Vamos falar de uma equipe que talvez seja desconhecida do público em geral porque, mesmo para aqueles que assistiam a Fórmula Indy na época, a equipe quase não apareceu na TV: a Roth Racing
Essa talvez é uma das perguntas curiosas que mais nos fazem aqui no Indy Center Brasil. A Fórmula 1 tem várias histórias de equipes ou com carros muito capengas, como a Life, ou equipes pobres além de mal e porcamente gerenciadas, como a Andrea Moda.
No entanto, para a Indy é bem complicado fazer definições desse tipo por vários motivos. Primeiramente, a fórmula Indy tinha um modo muito diferente de se montar equipes. Antigamente as equipes eram bem mais abrangentes na Indy. Muitas vezes um mesmo dono era responsável por várias garagens que não necessariamente trabalhavam juntas, isso seria uma ou várias equipes? Outras vezes um piloto que estava interessado em correr ou uma empresa que estava interessada em investir na categoria contratava um diretor já conhecido na Indy e que já tinha estrutura quase pronta para correr, isso seria uma associação na equipe ou uma equipe nova? Existem vários casos dessas mesmas pessoas contratarem direção e estrategistas de uma “equipe” e mecânicos de outra, com ambos trabalhando juntos, e a coisa só vai se complicando cada vez mais.
Equipes propriamente ditas dominaram o grid apenas em meados dos anos 80, quando um bocado de gente importante no automobilismo começou a se fixar no campeonato da CART e, com isso, trouxeram não só bastante dinheiro internacional como também esse modo de trabalho das equipes europeias.
Mas a partir daí existe um segundo ponto que dificulta nossa vida na pior equipe da Indy: a competição equilibrada, não necessariamente porque a competição em si era equilibradíssima, mas a grande quantidade de quebras em algumas provas em conjunto com pontuações que vão além do décimo lugar trazem um equilíbrio maior as coisas.
O terceiro e último ponto é que, por ser consideravelmente mais barata e, a partir de meados dos anos 2000, as equipes conseguirem receber subsídios e descontos em equipamentos, as equipes conseguem durar muito mais tempo do que uma equipe europeia sobreviveria na fórmula 1, por exemplo. E, uma equipe que dura mais tempo em uma categoria mais competitiva tem chances maiores de esperar os ventos virarem a seu favor e conseguir ao menos um ou outro bom resultado.
Por esse motivo, praticamente todas as equipes que correram em mais de uma temporada ou tiveram a oportunidade de competir um pouco regularmente chegou pelo menos uma vez entre os dez primeiros em alguma prova. Mesmo equipes fraquíssimas dos anos 80 e 90, como a EuroInternational e a Gohr Racing com seus rodízios infinitos de pilotos; a PIG Enterprises e a Leader Cars que corriam apenas corrida sim corrida não; a Indy Regency Racing, a King Racing e a Project Indy, que vieram e foram embora quase sem ser percebidas; possuem ao menos uma corrida entre os seis primeiros colocados na tabela final.
E isso se estende até o fim dos anos 90 e início dos anos 2000. Pode parecer estranho, mas a Della Penna Motorsports tem um Top 5 com Richie Hearn, a PDM Racing tem um pódio com Sam Hornish em 2000, Conquest Racing e Sigma Autosport tem vários desses pódios, a Aciero e a All American Racers tem uma vitória cada e vários pódios no currículo.
Mesmo na IRL dos anos 90 e início dos anos 2000, apesar de haver uma miríade de “equipes” diferentes mas que na verdade eram só uma subsidiária de outra equipe, o padrão se repete: equipes de um piloto só como a Robby Gordon Motorsports, a Hubbard Immke Racing e a Access Motorsports possuem vários top 10 apesar de competirem por apenas um ou dois anos, a Team Xtreme e a Cahill Racing possuem um top 5 cada. A lista na IRL é gigante, principalmente nos anos 90, mas praticamente todas as que sobreviveram algum tempo tem pelo menos seu top 10.
