DE UM FOYTISTA - Torcer para o time de A.J. Foyt é desejar o sucesso para uma das mais tradicionais figuras do automobilismo americano até hoje, sujeito que construiu a partir do que conquistou nas pistas esse time que cuida por anos com paixão e muita dedicação. Não importa muito a personalidade forte do mestre de Indianapolis e heptacampeão da USAC, vale mais a forma como ele se manteve atuante dentro da Indy e das corridas de monopostos. Fazendo uma analogia com nosso ídolo em Indianapolis, seria a mesma coisa que ter uma "Fittipaldi AutoSports" dedicada a lançar talentos brasileiros na Indy Lights e Indycar.


Infelizmente não é essa a realidade para os pilotos brasileiros, e nem é realidade que o time de A.J. invista em jovens talentos americanos. Apesar de dar algumas chances a Conor Daly, atualmente quem é o piloto principal do time é o mito japonês Takuma Sato. A condução agressiva do japonês aliada a competência de Larry Foyt proporcionou recentemente grandes momentos para o time de Foyt, como a vitória em Long Beach, o segundo lugar em São Paulo e passar o mês de maio de 2013 com Sato liderando o Campeonato de pilotos e o nome do time Foyt na frente de Ganassis e Penskes! 

Em 2014 Sato já largou na frente em duas ocasiões (foi pole em St. Pete e Detroit 2), porém, durante as corridas, as circunstâncias não têm favorecido o piloto japonês e os maus resultados acumulados o levaram para o fundo da classificação geral. Nas 500 Milhas, após a pancada de Dixon no muro, o carro de Sato atingiu pedaços do carro do neozelandês que estavam espalhados pela pista e seu pit-stop foi prejudicado consideravelmente. 

Na rodada dupla em Detroit, Sato teve problemas na caixa de câmbio na Corrida 1 e foi envolvido em acidentes na Corrida 2, onde o japonês não foi responsável direto pelos contatos e sim, respectivamente, Briscoe e Marco Andretti. No oval do Texas Sato foi afetado por uma perca de potência na sua máquina restando poucas voltas pro fim. Em Houston, Corrida 1, Sato vinha dando show até cometer um erro similar ao que Helio Castroneves cometeria na Corrida 2 com Tião Bourdais, ele entrou na linha do russo Aleshin e ferrou a corrida dos dois. Aqui sim ele foi culpado por errar.

A.J. Foyt metendo pau no Aleshin


Nas 500 Milhas de Pocono, Sato até conseguiu largar em um admirável quarto lugar, mas problemas elétricos irreparáveis evitaram que o piloto japonês disputasse a vitória. Mais um resultado frustrante para essa sequência desastrosa para o time do mito. Nas últimas sete corridas dessa temporada Sato obteve: 19º, 18º, 18º, 18º, 22º, 19º e 22º. Ano passado, a partir da prova de Iowa Sato começou uma sequência de sete resultados desastrosos: 23º, 22º, 24º, 20º, 22º, 23º e 24º. Apesar de poles e até brigar e conquistar a vitória, além dos bons TOP 5, Sato e o time de Foyt costumam desandar em determinado momento do Campeonato e isso compromete disputar de igual pra igual contra os times pequenos mais fortes como Dale Coyne, Sam Schmitd e Ed Carpenter Racing. Atualmente a Foyt tá tomando pau até da Bryan Herta Autosport!!!  

Para melhorar com mais eficiência, acredito que o time de Foyt precisa urgentemente de mais um carro no grid em temporada completa. Sato consegue ser rápido em muitas ocasiões, mas sozinho para fazer o acerto e com informações reduzidas devido a falta de outro piloto para conversar sobre possibilidades de acerto, o rendimento tende a ser prejudicado principalmente na parte final do Campeonato. 

Agora vem Iowa que é um oval curto, tipo de pista que Sato já demonstrou talento para se adaptar e até marcou pole em 2011. Ano passado, em outro oval curto, Sato quase venceu em Milwaukee.  

Go Sato, Go Time Foyt, rumo a vitória!!!

Texto por Rafael Marinho
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