O campeonato organizado pela FIA e sancionado pela SCCA dará uma vaga na principal categoria de acesso à fórmula Indy para seu campeão da temporada 2020.

Foi anunciado nesta segunda-feira (3 de fevereiro) que a Honda performance Development, que patrocina o campeonato da F-3 Americas e o campeonato da F-4 USA, dará o patrocínio total para uma vaga na Indy Lights como prêmio do campeão da temporada 2020 da F-3 Americas.

Esse certamente foi uma notícia bastante inesperada. O campeonato organizado pela FIA e sancionado pela SCCA, ao contrário de sua variante menor, a F-4 USA ainda não emplacou, e amarga grids pequenos e dificuldades em atrair pilotos. Na temporada de 2019, a segunda de sua curta vida, a F-3 Americas teve apenas sete pilotos disputando todas as seis etapas e corridas com oito a dez carros no grid. 

Além disso, o propósito principal da categoria era revelar jovens pilotos que querem perseguir seu sonho de correr na Fórmula 1 mas, atualmente, vem cada vez mais servindo para categoria de base da própria Indy. Os dos campeões da F-3 Americas, Kyle Kirkwood em 2018 e Dakota Dickerson em 2019, já correram antes na USF2000 e, dos dezessete pilotos que apareceram esse ano na F-3 Americas, sete estavam naquele mesmo ano correndo em categorias do Roda to Indy.
Caso a premiação se aplicasse já no campeonato do ano passado, Dakota Dickerson, que disputou uma temporada completa e três meias temporadas na USF2000 nos últimos quatro anos, subiria direto a Indy Lights.
Claro, é sempre bom ver alguém mais entrando na Indy Lights, ainda mais um campeão de uma F-3 mas, com o atual grid minguado e dois campeões que, quando sagraram o título, ainda corriam de USF2000, talvez faça com que um piloto chegue completamente despreparado direto na Indy Lights e tenha seu início de carreira queimado. É um risco a se correr.

E por falar em grid minguado, tem a Indy Pro 2000, a antiga Pro Mazda. Atualmente a segunda categoria no Road to Indy dá como premiação apenas 596 mil dólares de prêmio, sendo que uma temporada completa da Indy Lights gira sempre em torno na casa do milhão de dólares, o resto deve ser sempre completado ou pela equipe (como no caso desse ano, que a Andretti apoiará o campeão Kyle Kirkwood) ou com patrocínio principal (como foi o caso de Rinus VeeKay no ano passado). Sendo esse o principal motivo de se correr na Indy Pro 2000 atualmente, isso coloca todo o Road to Indy em uma posição bizarra, onde um campeonato fora dele dá um prêmio melhor e maior do que suas próprias categorias.

Veremos qual será a ação do Road to Indy e da Andresen Promotions, que organiza as três categorias, irão fazer daqui pra frente. Espero sinceramente que eles despertem, entrem em conjunto com a Indy e aumente as premiações pelo menos a nível de conseguir subir o campeão de cada campeonato a categoria acima. O Road to Indy é um dos programas de maior sucesso de promoção de pilotos, e até mesmo categorias fora do Road to Indy estão percebendo isso.

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