Americano da Andretti conquista a segunda no campeonato em prova marcada por acidente fortíssimo de seu companheiro de equipe, Justin Wilson. Montoya termina em terceiro e aumenta vantagem para Graham Rahal, que bateu e abandonou a prova em Pocono. Hélio Castroneves e Tony Kanaan também se envolveram em acidentes e também não completaram.

Hunter-Reay vence a segunda da temporada. (Foto: IndyCar)

A primeira parte da corrida não teve tanta graça assim. A não ser na largada, onde Josef Newgarden saiu de trás dos três carros da Penske e os passou por fora como se fossem calouros na pista de Long Pond, assumindo assim a liderança da prova e permanecendo nela, com um ritmo bastante forte, até a sua primeira parada, na volta 29.

O piloto da CFH, devido ao forte ritmo imposto na primeira parte da prova, acabou gastando bastante combustível e foi o primeiro a realizar a parada. Nas voltas seguintes, vieram os demais líderes.

E na saída das primeiras paradas no pit, veio a primeira amarela: Jack Hawksworth saiu antes de seu engenheiro mandar e acabou soltando uma das rodas traseiras no meio da pista, na volta 31. Já não bastasse ter deslocado o músculo cardíaco nos treinos da etapa do ano passado, ele comete esse erro primário para confirmar o seu atestado de “mentalmente incapaz”. (Alô, plebeus do grid!)

A relargada veio na volta 37 e Newgarden continuava na liderança. A prova estava muito chata, com todo mundo não querendo liderar para poupar combustível e fazer menos paradas, só não dormiu nessa parte da prova quem tem problemas de insônia.

Entre um bocejo e outro, Bourdais pegou a parte suja da pista, após seu carro ter problemas de travamento no acelerador e rodar sozinho na curva dois, causando assim a segunda amarela do dia.

A relargada veio e Newgarden mantinha-se na ponta, com Wilson pressionando e Castroneves cozinhando o galo em terceiro. Enquanto isso, Rahal vinha se estranhando com Briscoe e Carpenter e quase batendo roda com roda.

A terceira bandeira amarela do dia veio com Kimball e Hawksworth, novamente por culpa do inglês, que achou que tinha espaço na entrada da curva, mas acabou dando uma pequena traseirada e coletou Kimball, que vinha por fora. Ambos saíram se xingando, mas bem, de seus carros.

Enquanto isso, os pilotos aproveitavam para fazer nova parada no pit. E o que vimos foi uma cena bisonha do atual campeão, Will Power, que arrancou de seu pit e simplesmente rodou. Todos os pilotos passaram por ele no pit-lane rindo de sua cara de nádega, com certeza. Os mecânicos o arrastaram de volta pro pit e religaram o carro, porém o australiano da Penske caiu pras últimas posições.

A relargada veio na volta 92, com Castroneves na liderança e Pagenaud em segundo, quando Graham Rahal, com o seu ego lá nas alturas, se meteu em um 3-wide com Vautier por baixo e Wilson por cima. Pior pra ele e pro francês da Dale Coyne. Na verdade, pior só pra ele, já que viu as suas chances de título diminuírem bastante com esse abandono antes da metade da prova.


Rahal saiu prostituto da vida e foi tirar satisfações com Vautier, ainda na pista. Mas se ele talvez tivesse tirado o pé, a história dele na corrida – e no campeonato -, poderiam ter sido diferentes. Reflita, Rahal.

A relargada veio na volta 104 e o líder nessa altura era Simon Pagenaud, seguido por Sage Karam e os brasileiros, Kanaan e Castroneves, que não queriam assumir a liderança novamente pela história de poupar combustível. Que coisa chata.

E não demorou muito para que outra bandeira amarela acontecesse: James Jakes tocou na traseira de Ed Carpenter e acabou fazendo decolar no meio da reta um pedaço do para-choque de Ed. Nova bandeira amarela, com todo mundo no pit fazendo mais paradas.

Quem não parou foi Gabby Chaves, o colombiano tinha uma estratégia diferente e, na relargada, na volta 118, o calouro segurou os líderes não tão famintos assim pela ponta e conseguiu manter-se na liderança por boas voltas.

A corrida finalmente seguiu com uma boa sequência de voltas, com Chaves liderando algumas delas e Castroneves e Karam o resto delas. Até que Tony Kanaan rodou sozinho bateu no muro de dentro da pista, evitando assim uma batida mais forte. Nova bandeira amarela, na volta 132.

Todo mundo foi pro pit de novo e, na saída dele, Will Power teve problemas de novo. O carro do australiano com gasolina batizada, só pode, e acabou perdendo posições no pit-stop, novamente, mais uma vez.

E como bandeira amarela chama bandeira amarela, Marco Andretti foi o causador dessa vez. O americano, que havia completado todas as voltas da temporada, perdeu o carro e rodou sozinho na curva três.

A relargada veio na volta 149. Pagenaus era líder com Chaves e Karam logo atrás. Hunter-Reay finalmente aparecia na prova – assim como em Iowa, quando apareceu na parte final -, e tomou a liderança de Pagenaud.

Enquanto isso, Muñoz e Karam quase faziam um sanduíche de Newgarden na curva dois, igual Wilson e Vautier fizeram com Rahal cerca de sessenta voltas antes. A diferença é Josef foi esperto e tirou o pé, continuando na prova. Novamente: Reflita, Rahal.

Montoya seguia sempre no pelotão da frente, porém em um conservadorismo de bota inveja à Dario Franchitti e Hélio Castroneves, e só assistia o povo se espremendo a cada curva que passavam.


Enquanto Carpenter abandonava por problemas em seu carro (não foi esse ano, Ed, quem sabe ano que vem!), a bandeira amarela mais bizarra do dia acontecia: Uma pequena RAPOSA atravessava a reta principal de Pocono. Por sorte, ela foi mais rápida que os carros da Dale Coyne, deu um pulo de dar inveja a qualquer ginasta olímpico e logo se enfiou na grade, saindo da pista.

A relargada veio com 34 voltas pro fim. E tivemos uma imagem sensacional: S-E-T-E pilotos ficaram lado a lado na reta principal, conforme você pode ver na imagem abaixo.


Na sequência, como a pista de Pocono não permite nem dois pilotos lado a lado direito, sobrou para Hélio Castroneves, que vinha liderando em boa parte prova. O brasileiro acabou ficando com a parte suja da pista e perdeu o controle de seu Penske branco e vermelho feio de doer. Fim de prova – e talvez de campeonato -, para o brasileiro.

A relargada veio com 28 voltas pro fim. Newgarden aparecia na prova novamente e tomava a liderança de Hunter-Reay, com Karam, Sato e Muñoz logo atrás e Montoya só assistindo/cozinhando o galo.

Até veio o, talvez, acidente mais forte do dia: Karam liderava a prova e rodou sozinho na saída da curva dois, batendo muito forte de frente pro muro. Felizmente, nada aconteceu com o novato da Ganassi.


O que preocupou foi a sequência do lance. Um pedaço do carro de Karam que ficou solto na pista acertou a cabeça de Justin Wilson, fazendo o piloto ficar desacordado até bater seu carro no muro interno da pista. O inglês da Andretti foi retirado com calma de seu carro e levado de helicóptero em estado preocupante para o hospital mais próximo de Pocono. Ninguém da categoria informou o estado do piloto até o fim da prova, o que provocou muitas dúvidas sobre o estado de saúde de Justin Wilson.

Após muito tempo de paralisação para a limpeza da pista, a largada veio com sete voltas pro fim. Chaves era o líder da prova! Com Sato em segundo, Ryan Hunter-Reay em terceiro e Montoya, sobrevivente, em quarto.

Até, com quatro voltas pro fim, o carro de Gabby Chaves não aguentou e abriu o bico, fazendo o colombiano abandonar a prova. Hunter-Reay era o líder, com Newgarden em segundo e Montoya em terceiro.

Com duas voltas pro fim da prova, a direção encerrou a mesma sob bandeira amarela. Segunda vitória de Hunter-Reay no campeonato. Com Montoya abrindo mais vantagem sobre Rahal e Dixon, após dois tropeços seguidos em Iowa e Mid-Ohio.

Confira a classificação final da prova na imagem abaixo:



Lembrando que a última etapa do campeonato, em Sonoma, vale pontuação dobrada: 100 pontos para o vencedor. Ela acontece já no próximo domingo (30). Até lá!

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