Os dois pilotos são os postulantes ao títuloda Indy Pro 2000 esse ano nas duas últimas etapas do campeonato em Nova Jersey e Mid-Ohio. Confira a trajetória de cada um deles no campeonato!

Braden Eves é o protagonista dessa temporada: história de superação, correndo por fora em equipe mediana.

O campeonato da Indy Pro 2000 esse ano, ao contrário do ano passado onde praticamente não haviam favoritos claros no início do campeonato e tivemos um domínio de Sting Ray Robb. Nesse ano, durante a pré-temporada tivemos como favoritos Christian Rasmussen, campeão da USF2000 do ano passado, disputando com Braden Eves e Hunter McElrea, campeão e vice-campeão da USF2000 de 2019.


Hunter McElrea está na Pabst Racing, que é uma ótima equipe na USF2000 mas é novata na Indy Pro 2000, entrando no ano passado, e ainda tem muito a se acostumar na nova categoria. O neozelandês é bem constante e não se envolveu em problemas e acidentes a temporada toda mas, principalmente no meio da temporada, ele ficou preso no meio do pelotão e, por isso, mesmo com duas vitórias na temporada, ele é apenas o quarto colocado.


O terceiro colocado no campeonato é Reece Gold, da Juncos Racing. Ele é o melhor do trio da equipe de Ricardo Juncos esse ano muito devido a sua constância também, onde completou quase todas as provas entre os dez primeiros e constantemente está entre os seis melhores das provas. Apesar de não ter vitórias esse ano, ele tem seis pódios e está no terceiro lugar no campeonato, dez pontos a frente de McElrea.


Mas ambos estão um bocado longe da disputa pelo título, que está monopolizada entre Christian Rasmussen e Braden Eves.


Eves está em seu segundo ano na Indy Pro 2000 e o segundo ano na Exclusive Autosport, equipe que costumava ser de meio de grid, perdendo constantemente para a Andretti e para a Juncos. No entanto, com a saída da Andretti da Indy Pro 2000 nessa temporada e também a queda de rendimento da Juncos pela verba menor esse ano, a Exclusive conseguiu aparecer bem melhor nessa temporada.


E o americano também vem com uma história de superação. Ele foi uma surpresa no campeonato da USF2000 do ano retrasado, que tinha um dos grids mais equilibrados da categoria com Hunter McElrea, Christian Rasmussen, Eduardo Barrichello, Darren Keane e até Alex Baron (não o piloto da IRL mas sim o francês o que correu na Lights) mas, no ano passado não vinha tão bem, e acabou sofrendo um acidente fortíssimo no circuito misto de Indianápolis que fez ele ser obrigado a terminar a temporada mais cedo com problemas no ombro e fraturas na costela.


Vindo de uma recuperação, em um ano passado que não vinha muito bom, e por uma equipe média, Eves era o menos favorito dos três favoritos. No entanto ele surpreendeu muito vencendo duas das três primeiras corridas do ano e era o líder do campeonato ao final da segunda etapa em St. Petersburg. 

Enquanto o antagonista seria Rasmussen.

Depois, na rodada tripla de Indianápolis misto, que era a terceira etapa do campeonato, Rasmussen brilhou. O dinamarquês subiu da USF2000 após ser campeão na Jay Howard Driver Development, que comprou os equipamentos da Andretti Steinbrenner Autosport e da Cape Motorsports para abrir sua equipe. Ou seja, a estrutura estava lá.


Além disso, Rasmussen vinha com grande favoritismo, já que seus maiores adversários era Eves (que não veio tão bem no ano anterior e vinha de recuperação) e Hunter McElrea, ambos de equipes médias. Esse domínio se mostrou bem forte nas etapas do meio do campeonato, onde ele venceu uma prova em St. Pete, duas em Indianápolis misto e uma no oval de Lucas Oil, além de uma em Road America e uma em Mid-Ohio. ele venceu uma prova em cada circuito que a categoria passava.


Com isso, mesmo que Eves ficasse sempre entre os cinco primeiros e conseguisse três pódios, Rasmussen construía uma vantagem sólida no campeonato. Ele saiu de Mid-Ohio com quarenta pontos de vantagem para Eves.


Quarenta pontos é bastante coisa, principalmente na Indy Pro 2000, onde o vencedor marca 30 pontos mas, no grid minguado da categoria, o 12º e último colocado das provas marca nove pontos, fazendo com que a distância máxima que se pode tirar de pontuação seja 21 pontos. Rasmussen tinha quase duas provas de vantagem contra Eves.


Mas aí veio Gateway, prova em oval com a pontuação 50% aumentada. Eves largou do segundo lugar e venceu a prova de ponta a ponta, enquanto Rasmussen foi mal na classificação e largou do sétimo lugar, subiu para o segundo posto já na volta cinco e ficou o tempo todo próximo de Eves, mas não conseguiu nenhum movimento de ultrapassagem e terminou no segundo lugar.


Com isso, a diferença no campeonato caiu de 40 para 32 pontos. Ainda é uma grande distância que Eves tem que percorrer para brigar nessas últimas cinco provas do ano, três em New Jersey e duas em Mid-Ohio. Mas as chances da reviravolta estão. Se o campeonato fosse um filme o piloto com história de superação, onde não era mais tão favorito, e que fatalmente não tem dinheiro e patrocínio próprio para avançar no Road to Indy que não seja pelo título, venceria.


Vamos ver se a vida imita a arte e Eves conquista esse título.

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