No entanto, existiram sim algumas ocasiões onde as equipes nasceram, viveram e morreram sem ver um top 10. Excluindo as equipes que só alinham para as 500 milhas de Indianápolis, tivemos a SAMAX Motorsports que alinhou um carro para a estreia de Milka Duno em 2007 e passou seis corridas sem um top 10, teve a Racing Professionals que alinhou um carro para John Herb em todas as corridas que ele participou na Indy após 2001 e para Richie Hearn na Indy 500 de 2007 totalizando doze corridas sem um top 10, teve a 310 Racing que alinhou um carro para George Mack durante toda a temporada da IRL de 2002 totalizando quinze corridas sem um top 10.
Daí temos aquelas que constantemente são apontadas como as piores equipes da Indy em questão de resultado. Primeiro temos a Juncos Racing que, até o momento correu dezesseis corridas com seis pilotos diferentes entre 2017 e 2019 e está sem top 10 até o momento, mas seu caso é completamente situacional e reflete muito da falta de equilíbrio da época.
Há também o caso da Zali Racing, equipe de Billy Roe e que alinhava apenas para que ele competisse tanto nas nove corridas após as 500 milhas de Indianápolis de 2001 quanto em duas corridas de 2002. Roe e a Zali Racing não se classificou para as 500 milhas nas duas vezes que tentou, além de fazer o pior tempo em todas as qualificações que participou e completou apenas duas provas no ano, sem um top 10 sequer.
E temos, por último, o caso da Roth Racing, que a gente interpreta como sendo a pior equipe da Indy. Quatro pilotos durante quatro anos e, juntando as vezes que a equipe teve a capacidade de alinhar dois carros, 37 oportunidades de fazer um top 10 mas nunca conseguir.
É essa a equipe que abordaremos nessa série de postagens para responder a “grande pergunta”. Qual a pior equipe da história da Indy? Pra gente do Indy Center Brasil é a Roth Racing.
Marty e Margareth Roth, donos da Roth Racing. |
Marty Roth é uma pessoa comum que gosta de corridas. Nascido em Toronto, no Canadá, começou sua carreira no motociclismo aos 17 anos e chegou ao seu auge em 1981, quando correu em uma etapa do campeonato da AMA Superbike em Daytona, conseguindo o nono lugar na prova em uma corrida com mais de vinte motos. No entanto, as coisas degringolaram e ele acabou abandonando as motos.
Mas não abandonou as pistas. Aos 25 anos começou a finalmente a fazer sua carreira nos monopostos, começando a correr no kart e em 1987 migrando para a fórmula 2000 canadense no ano seguinte além de finalmente entrar na Indy Lights, onde correu uma prova em Toronto em 88 e três provas em 89. Em 1990 assinou com a equipe de seu amigo, Brian Stewart, para correr uma temporada completa da Indy Lights. Não fez feio, conseguiu alguns bons resultados e bateu seus dois companheiros de equipe, a francesa Cathy Muller e o atual senador Steve Sheldon (ele não era senador na época). Conseguiu um top 5 em Phoenix e em Denver, além de um pódio em Vancouver, lembrando que o grid da Indy Lights na época era grande, com mais de vinte carros em todas as provas.
No entanto o dinheiro da equipe de Brian Stewart foi acabando durante a temporada, já no meio dela o carro de Roth era o único da equipe, que começou com três carros, e após o pódio em Vancouver a equipe anunciou que fecharia as portas por falta de verba. Roth tentou continuar no ano seguinte pela Roquin Motorsports que tinha comprado a estrutura da Brian Stewart, mas fez apenas uma prova em Long Beach mas a verba de patrocínio pessoal de Roth acabou. Seus negócios imobiliários (ah sim, nesse período Marty Roth assumiu a empresa do pai dele no ramo imobiliário, tipo uma MRV de Toronto) não iam tão bem e ele resolveu para sua carreira para cuidar de seus negócios além de parar de gastar dinheiro com carros de corrida.
Todo mundo achou que era definitivo. Roth estava em 1991 com 32 anos e, para retomar sua carreira, seria necessário um longo tempo de recuperação de seus negócios para conseguir uma verba boa para poder investir num automobilismo que só ficava mais caro ano a ano. Ledo engano. Marty Roth se tornou rico novamente, não tão rico mas rico ao ponto de se tornar excêntrico e conseguir gastar rios de dinheiro em algum hobby. Ele e Stewart ainda estavam em contato onde o seu amigo ainda tinha uma equipe da Indy Lights, que havia sido recém comprada pela IRL e assim, no dia 1º de abril de 2002 era anunciado que o único piloto da Brian Stewart Racing seria Marty Roth.
