélio Castroneves

 


O brasileiro está nas nuvens. Com o feito histórico da sua quarta conquista em Indianápolis, o piloto da Meyer Shank deu várias entrevistas para a imprensa brasileira e participou de vários programas no estilo live.

Teve o da TV Cultura, onde Rodrigo Mattar e Gefferson Kern o entrevistaram

Teve uma entrevista coletiva organizada pelos donos da Fórmula Indy no Brasil.

Teve uma com o Alexandre Grunwald no programa Mundo a Fora.

E também num dos programas do Grande Prêmio.

 

E nelas o tetracampeão de Indianápolis conta várias histórias, como os perrengues da Meyer Shank Racing tendo um dos mecânicos lesionados durante a semana de prova, conta que recebeu ligação de Roger Penske logo após a prova, e conta que mais do que nunca tem o desejo de fazer a temporada completa para tentar o título no campeonato da Fórmula Indy.


E esses foram os três brasileiros que participaram das 500 milhas de Indianápolis esse ano. Infelizmente, os três não estarão mais juntos na pista por esse ano, pois Tony Kanaan e Pietro Fittipaldi correm apenas nos ovais (com eles dividindo seus carros com Jimmie Johnson e Romain Grosjean, respectivamente) enquanto o Helinho correrá nas última seis provas do ano exceto no oval de Gateway.


A próxima etapa acontece no fim de semana que vem, nas ruas de Belle Isle em Detroit, uma rodada dupla com corridas no sábado e no domingo. Até lá!!

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