Em uma série do nosso site, vamos ver sobre os circuitos da história da Indy, onde terminaremos a segunda parte da série: os cinco melhores circuitos mistos que a Indy já viu.

 

Indy Center Brasil: especialista em trazer circuitos que você não lembra de ter visto.

A pré-temporada da Indy é bem grande e manter o interesse das pessoas nesse longo tempo é bem complicado. Para nossa sorte, a Indy é uma categoria com uma história gigantesca, o que nos dá munição para boas histórias e até mesmo série de postagens como essa. Pra começar, vamos fazer uma série de SEIS postagens sobre circuitos, falando sobre os melhores e os piores circuitos em cada uma das três categorias: ovais, mistos de autódromo e de rua.

 

E no quesito circuito misto a América não deixa nada a desejar perante a Europa. Muito dos circuitos mais icônicos que o continente possui estão no nosso continente e a Indy já passou pela grande maioria deles. Assim, um ponto é que a lista de melhores circuitos mistos que a Indy já andou varia bastante de fã para fã e a decisão dos cinco melhores ou piores circuitos é, basicamente, nossa. Os circuitos aqui listados não é nada mais nada menos que nós ditando regra e mostrando alguns circuitos. Caso discorde ou tenha algum circuito para apontar, comente sua lista pra gente ver! 

 

E vamos à lista!

 

5º: Indianápolis Motor Speedway - Misto (2014-presente)


Ok, começamos com uma grande polêmica, talvez o circuito mais polêmico das listas de melhores que estamos fazendo. O misto do Indianápolis Motor Speedway é um daqueles que circuitos que as pessoas ou amam ou odeiam, mas a gente ama nesse site.


Com 3,925 quilômetros de comprimento e treze curvas é uma derivação de dois outros circuitos mistos que foram construídos dentro do Indianápolis Motor Speedway: um construído para receber a Fórmula 1 de 2000 a 2007 e ficou bastante conhecido pelo escândalo da Michelin onde apenas seis carros largaram, e outro construído para receber a Moto GP após a saída da Fórmula 1 do circuito, havendo corridas da principal categoria motociclística entre 2008 e 2015.


É um circuito consideravelmente simples, com duas curvas longas (a 11 e a 14) duas curvas mais lentas (a 4 e a 10) e quatro chicanes e esses, o traçado do misto de Indianápolis consegue ser seletivo o suficiente para se tornar interessante de pilotar, fornece boas corridas com dois pontos de ultrapassagem mais claros e também oferece oportunidades de estratégias com a duração da corrida de 85 voltas e pode ser responsável por algumas surpresas.


Mas, talvez o maior destaque seja realmente a categoria entrar em Indianápolis mais vezes além das 500 milhas, mesmo que seja num circuito misto. No fim, o quinto lugar está bom para o circuito também por esse aspecto. Fiquem com a visor cam de Graham Rahal, uma das coisas que me fez me apaixonar tanto pelo circuito quanto por visor cams.



 

4º Riverside International Raceway (1981-83)

 

Um dos primeiros circuitos de autódromo misto que a Indy já andou  foi justamente em Riverside, circuito que recebeu a Fórmula 1 em 1960, sendo o terceiro circuito americano a receber a categoria. O circuito da Califórnia recebeu tanto as corridas finais da temporada da USAC de 1967 a 1969 e também recebeu provas da CART de 1981 a 1983, além da NASCAR, do IMSA, das categorias da SCCA e até mesmo corridas de motovelocidade americanas.


O circuito de 5,3 quilômetros é consideravelmente simples e com apenas nove curvas. apesar de alguns problemas com segurança, onde grande parte da sua vida o circuito passou sem receber zebras ou caixa de brita (sendo usados pneus na beira da pista para evitar que os pilotos cortassem caminho até o final dos anos 70) e com um barranco gigantesco do lado da reta oposta e o muro colado à curva nove, a principal do circuito, houveram muitos acidentes fortes nas mais diversas categorias. O circuito era muito conhecido dos anos 60 até os anos 80, tendo até mesmo vários filmes sendo gravados lá, como Viva Las Vegas, Speedway, Grand Prix e Os Bons Se Vestem De Negro.

 

No entanto, o grande charme do circuito está na sua simplicidade. São apenas nove curvas, sendo seis dessas quase em sequência. Após abrir a volta na reta dos boxes, logo os pilotos desaceleram um pouco para contornar as rápidas curvas um e dois, caindo direto nos esses, uma sequência de curvas técnicas que estão lá mais para confundir os acertos dos carros e exigir mais habilidade dois pilotos. 

 

Os esses terminam na curva seis, uma curva bem longa de 180 graus. Depois de uma pequena reta com bastante mudança de elevação e mais uma curva de 180 graus com raio longo, outra reta pequena e uma terceira curva, só que com angulação progressiva.


Por último vinham os dois pontos mais icônicos de Riverside: a gigantesca reta oposta, de mais de um quilômetro de comprimento e os carros chegavam próximos de 200 milhas por hora nos anos 80, culminando na famosa curva nove, uma curva que se parece muito com a Peraltada de Hermanos Rodriguez.

