Seguindo nossa tradição de final de ano, a postagem das batidas mais icônicas do ano que está quase passando vem à tona. Quais as batida mais icônicas de 2021?



Bem, somos um veículo especializado em Indy e parece que, por causa de toda aquela máxima horrível e mentirosa de quem vê corrida em ovais gosta de sangue, somos obrigados a elencar as maiores batidas do ano na categoria. Então, como somos coniventes e só queremos visualizações, cumprimos essa obrigação implícita a risca.

Parece uma tradição na Indy: todos os anos pares da categoria, pelo menos mais recentemente, são anos mais calmos e sem tantas batidas. Ultimamente as batidas não estão muito devatadoras, felizmente. Muito devido ao novo aerokit que fez com que as corridas em ovais, que são ímãs de acidentes, ficassem mais tranquilas, e também a várias mudanças de segurança incluindo o aeroscreen.

No final, tivemos sete batidas mais icônicos da temporada 2021 da Fórmula Indy. Nem todas são batidas, nem todas são icônicas e nem todas envolvem sequer carros da Indy, mas é o que tem pra esse ano.

7º: Hunter Reay x Hinchcliffe em Mid-Ohio



Primeiro uma batida mais icônica do que marcante na categoria. Na largada da corrida de Mid-Ohio houve uma batida no meio do pelotão que envolveu alguns carros. Foi uma batida como já aconteceu várias vezes em largaas em Mid-Ohio, onde o pessoal é um pouquinho mais ousado porque ultrapassar na pista em Lexington é um mini-parto.

O que chama a atenção são os protagonistas dela. Nela, podemos ver Hinchcliffe e Hunter-Reay se engalfinhando, onde o canadense toca a traseira do americano e ambos rodam, proporcionando uma mini balbúrdia. 

Ela é icônica porque mostra muito a fase decadente de ambos. Os dois vinham o meio pro fim do grid, como aconteceu na maior parte do campeonato, e bater um no outro mostra muito que ambos já estão longe de suas boas fases. Isso em conjunto com um batendo no outro e dando prejuízo a Andretti, fez com que os dois saíssem da equipe e, estando quase sem patrocinadores pessoais, ficaram de fora do gri na temporaa completa do ano que vem.

6º: Rahal sem pneu nas 500 milhas de Indianápolis



Outra batida consideravelmente comum onde não tem nada visualmente extraordinário e passou batido por todo mundo. As 500 milhas e Indianápolis desse ano teve muitas batidas fortes, onde os pilotos se conservaram bastante na pista proporcionando mais emoção por ultrapassagens e estratégia.

Isso me dá brecha para ser mais criativo na batida de Indianápolis, porque sempre tem que ter Inianápolis em algo da Indy. Assim, destacarei a batida de Graham Rahal.

Na volta 119, Graham Rahal estava saindo dos boxes quando o pneu traseiro esquerdo resolve criar seu próprio caminho, saindo do carro e fazendo o #15 da RLL Racing para no muro.

O ponto é que Rahal estava especialmente bem nessas 500 milhas. Ele estava constantemente no pelotão da frente e vinha com um carro de ótimo acerto para brigar pela vitória, até que em um erro nos boxes onde a roda traseira esquerda não foi corretamente apertada e houve a batia que encerria sua prova mais cedo.

Graham Rahal vem um ponto meio complicaddo da sua carreira. Ele terá em 2022 33 anos de idade e irá para sua 12ª temporada completa mas, ao mesmo tempo, ele parece estagnado naquela porção do grid que é uma eterna promessa de crescimento. Ele deixou de ser aquele piloto mais imaturo e completar praticamente todas as provas e vem constantemente no pelotão da frente nas provas. 

Mas ele vem a alguns anos ficando apenas no quase. Ele esteve entre os dez primeiros do campeonato desde 2015, mas praticamente não brigou pelo título nesse tempo todo. Nas 500 milhas ele vem quase sempre no pelotão da frente e já ficou em terceiro por duas vezes, mas ainda falta para alcançar a vitória. 

Isso parece que vem frustrando cada vez mais Rahal e podemos ver isso na sua frustração com a batia. Não é uma frustração com o time de mecânicos ou consigo mesmo, é uma frustração da situação e estar num quase, num bom momento, mas ao mesmo tempo estar tão longe. De novo.