Roth, aos 44 anos, em conjunto com a Brian Stewart, que tinha uma estrutura muito pequena, parecia aquelas situações onde um ricaço meio excêntrico junta-se com um ou outro amigo a fim de se divertir correndo em ovais enquanto os mais jovens brigam pelas posições mais a frente, mas esse não era o caso. Tanto Roth quanto Stewart tinham planos de seguir rumo à Indy (à IRL no caso) e entrar em Indianápolis já no ano seguinte e, durante a entrevista coletiva de anúncio da equipe, Stewart declarou: “Tanto eu quanto Marty temos o mesmo objetivo: sermos campeões das 500 milhas de Indianápolis.”
No entanto, esse objetivo parecia algo bem distante da realidade da equipe e do piloto. Não foi uma época de resultados propriamente ruins, onde Roth conseguiu um top 5 em Chicagoland 2002 e vários top 10 (o que não é propriamente fantástico em uma categoria que começou tendo entre treze e quinze carros). Roth e a Brian Stewart começaram o ano de 2003 da Indy Lights dispostos a entrar nas 500 milhas, mas o canadense não conseguiu angariar o dinheiro suficiente do próprio bolso para o projeto, que teve de ser adiado.
No fim de 2003 as coisas já estavam melhores nas finanças do clã Roth e Marty voltou as pistas para as últimas três corridas do ano da Lights e o projeto Indy 500 2003 virou projeto Indy 500 2004, mas esse projeto sofreu um duro golpe quando seu amigo Brian Stewart não conseguiu alinhar um terceiro carro da Indy Lights para ele, deixando os seus dos carros para os jovens mais promissores Jesse Mason e Tony Turco (que foi, posteriormente, substituído pelo brasileiro Léo Maia).
Mas isso não parou Roth que, tendo algum dinheiro para patrocínio principal, procurava uma equipe para correr no mundo da Indy em 2004, chegou a negociar com John Barnes para por em prática seu projeto de correr a temporada completa da Indy Lights e as 500 milhas de Indianápolis daquele ano pela Panther. Mas Barnes estava fechando a Panther na Indy Lights para alinhar mais um carro para a Indy, e essa era a principal porta de entrada de Roth na Indy, tendo em vista que essa era a equipe que mais frequentemente precisava de dinheiro na IRL.
Então, Roth, que se viu sem o apoio de seu amigo e sem muita saída, fundaria em novembro de 2003 a Roth Racing comprando os carros e equipamentos da Panther Racing para correr na Indy Ligths e, com tudo dando certo e ele conseguindo o dinheiro necessário, correr as 500 milhas de Indianápolis de 2004. Como bom tiozão, Marty colocou sua mulher Margareth como diretora presidente da equipe, porque "Sabe como é, né? As mulheres é que mandam hahahahaha".
E, assim, nasceu a Roth Racing, e é aí que nossa história começa.
O espaço entre a Rtoh Racing existir na Indy Lights e cirar vida na Indy 500 foi de apenas cinco meses, e tudo acontece bem mais pelo tino comercial de Marty Roth para encontrar oportunidades e subir do que propriamente habilidades como piloto ou dono de equipe. A equipe conseguiu se estruturar a ponto de conseguir arrumar e alinhar um carro da Indy Lights para a abertura do campeonato em Homstead, quatro meses depois do anúncio da compra dos espólios da Panther, contratando mecânicos tanto por parte da antiga equipe de John Barnes, junto de mais algum outro amigo, e contando com o apoio de sua família nas funções administrativas da equipe (o que dava certo, a Roth Racing sempre teve vários press releases que me ajudaram muito a montar essa série).
Em fevereiro a equipe toda já estava pronta e, apesar de não ter feito um teste de pré-temporada sequer, a confiança de Roth estava alta pois ele era um dos poucos pilotos com alguma experiência no minguado grid de dez carros da categoria. A partir daí vamos ver uma coisa que pouca gente repara em Marty Roth: ele era um leão de treino. No primeiro treino classificatório do ano ele conseguiu um surpreendente quarto lugar, ficando atrás apenas dos três que realmente estavam focados no título da Lights e em ter uma carreira na Indy como Thiago Medeiros, Paul Dana e Arie Luyendyk Jr. e a frente de todos os outros, incluindo os dos pilotos da Brian Stewart.
