O sueco que ganhou tudo na Fórmula 3 o ano passado mostra que não está pra brincadeira e fez o melhor tempo dos dois dias de testes da Indy Lights, realizados no circuito misto de Homstead-Miami.
A Belardi não precisou nem tirar o adesivo do nome do Serralles.
Esse foi o primeiro teste coletivo da Lights em 2016. Cinco equipes e onze pilotos deram as caras em dois dias ensolarados e bem quentes de testes nos dias 26 e 27 de janeiro. Apesar de termos mais pilotos experientes (seis) do que novatos (cinco), os dois melhores tempos ficaram para pilotos que não correram na categoria no ano passado: o sueco Felix Rosenqvist e o uruguaio Santiago Urrutia.
Melhores tempos de cada um no fim de semana. A tabela está errada e Neil Alberico é da Carlin.
Para facilitar minha escrita e seu entendimento, vamos analisar cada equipe separadamente, afinal, são poucos os testes coletivos e temos que aproveitá-los para desvendar os favoritos para a temporada regular.

Rosenqvist liderando. Mais mérito dele que da Belardi.
Primeiramente na tabela vem a Belardi. A equipe alvirubra conseguiu reviver um pouco de 2014, colocando um piloto na ponta da tabela em um circuito misto. Entretanto, creio que esse resultado seja mais mérito do piloto do que da equipe propriamente dita, pois Rosenqvist é o piloto mais experiente em monopostos de alta competitividade de todos que correram nos testes, além de já ter títulos e um talento comprovado para guiar monopostos. A Belardi, teve os contatos necessários com Stefan Johansson para trazer o loiro para um de seus carros e, durante os dois dias, serviu seu carro mediano ao sueco de 24 anos e ele fez o que faz de melhor: impressionar. Quanto a Veach, o oitavo lugar não é muito bom, mas não é tão surpreendente. O Hobbit americano dirigiu pela última vez na categoria em 2014, com os antigos Dallaras IP2, e agora tem de se acostumar com o novo chassi. Como Veach não aprende rapidamente, vai penar um pouco com o carro até pegar novamente a manha das corridas.

Urrutia em sua nova casa.
Logo depois vem a toda-poderosa Schmidt Peterson (agora se escreve separado). Ao invés de, lotar as pistas com suas dúzias de carros como faz em toda atividade da Indy Lights, apenas dois carros percorreram o circuito misto de Homstead-Miami. Suas duas jovens promessas não decepcionaram: RC Enerson mostrou que está melhorando cada vez mais e conseguiu o terceiro tempo no primeiro dia de testes, enquanto Urrutia, estreando em atividades oficiais da Lights, arrebata o segundo tempo e mostra sua principal qualidade mostrada na Pro Mazda: a de dar voltas rápidas. Certamente ambos brigarão pelo título, caso mostrem o seu melhor.

Carlin nova em 2016 ou reedição de 2015?
A Carlin, novamente, se mostra forte no início do ano. Ed Jones liderou as duas sessões do primeiro dia de treinos e parecia que o ano de 2015 havia recomeçado, já que Jones e a Carlin lideraram a maioria dos treinos de início da temporada, bem como as três primeiras provas. Entretanto, os dois principais novatos a passaram e ela teve de se contentar com o terceiro e o quarto lugar. Entretanto, esse ano promete ser um pouco diferente para a Carlin, pois a equipe inglesa não vem mais tão 'virgem' para a Lights. Ela tem dois pilotos fazendo sua segunda temporada na categoria (Jones e Serralles) e um terceiro piloto que fez toda sua carreira em solo americano (Neil Alberico). Todos os três já são conhecidos do povo e do grid, e a equipe toda pode brilhar durante a temporada.

Daqui pra baixo a coisa fica mais tensa.

A coisa não está tão sorridente assim pra Juncos.
A Juncos Racing estreou incrivelmente bem no ano passado, mas esse ano parece que as coisas ficarão mais difíceis. Como manda o figurino, a equipe alinhará dois carros em 2016, mas para um piloto que não se mostrou rápido, além de ser um pouco destrambelhado (Kyle Kaiser) e para um piloto desconhecido (Zachary Claman Demelo). Um exemplo é esse treino, quando ambos esteve entre os cinco primeiros em nenhum momento, e Zachary só não fechou o grid em todas as sessões porque Dalton Kellet existe.

Argh.
Por falar nele, a Andretti Autosport talvez tenha evoluído um pouco do ano de merda que teve em 2015, mas ainda não está em grandes condições de brigar mais a frente. Blackstock, que não é mau piloto, ficou no fundo do grid o tempo todo em 2015, mas em 2016 parece que terá melhores condições para, ao menos subir ao meio do grid e brigar por algum pódio, enquanto Dalton Kellett será o novo Ethan Ringel, ficando um segundo atrás de todo mundo semana a pós semana.

Enquanto a Team Pelfrey e a McCormack não dão as caras nos treinos, esses são os prognósticos para a temporada até agora.

E é isso, o próximo teste coletivo está marcado para o dia 26 de fevereiro, no oval de Phoenix. Estou curioso para ver se os carros da Lights conseguem ser mais rápidos que os carros da NASCAR Sprint Cup lá também.

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