A equipe de Zak Brown é a única das ponteiras a animar a dança das cadeiras para a temporada 2023 da Fórmula Indy, e bota animação nisso. Acompanhe como estão os acertos das principais equipes para o ano que vem!


A silly season da temporada 2023 da Fórmula Indy começou já meio que acabando, isso porque as três principais equipes do grid praticamente definiram seu futuro para o ano que vem:


No fim de junho, Roger Penske confirmou a Marshall Pruett da Racer.com que manterá três carros para o ano que vem: McLaughlin no #3, Newgarden no #1/2 e Will Power no #12. E que os anúncios oficiais estão aguardando apenas alguns detalhes de patrocinadores.


Dois dias antes, Chip Ganassi declarou que quer manter o status quo da sua equipe com seus quatro carros full season. Palou e Ericsson tem contratos até 2023 e Scott dixon renovou seu contrato esse ano. Além disso, Jimmie Johnson declarou que quer continuar no #48 e Chip Ganassi declarou que o heptacampeão da NASCAR tem plenas condições de continuar, então está praticametne certo.


Na Andretti a única mudança ficou por conta do #27. Colton Herta e romain Grosjean tem contratos de vários anos com a equipe, enquanto Delvin De Francesco aguarda apenas detalhes de patrocinador para fechar o #29 pro ano que vem. A única mudança ficou por parte de Kyle Kirkwood, que foi contratado para entrar no lugar de Alexander Rossi.


E temos a McLaren. A equipe laranja e preta vem fazendo grandes esforços para alinhar um terceiro carro em temporada completa desde 2020, e isso é vital para a equipe alçar voos ainda maiores e brigar de igual pra igual com as três grandes, pois mais carros significam mais acertos e mais dados, o que é vital em um campeonato com treinos tão limitados como a Indy. Isso pode ser visto durante a temporada, onde Penske e Ganassi tem desempenhos quase homogêneos durante a temporada, enquantoa McLaren tem pistas que vai muito bem e outras cai para o meio do pelotão. (não mencionamos a Andretti porque ela se perdeu no personagem faz um bom tempo, só olhar a bagunça atual).


E parece que esse ano o terceiro carro sai, afinal, a equipe tem três pilotos atualmente. Primeiramente, durante a semana das 500 milhas de Indianápolis, Pato O'Ward assinou um contrato para permanecer no #5 da Arrow McLaren SP até 2025, um dos contratos mais longos da Indy. Logo depois das 500 milhas, a McLaren confirma que Alexander Rossi assinou um contrato multianual para pilotar na McLaren. E no fim do mês de junho a equipe anunciou que renovou com Félix Rosenqvist permanecendo na McLaren em 2023.


Então é isso, três carros e três pilotos confirmados na McLaren. A Silly Season acabou para as grandes, certo?


Errado. Isso porque estamos falando de Arrow McLaren SP, a equipe que adora contratos estranhos e anúncios pela metade.


Primeiro, o terceiro carro está quase certo, mas ainda não está 100% confirmado. Ainda falta, segundo o próprio Brown, pessoas qualificadas para compor o plantel da equipe, sendo essas uma das consequências bizarras da categoria correr tanto tempo com o mesmo chassi e motor. então, é meio improvável mas ainda pode acontecer da McLaren permanecer com dois carros na Indy por falta de pessoal, o que seria bem ruim pois vimos quatro parágrafos acima o quão importante é um terceiro carro.


Esse também é o principal motivo do anúncio de Rossi não comentar nada de terceiro carro da equipe. O anúncio de Rossi parece ter sido feito meio as pressas por assim dizer, pois essa troca de Kirkwood na andretti e Rossi na McLaren já era pedra cantada desde o fim do ano passado, mas o anúncio foi feito num momento estranho logo após das 500 milhas (quando a mídia já não tinha os olhos voltados para ele) e foi feito para uma vaga que ainda não foi 100% concretizada. O anúncio meio que pegou até o próprio Michael Andretti de surpresa um pouco, que correu para anunciar o Kirkwood em substituição a Rossi algumas horas depois.


Anunciar Rossi dessa forma não só criou essa situação estranha na Andretti do piloto do #27 ter de cumprir um aviso prévio de quatro meses e gerar a situação estranha que vimos em Mid-Ohio como a confirmação de Rossi veio para um carro que não se sabe nada: quem serão os engenheiros e mecânicos que trabalharão nesse carro, número, patrocinadores, esquema de cores nem nada.


E isso não foi nada comparado ao anúncio do Rosenqvist. Esse anúncio, que foi feito três semanas depois, tinha a missão de esclarecer as dúvidas sobre o terceiro carro e a posição de Rossi, mas não fez nada disso. O bizarro anúncio falava de duas categorias diferentes: da Fórmula Indy e o famoso terceiro carro da Mclaren e também falava da compra da equipe Mercedes da Fórmula e que a McLaren fez com intenção de competir na categoria até 2023. E falava que Rosenqvist poderia correr tanto em uma quanto em outra.


Sim, a McLaren inventou o anúncio "meia-noite eu te conto": o anúncio tinha piloto e equipe, mas não tinha mais nada. Nem categoria tinha!


Isso acontece por causa de um piloto em uma terceira categoria: Daniel Ricciardo. O australiano vem cada vez mais com problemas de desempenho na Fórmula 1 e os rumores de sua saída estão cada vez mais fortes onde houve até cobrança pública de Zak Brown por melhores resultados. 


Ricciardo já declarou que quer fazer o possível para permanecer na Fórmula 1 mas, em um sistema onde há vagas limitadíssimas devido a maior longevidade de carreira dos pilotos em conjunto a uma grande quantidade de pilotos em academias de desenvolvimento prontos para entrar na categoria, formando uma verdadeira fila de entrada na Fórmula 1, mudar de equipe se tornou um exercício de vários anos e muita$ variávei$.


Por esse motivo, Ricciardo tem grandes chances de ficar fora da Fórmula 1 no ano que vem mesmo a contragosto. Assim, em uma hipótese dele fora da Fórmula 1, a melhor opção para ele pode ser continuar na McLaren, mas pilotando da Fórmula Indy ou na Fórmula E. É meio bizarro permanecer na equipe que te dispensou de seu sonho, mas é uma ótima forma de se manter com o nome em voga e voltar para a Fórmula 1 após um ou dois anos sabáticos, assim como fez Alonso, Raikkonen, Albon e Magnussen.


Ricciardo nem precisaria da McLaren para entrar na Indy, pois apenas seus rendimentos de 17 milhões de dóalres anuais o colocariam em praticamente qualquer lugar da categoria. Com esse preço ele pode comprar metade da Rahal Letterman, por exemplo. Então, ele entrar na Indy com o dinheiro, a experiência em automobilismo de monopostos e o contato com a McLaren é um pulo.


O único ponto que dificulta a entrada de Ricciardo a entrar na Fórmula Indy é seu receio em ovais. Ele já contou que "ovais o assustam um pouco" em 2018 e que "correr na Indy parece ótimo, mas os ovais são bastante assustadores" em 2021. E a Arrow McLaren SP precisa de um terceiro carro em temporada completa para alavancar a equipe.


Assim, nessa massaroca de meios anúncios, parece mais sensato Rosenqvist permanecer na Indy, enquanto Ricciardo entra na Fórmula E ou na Fórmula 1. Outra hipótese menos viável é Ricciardo correr no terceiro carro da Indy nos mistos com alguém o substituindo nos ovais. Essa situação não é a ideal, pois a mudança de pilotos no carro afeta em muito os acertos, além de fazer com que a McLaren tenha um carro a menos competindo pelo título.


Mas ainda existe outras hipóteses, como Ricciardo não entrar em nenhuma das duas e Rosenqvist ainda ir pra Fórmula E, ou os dois serem companheiros de equipe na categoria elétrica. Com isso teríamos uma vaga em uma ótima equipe sendo disputada. 


Zak Brown literalmente persegue Scott Dixon desde a entrada da equipe na Indy, em 2017-18, para que o hexacampeão assine um gordo contrato com a McLaren. Existem ótimos nomes sem contratos ainda para o ano que vem, como Rinus Veekay, Simon Pagenaud e metade do grid da Indy, além de pilotos de fora como Nyck de Vries, por exemplo. Também existem hipóteses bem mais improváveis como a de pilotos que são tão ricos na Indy que tem equipes parciais (lembrando que Zak Brown está tendo dificuldades de encontrar mão de obra para o terceiro carro), como David Malukas com a HMD Motorsports e Dalton Kellett que contrata do próprio bolso metade de seus mecânicos.


No fim, a McLaren tem três pilotos e, virtualmente, três carros, mas tem um monte de coisas a definir para 2023. Pelo menos está animando bastante a dança das cadeiras para a temporada do ano que vem.

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