5º: Big one em Barber



Acho que é o primeiro big one em Barber. Josef Newgarden acabou errando na reta oposta e, em um conjunto de parte da pista meio cega e estreita com um monte de carros vindo bem próximos um dos outros, e temos um big one.

Em Barber.

E esse é só o início da nossa trilogia de Big ones

4º: Big one em Texas 2



O segundo big one a nossa trilogia e big ones desse ano aconteceu no Texas porque o que a primeira prova no Texas teve de desanimada, a seguna começou com bem mais ação.

Logo na largada da segunda prova, que acontecia no domingo, houve confusão. Os líderes deram uma segurada no ritmo de largada pouco antes da linha de largada/chegada e os pilotos que vinham mais atrás não tiveram tempo de segurar o ritmo, onde acabaram batendo.

Infelizmente os dois brasileiros que participavam da prova, Tony Kanaan e Pietro Fittipaldi, se envolveram na batida e acabaram tendo suas corridas completamente comprometidas.

3º: Big one em Nashville



Para finalizar a trilogia dos big ones, tivemos o big one em Nashville. A corrida em Nashville foi um crashfest por si só, principalmente pelos problemas nas relargadas em uma reta muito pequena e estreita, ou na curva cinco que é um trecho da pista ainda mais pequeno e estreito. Como a reta principal minúscula, quando os líderes chegavam próximo da linha de chegada boa parte do grid ainda estava contornando a última curva e a reta anterior a esta. 

Assim, quando a bandeira verde era agitada, muita gente via esse trecho da pista como um ponto de ultrapassagem interessante (o que não é) e por não ser um ponto bem estreito os acidentes aconteciam.

Esse foi um exemplo. Power deu um desses divebomb pra cima de Simon Pagenaud, que parou no muro de pneus e bloqueou a pista toda.

2º: Rosenqvist em Detroit



Creio que essa foi a batida mais forte do ano, e isso é bem estranho. Logo na sexta volta da prova de sábado em Detroit, o acelerador do carro de Félix Rosenqvist engastalhou e seu carro deu uma guinaa rumo a curva seis, onde ele teve uma batida forte. A corrida foi interrompida para consertar tanto a barreira de pneus na qual Rosenqvist passou direto quanto o muro de concreto que o #7 da AMSP destruiu.

Rosenqvist teve lesões na perna e teve e ser atendido em um hospital de Detroit e acabou perendo tanto a prova de domingo desse fim de semana quanto a etapa do fim de semana seguinte, em Roadd America.

E esse acidente mostra que algo bem forte pode acontecer em qualquer lugar a qualquer momento. Esse acidente aconteceu em um local onde acidentes fortes não ocorrem, e geralmente só param lá no muro quem erra a curva ou por perer o ponto e freada leve ou quem perde o controle do carro. Do nada ver um acidente bem forte em uma área incomum onde, caso Rosenqvist estivesse bem rápido, ele poderia quebrar o muro e literalmente parar no rio Hudson é bizarro.

1º: Ericsson x Bourdais em Nashville



Talvez seja um grande anticlímax, mas a batida mais icônica de 2021 foi bem leve e tem um bocado de significado. Na primeira relargada do crashfest de Nashville a gente percebeu o quanto relargadas iriam ser problemáticas (conforme expliquei no terceiro lugar da lista) e por esses mesmos motivos ocorreu o acidente, onde Marcus Ericsson acaba não controlando bem a aceleração de seu carro e abalroando a traseira do carro de Sebastien Bourdais.

Ericsson passou a volta toda com a asa dianteira muito danificada (Bourdais também passou a volta toda com a asa traseira danificadda) e tiveram de fazer paradas extras, caindo para o fim do grid.

E porque essa batida é importante? Bem, porque Marcus Ericsson venceu a prova, mesmo tendo três paradas de boxes a mais que a maioria dos pilotos que completaram a prova. A estratégia dele no meio da prova deu certo e ele conseguiu sobreviver as nove bandeiras amarelas e as duas bandeiras vermelhas!



E... Bem, é isso para 2021! No geral para o Indy Center não foi um dos anos mais fáceis ou movimentados para a gente, mas sobrevivemos e seguimos em frente! 

E esse é o Top X! Se você tiver alguma questão ou alguma lista que seja intrigante ou mereça que eu perca meu tempo pesquisando essas coisas basta nos mandar uma mensagem na nossa página no facebook ou mandar um e-mail para indycenterbr@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário