A equipe, bem como a sua equipe associada, a Global Racing Group, surpreende e lidera os dois treinos pré-temporada da Indy Lights em Barber, a frente de Andretti Autosport e Juncos Racing


O Road to Indy fez seus últimos treinos coletivos antes do início da temporada nessa semana, no domingo, segunda e terça feira no Barber Motorsports Park, que também é o palco da primeira rodada dupla das categorias no domingo que vem. 

 

No domingo e segunda a Indy Pro 2000 e a USF2000 alternaram na pista, enquanto a terça-feira foi exclusiva para os treze pilotos da Indy Lights, tendo duas sessões de três horas, uma pela manhã até a uma hora da tarde locais e outra à tarde, terminando às cinco e meia da tarde locais. Os brasileiros nos treinos da Indy Pro 2000 e da USF2000 você vê aqui.

 

O grande destaque foi, surpreendentemente, para a HMD Motorsports. Seja em seus dois carros oficiais ou em seus dois carros associados com a global Racing Group, a equipe criada no ano retrasado loteou os melhores tempos tanto pela manhã quanto no período da tarde.


Na manhã, o ex-campeão da F-3 britânica Linus Lundqvist liderou o treino, com o veterano David Malukas em segundo e, à tarde, foi a vez de Malukas liderar, com Lundqvist logo atrás. Os dois foram os únicos do treino a andarem abaixo de 1:12.5 e se destacaram no treino. Os outros dois carros tiveram resultados menos expressivos, onde Benjamin Pedersen foi o terceiro melhor pela manhã mas caiu de desempenho a tarde e Nikita Lastochkin não conseguiu ficar entre os dez primeiros em ambas as oportunidades (lembrando que o grid tem 13 carros).

Robert Megennis foi o carro não-HMD que teve melhor desempenho.

Essa foi uma surpresa pois, normalmente, a HMD é superada principalmente pela Andretti Autosport e pela Juncos Racing nas atividades da principal categoria de acesso à Fórmula Indy. Pela manhã, o campeão da Indy Pro 2000 Kyle Kirkwood foi o mais rápido da Andretti, mas conseguiu apenas o quarto melhor tempo e ficando mais de meio segundo atrás de Lundqvist. À tarde, o veterano Robert Megennis mostrou a que veio e fez o terceiro melhor tempo, pouco a frente de Kirkwood.


Os outros dois pilotos da Andretti, em conjunto com os dois pilotos da Juncos Racing e Alex Peroni, da Carlin, formaram o pelotão intermediário. Normalmente, eles estariam no pelotão principal disputando os melhores tempos mas, devido ao grande destaque da HMD, eles ficaram entre o quinto e o nono lugar.

Isso chama bastante a atenção pois tanto os pilotos da Andretti quanto da Juncos possuem um certo gabarito. Robert Megennis já é experiente na Lights e conquistou até vitória na temporada passada, em 2019; Kyle Kirkwood é o campeão da Indy Pro 2000 do ano retrasado com uma sequência incrível de nove vitórias em dez corridas e também é famoso por ser campeão de praticamente todos os campeonatos que disputou nos monopostos. Delvin De Francesco, da Andretti, foi vice-campeão da Indy Pro 2000 do ano passado, perdendo apenas para Sting Ray Robb, que corre pela Juncos esse ano, e Toby Sowery, que também corre pela Juncos, também é experiente e foi terceiro colocado no campeonato passado da Lights, conseguindo uma vitória.


Os pilotos da Andretti e da Juncos são bastante fortes, as equipes são as mais estruturadas do grid e os testes coletivos de primavera são extremamente importantes, fazendo com que elas viessem com tudo para ele. 

 

Mas então, porque a HMD conseguiu se dar melhor? Primeiramente, a associação entre ela e a Global Racing Group ajudaram bastante. A equipe é uma das maiores dos campeonatos da SCCA, onde são disputadas a F-4 USA e a F-Regional Americas, além da F-Atlantic e da Fórmula Ford USA. No ano passado foi oferecido uma bolsa para que o campeão da F-Regional corresse na Lights, onde Lundqvist foi campeão com 15 vitórias em 17 corridas. Para migrar pro mundo da Indy, o sueco não conhecia ninguém, então acabou trazendo a tira colo a estrutura da Global Racing Group para se associar a HMD, que era uma equipe mediana.

Lundqvist sendo campeão da F-Regional o ano passado.

Com as duas juntando forças elas conseguiram estrutura para suportar quatro carros, e com pelo menos dois desses quatro sendo bem gabaritados, onde além do campeão da F-Regional e da F-3 Britântica Lucas Lundqvist temos David Malukas que foi vice-campeão desse mesmo campeonato e tem vários pódios na Lights de 2019.


Agora, com dois pilotos rápidos e estrutura suficiente, a HMD tem grandes chances de bater de frente com Andretti e Juncos, fazendo com que tenhamos pelo menos uns cinco pilotos em condições de brigar pelo título e mais quatro pilotos correndo por fora! 


Ou seja, mesmo tendo apenas treze carros (que é um aumento de cinco carros no grid comparado com 2019) teremos hipoteticamente quase meio grid brigando lá na frente! A temporada começa no fim de semana que vem, com uma corrida em sábado e outra no domingo na própria Barber Motorsports Park!


E você está se perguntado: teremos brasileiros na Lights esse ano? Infelizmente não. Desde 2018 com Lucas Kohl não temos tupiniquins na principal categoria de acesso à Fórmula Indy e, nesse ano, teremos dois brasileiros no Road to Indy: Enzo Fittipaldi na Indy Pro 2000 e Kiko Porto na USF2000.

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