 

Como na época on boards eram difíceis, principalmente em um circuito onde a Indy não correu tanto por ser próximo do Ontário Speedway, Long Beach e Fontana, imagens se tornam ainda mais raras. No vídeo a seguir temos a largada da corrida da CART em 1981, onde as imagens ficam seguindo o líder da prova, Geoff Brabham, no circuito de Riverside por duas voltas inteiras:

 


No entanto, com as grandes mudanças do automobilismo nos anos 80, o circuito passou a ficar cada vez mais perigoso e ultrapassado, sendo fechado em 1989 e se tornou um shopping com estacionamento aberto.


3º: Barber Motorsports Park (2010-presente)


O circuito de Barber caiu do nada no mundo da Indy. A categoria em 2009 procurava por mais circuitos na parte sul dos EUA, para que o mal tempo não atrapalhasse a ter corridas no início da temporada, em março ou abril. Foi quando, após a Indy 500 daquele ano, a IRL e a ZOOM Motorsports começaram a negociar, e se acertou uma corrida em Barber para a temporada seguinte, isso a poucas semanas do anúncio do calendário da temporada 2010.


Haviam muitas dúvidas quanto ao comportamento tanto dos carros quanto da corrida em si em um circuito planejado inicialmente para receber apenas corridas de motos. Por esse motivo as negociações anteriores para o circuito entrar na IRL em 2008 não deram certo (em conjunto com a reunificação, que fez o calendário ficar cheio de corridas e não ter espaço para Barber).


Mas o circuito é bastante seletivo e com curvas dos mais variados tipos e isso, em conjunto com as várias mudanças de elevação da pista fizeram com que Barber logo caísse no gosto de pilotos e engenheiros da categoria, fazendo com que ela se tornasse o mais novo campo de testes coletivos da categoria, em conjunto com Indianápolis Misto e com o traçado norte de Sebring (que é tão apertado, lento e ondulado que serve para testar o comportamento dos carros em pistas de rua).


As corridas no início eram mais complicadas, muito devido ao chassi que não era propriamente feito para boas corridas em misto e as corridas de 2010 e 2011 proporcionaram boas curas para a insônia. Mas, a partir de 2012, as corridas se tornaram cada vez mais empolgantes, quer dizer... não aquela coisa mágica de um milhão de ultrapassagens, mas melhoraram o suficiente para serem corridas legais e um bom entretenimento para uma ótima pista onde os pilotos e engenheiros adoram trabalhar.

 

E segue mais uma visor cam: Josef Newgarden em 2016:

 


 


2º Watkins Glen International Raceway (1979-2017)


Mais um clássico no mundo da Indy. O circuito que fica no estado de Nova Iorque entrou pro mundo do automobilismo nos anos 50 e 60, chegando a receber a fórmula 1, em um traçado mais curto e, segundo dizem, mais inseguro. Em meados dos anos 70, o circuito foi remodelado para a versão estendida e, em 1992, recebeu a bus stop no fim da reta oposta, chegando ao seu layout final de 5,435 quilômetros de extensão.

 

A Indy correu na Meca do automobilismo americano em três oportunidades. O circuito foi um dos presentes na temporada inaugural da CART em 1979 até 1981, depois Qatkins Glen foi um dos primeiros circuitos mistos a entrar no calendário da IRL em 2005 e permanecendo até 2010, na última vez, Watkins Glen voltou por apenas duas temporadas, em 2016 e 2017.


O circuito possui várias curvas rápidas no início da volta até a "outer loop" no fim da reta oposta, com o fluxo de velocidade sendo quebrado apenas na bus stop que serve também como ponto de ultrapassagem, o principal da pista. 

 

Após isso, um grande miolo com uma sequência de curvas sinuosas que exige bastante dos pilotos além do ajuste ficar consideravelmente bagunçado. Isso até a curva Heel, onde o circuito se liga novamente ao circuito principal levando as curvas finais do circuito.

 

Nas câmeras, temos a explicação de Danica Patrick em 2010 e duas voltas de visor cam de Graham Rahal em 2017:

 




As curvas bastante sinuosas trazem uma característica a mais ao circuito que é bastante rápido e desafiador por quase não ter áreas de escape e, na maioria das vezes, um erro é fatal num circuito tão difícil, perdendo, na nossa opinião apenas para:


1º: Road America (1982-presente)


Seis quilômetros e meio de extensão. Catorze curvas com grandes características separadas por retas enormes. O circuito de Road America dispensa apresentações é o mesmo desde meados dos anos 50, sendo o mesmo em mais de setenta anos.


Grandes curvas como a Carroussel, a Canada Corner, a The Kink e as curvas 13 e 14 que exigem muito da pilotagem do piloto, enquanto as curvas um, três e cinco também geram grandes momentos de ultrapassagem. é um discurso que gera grandes batalhas por ultrapassagem e dá várias oportunidades de acontecer o famoso xis, quando os carros ficam ultrapassando e reultrapassando poucos momentos depois.


Road America é um circuito que vale bem mais a pena ver do que falar sobre ele. Segue a volta comentada e, logo abaixo, a visor cam de Tony Kanaan em 2017.

 




E esse é o final de mais uma lista! Está acabando! Falta apenas a principal característica da Indy: os ovais! Quais serão os cinco piores e os cinco melhores ovais da Indy??



Essa é uma série de seis postagens sobre circuitos! Acompanhe as outras aqui:
  

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