E é a fusão de um carro da Pro Mazda com o F-3 da Dallara.

A USF2000, o primeiro degrau da escada do Road to Indy, vai ter carro novo em 2017, afinal, elas utilizam o mesmo modelo de chassis desde o fim dos anos 90. 

Para fazer esses chassis a escolhida foi a Tatuus*, que já fabrica chassis para a F Renault 2.0 e para várias F4. Ou seja, é uma empresa já especializada em fazer chassis para essas categorias próprias para passagem do kart/moto/midget/qualquer outro veículo que não seja um monoposto para os monopostos.

Ele foi revelado durante o PRI Indianápolis Fair, época onde os principais anúncios da categoria deveriam ser feitos mas não está servindo pra tanta coisa. Talvez essa notícia e a revelação de Conor Daly correr na Dale Coyne foram os pontos altos do PRI até gora, para você ter uma ideia.
O carro da Pro Mazda transou com o Dallara F 3

O chassi é esse são-paulino da imagem acima. Ele, assim como foi a mudança do carro da Lights, é completamente diferente do carro atual da USF2000, na verdade ele tem a frente praticamente igual aos carros atuais da Pro Mazda, com seu bico e asa dianteira característicos, coma exceção de um apêndice na asa dianteira. Já a parte traseira é a do Dallara F312, novamente, retirando apenas um apêndice aerodinâmico que ficava ao lado da entrada de ar.

Do meio pra frente é um Pro Mazda
É uma mudança drástica na categoria, o que culminará numa categoria completamente nova. O chassi atual é mais barato, possui menos aerodinâmica e é muito similar aos carros da F 2000, que possuem mais três categorias nos EUA, uma no Canadá e outra no México. Assim, tanto o preço quanto o intercâmbio entre as categorias era facilitado. 

Esse intercâmbio ajudou nos primeiros anos da retomada da categoria, chamando mais de vinte carros para a categoria retomada em 2012, mas, nesse ano principalmente, dificultou todos os planos. Com um calendário maior e com algumas viagens longas, muitas equipes optaram por participar da F2000 e da Pacific F 200, organizados pela SCCA, deixando a USF2000 com grid médio de 13 carros e apenas onze pilotos fazendo a temporada completa.

Do meio pra trás é um F312
Esse novo chassi é muito diferente dos chassis das outras categorias, e não haverá mais esse intercãmbio. O Tatuus USF 2000 (ainda não tem nome ele) será exclusivo da categoria, e será um pouco mais caro também.

Em suma, creio que essa mudança em 2017 terá o mesmo efeito da mudança dos chassis da Lights: teremos o mesmo número de participantes ou até menos, pois a categoria é menos conhecida, mas a qualidade em equipes deve melhorar. Esperaremos para ver.

Obs: uma burrada que chamou MUITO minha atenção foi a revelação xoxa do novo chassi. Não se fez nenhum clímax, e quando houve a revelação, o fizeram com as imagens renderizadas em pequenos painéis de A3, enquanto tinham um telão GIGANTESCO atrás deles.

Não fez sentido algum mostrar os carros (no canto) e ter um telão gigante atrás deles.

Fonte: Trebuchet.


*: escrevi Taurus ao invés de Tatuus anteriormente, porque sou burro.

5 comentários:

  1. O carro ficou bem bonito. Visualmente falando, os carros das categorias de base da Indy acertaram a mão (diferente da categoria principal, hehe). Uma pequena correção, o nome da construtora é Tatuus e não Taurus: http://www.tatuus.it/

    Um abraço!

    Karl

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  2. A Indy está chamando mais atenção para os jovens pilotos em todo o mundo do que a F1... Chegar na categoria com muito talento e títulos e se arrastar na Manor e Toro Rosso nao vale a pena o esforço e investimento... Na categoria americana a chance é maior...

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    1. Acho que de uma certa forma sempre chamou a atenção, principalmente pelo fator dinheiro, pois as categorias de base dos EUA são bem mais em conta do que as europeias. Com esse novo chassi tendo um mix dos Dallara F3, tornaria a transição do piloto Europa->EUA menos "dolorosa", eu acho.

      Karl

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    2. Sim, esse é um dos principais propósitos das novas categorias de base da Indy, o Road to Indy: universalizar a entrada dos pilotos nas categorias americanas e fazê-los ver que tem um novo mercado fora da Europa, as vezes bem mais atrativo.

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