Mas as boas notícias pararam por aí, pois na corrida ele rapidamente caiu para o final do grid e terminou a prova em último entre aqueles que completaram a corrida. Quer dizer, não é de todo ruim, pelo menos completou a prova. O fim de semana de prova seguinte, dia 20 de março em Phoenix, seria ainda pior, com Roth largando em Penúltimo e terminando em antepenúltimo entre os doze carros que largaram.
No entanto isso não importava muito, pois Roth, durante todo esse tempo, teve um dilema bem maior para decidir: usar todo o seu dinheiro calculado para gastar com automobilismo em 2004 correndo as 500 milhas de Indianápolis ou correr todas as provas da temporada da Indy Pro Series e adiar mais uma vez o sonho das 500 milhas?
Para decidir, ele deixaria até a "última hora" para saber quais seriam suas chances de qualificação para as 500 milhas, se possível esperar até a data do primeiro entry list, que geralmente sai alguns dias antes do primeiro dia de treinos e do treino especial que os novatos devem passar para comprovar que são aptos a correr em Indianápolis - o Rookie Orientation Program, ou ROP para os íntimos. Mas nada disso foi necessário, pois já em março, estando dentro do padoque da Indy e conseguindo sondar o suficiente, viu que novamente a famosa prova penaria para juntar os tradicionais 33 carros, assim como foi em 2003. Assim a decisão já estava tomada e, em 16 de março de 2004, Marty Roth fazia a coletiva de imprensa de anúncio que correria as 500 milhas de Indianápolis daquele ano, encomendando um lote de chassis Dallara e Motores Toyota para participar da famosa prova.
A Roth Racing por muito tempo foi essas dez pessoas só. |
Durante todo o período de março a maio de 2004 Marty Roth trabalhou como se já estivesse classificado para as 500 milhas: contratou maus uma dúzia de mecânicos, pois ele também planejava correr a Freedom 100, a principal prova do calendário da Indy Lights que acontece em Indianápolis na sexta-feira anterior à prova e trabalhou bastante treinamento físico, pois essa era a primeira vez em muitos anos que ele correria mais de uma hora seguida em uma prova. O fato de Roth ser um "leão" de treino aliado a grande dificuldade da Indy juntar os 33 carros necessários (a categoria chegou a convencer a Robby Gordon de correr a prova e completar os carros necessários) o deixaram bem tranquilo.
Ele só teve medo de não correr em duas ocasiões. No primeiro dia de ROP, onde o mexicano Luis Diaz apareceu e participou do treino, passando no ROP e, se ele quisesse e conseguisse um carro para guiar, seriam 34 carros para 33 vagas, sendo que a Roth Racing era a única estreante nas 500 milhas; mas Diaz resolveu não correr e permaneceram 33 carros e 33 pilotos até o bump day. Durante todos os treinamentos, Roth apenas andava e fazia grande milhagem com o carro para tanto ele se aclimatar com o carro quanto para buscar ajustes, tendo em vista que a equipe começou com acertos quase zero. O canadense nem sequer usou suas tentativas no primeiro e segundo dia de treinamentos a fim de economizar pneus para o bump day, pois vai que ele precisa dar mais de uma tentativa para conseguir se classificar e não tem pneus novos para colocar nessa hora crucial.
E isso quase aconteceu. Quando começou o bump day, havia apenas sete carros para ocupar as sete vagas do grid e, logo as uma e meia da tarde, todos os carros já tinham dado ao menos uma tentativa e as 33 vagas estavam ocupadas, com Marty Roth em 32º. Mas, do nada, Tony Stewart aparerceu em Indianápolis para "fazer uma visita" a pista durante o bump day e AJ Foyt, "sem pretensão alguma" convidou ele a fazer uma tentativa completamente despretensiosa em um de seus carros reservas. Por coincidência, Tony arrumou rapidamente macacão, balaclava, luvas e capacete para correr e faltando uma hora para o fim do bump day ele entrou num carro preparado por Foyt, pronto para fazer uma tentativa. Se ele passasse, tiraria Robby McGehee do grid, mas tanto ele quanto Stewart eram macacos velhos de Indianápolis e saberiam tirar um bom tempo de uma boa tentativa, se houvesse tempo tanto para Stewart quanto para McGehee fazerem tempos e superassem Roth, o canadense estaria fora da prova. Nada disso aconteceu. Tony Stewart saiu andando do carro, pois subitamente ele lembrou que tinha contratos com um monte de gente (Joe Gibbs, Home Depot e a própria Toyota) que impediriam essa tentativa, e Roth respirou aliviado no 32º lugar do grid.
