Com os três pódios conquistados em Gateway e Portland, o americano da Andretti Autosport tecnicamente garantiu o título, bastando apenas largar nas provas de Laguna Seca.
Me dá uma vaga, Andretti!
O campeonato da temporada 2019 da Indy Lights já tem dono, e é o americano Oliver Askew! O piloto da Andretti Autosport vinha não tão prestigiado assim depois do terceiro lugar da Pro Mazda no ano passado, perdendo para Rinus VeeKay, que foi o campeão, e para Parker Thompson, o vice. Apesar de ter perdido a Pro Mazda de 2018, Oliver Askew foi o vencedor da pré-temporada da Indy Lights 2019, conseguindo a melhor vaga da Indy Lights atualmente, o principal carro da Andretti Autosport, e se tornou o franco favorito ao título.

Seu principal rival seria jsutamente VeeKay, que conseguiu continuar na Juncos Racing para a sua temporada na Indy Lights. Apesar de continuar sendo um bom equipamento, a equipe de Ricardo Juncos vem numa fase com dificuldades financeiras e, por esse motivo, estava um pouco abaixo da toda poderosa Andretti. Correndo por fora pelo título vinham os outros dois pilotos da Andretti: o experiente Ryan Norman, indo para sua terceira temporada na categoria; e Robert Megennis, que estreava na categoria. Também tinham entre os favoritos o canadense Zachary Claman de Mello, que pilotaria pela mediana Belardi Auto Racing depois de fazer meia temporada na Indy Principal; além da dupla da BN Racing, David Malukas e Toby Sowery, que tinham equipamento um pouco inferior mas bastante potencial.

E isso acabou se refletindo bastante na primeira metade do campeonato. Na primeira metade do campeonato, Oliver Askew e Rinus VeeKay tinham três vitórias cada, com Askew conseguindo a vitória na Freedom 100 (que dá 50% a mais de pontos por ser oval) e também tinha um pódio a mais, mas um abandono em St. Pete 2 deixou as coisas mais equilibradas. Os dois se alternavam na liderança do campeonato, sendo que, após a rodada dupla de Road America, Askew era o líder a frente de VeeKay por apenas três pontos. Ambos já tinham distância considerável para o pelotão intermediário, que tinha como líder Robert Megennis, mas já 43 pontos atrás de Askew.

No entanto, Toronto e Mid-Ohio foi onde Askew se destacou. Com um bom desempenho, ele venceu três das quatro provas, sendo o primeiro a vencer três corridas seguidas no ano. Em contrapartida, Veekay conseguiu três terceiros lugares, mas acabou abandonando em Toronto 2 e, com isso, acabou ficando 44 pontos atrás de Askew.

Gateway era a oportunidade certa para Veekay voltar a almejar o título, já que a prova tem pontuação aumentada em 50%. O holandês foi superado por Askew no qualify e teve de largar do segundo lugar, mas logo na primeira volta ele foi pra ponta. Permaneceu lá por mais de 50 voltas quando VeeKay raspou o muro na saída da curva 2 e acabou perdendo rendimento, a liderança e a vitória em Gateway. No fim das 75 voltas, VeeKay conseguiu se segurar no segundo lugar mesmo com a pressão de David Malukas, mas Askew conseguiu a sua sétima vitória na temporada e aumentou a diferença para 59 pontos no campeonato.

Na etapa seguinte em Portland, bastava Askew terminar todas as corridas entre os cinco primeiros para ser campeão no fim da temporada, ou até mesmo terminar duas provas próximo de VeeKay e manter a diferença maior que 34 pontos, o suficiente para ser matematicamente campeão com os oito carros que vem largando na Lights essa temporada,

E foi isso mesmo que Askew conseguiu. Nos treinos classificatórios, VeeKay conseguiu as duas poles, mas Askew largaria ao seu lado nas duas vezes. Na prova 1 não aconteceu muita coisa, VeeKay disparou e venceu a prova de ponta a ponta enquanto Askew tinha como fiel escudeiro o seu companheiro de equipe Robert Megennis e terminou a prova em segundo lugar, com Megennis em terceiro. 
A hora que Askew quase não ganhou o título em Portland.
Na prova 2 houve as típicas confusões de largada que sempre acontecem em Portland e Askew acabou se tocando com Malukas na curva um, com os dois tendo de ir aos boxes. VeeKay estava em segundo com Askew em sétimo na relargada, mas Askew consegeuiu recuperar posições passando o brasileiro Lucas Kohl, o canadense Dalton Kellett, e seus dois companehiros de equipe para terminar a prova em terceiro lugar logo, atrás de VeeKay que terminou no segundo lugar.

Esses resultados eram o suficiente para Askew ser campeão. Ao fim da etapa de Portland, o piloto da Andretti tem 41 pontos de vantagem sobre Veekay, faltando apenas duas corridas pro fim do campeonato. O máximo de pontos que se pode fazer em uma corrida é 33 pontos (30 pela vitória mais um ponto extra pela pole, melhor volta e pelo maior número de voltas lideradas) e, num grid de oito carros, o oitavo colocado marca 13 pontos, ou seja, o máximo que VeeKay pode tirar de distância na pontuação é 20 pontos por prova. No pior cenário onde VeeKay domina tudo e marca 33 pontos nas duas provas e Askew chegue em oitavo nas duas corridas, Askew ainda seria campeão, por apenas um ponto, mas seria campeão. 

Ou seja, se Askew largar as duas provas de Laguna Seca, ele é campeão.

Oliver Askew fez o típico caminho vitorioso do Road to Indy, onde em apenas três temporadas, onde ele foi campeão da USF2000 em 2017, ficou em terceiro na Pro Mazda no ano passado, conseguiu um contrato na melhor vaga da Lights esse ano e foi campeão para subir à Fórmula Indy no ano que vem. Esse é o bicampeonato da Andretti Autosport, repetindo as temporadas de 2008 e 2009, quando a equipe de Michael Andretti foi campeã com Rapahel Matos e JR Hildebrand, respectivamente.

Como premiação o americano ganhou patrocínio para três provas na Indy principal, além de uma participação nas 500 milhas de Indianápolis de 2020. Ele é cogitado para entrar em equipes menores como Harding, Carlin ou até mesmo Dale Coyne, mas ainda é bastante cedo para especular quem entrará nessas vagas menos cobiçadas da Indy.

Até lá, parabéns Oliver Askew!

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