A corrida na realidade foi um teste de sobrevivência, onde Roth não queria bater e estragar seu carro, onde o objetivo único era ver a bandeirada de chegada na melhor posição possível. Durante a prova, basicamente brigava com Larry Foyt e a PDM de McGehee tanto antes da prova ser interrompida pela chuva. Enquanto os líderes andavam com velocidades entre 212 e 213 mph e faziam paradas entre sete e nove segundos quando iam aos boxes; Roth, Foyt e McGehee andavam com velocidades entre 200 e 203 mph e faziam paradas entre quinze e dezoito segundos. Na volta 56, Larry Foyt bateu sozinho na curva dois e deixou a briga para Roth e McGehee. O carro da PDM era estável em fazer 202 a 203 mph enquanto o Carro de Roth ia cada vez mais lento, chegando andar abaixo das 195 mph e, assim, McGehee pegou a dianteira e abriu muita distância para Roth, chegando a colocar uma volta nele. Mas essa era uma corrida de sobrevivência e o importante era completar a prova. A batalha durou até a volta 132, quando Roth andou muito alto na curva quatro e bateu sozinho na entrada da reta principal. Lhe foi creditado o 24º lugar com 128 voltas completadas (ele já estava quatro voltas atrás dos líderes quando bateu) e, como premiação, lhe veio 203 mil dólares.
Como dito anteriormente todo seu orçamento para corridas de 2004 havia acabado ali, no último fim de semana de maio, onde Marty Roth passou meses sem correr e a Roth Racing passou meses fechada com seus carros pegando poeira. Mas correr em Indianápolis proporcionou duas coisas que mudariam completamente a vida de Roth e da Roth Racing: primeiro, o mercado imobiliário é muito louco. Marty Roth não só correu as 500 milhas, como foi o único canadense a fazer isso em 2004, o que lhe deu um pouco de fama em Toronto. No mercado imobiliário, por algum motivo, fama aleatória é sinal de credibilidade e o fato de ele correr as 500 milhas ajudou muito em seus negócios, fazendo com que, para 2005, ele tivesse um orçamento para correr tanto nas 500 milhas quanto na Indy Lights daquele ano. Ou seja, nada de dilemas para decidir onde correr nem acertos feitos de última hora. Ainda em outubro de 2004 a Roth Racing anunciava que correria tanto na Lights em 2005 quanto na Indy 500.
E, por fim, Marty Roth adorou muito mais do que achou que ia adorar correr em Indianápolis, onde se via Roth, mesmo nos momentos mais tensos de não classificação, o canadense de 46 anos estava sorrindo de orelha a orelha mesmo logo depois de bater e durante a entrevista pós-batida, onde ele mal sabia o que dizer, e isso lhe deu grande incentivo a fazer mais uma vez a empreitada para correr não só nas 500 milhas do ano que vem, mas também creio quase um amor condicional pela categoria.
O que surgira desse amor? Vejamos nos próximos textos!
Série Roth Racing, a "pior equipe" da Indy:
Parte 3/3
Dizer realmente qual é a equipe ruim da Indycar/IRL é algo meio punk, mas ao memso tempo é bacana saber a historia por tras desse loucos que ajuntam 10 caras e vao na maior coragem(ou cara de pau mesmo) correr na Indy500. Afinal nao é so de Andretti Motorsport, Ganassi e Penske que se forma um grid.
ResponderExcluirSim sim, é algo muito complicado e varia muito de acordo com o que cada um pensa de "pior equipe". Por incrível que pareça, é uma das perguntas mais recorrentes por aqui, então achamos que valia a pena a história :)
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