A Fórmula Indy fez dois dias de testes coletivos no circuito oval do Texas onde a grande maioria dos carros estiveram presentes, já fazendo parte das atividades de início da temporada.


Os treinos foram realizados na terça e quarta-feira do ano passado, onde no primeiro dia participaram sete carros (Pato O'Ward, Ryan Hunter-Reay, Simon Pagenaud, Takuma Sato, Ed Carpenter, Jack Harvey e Sebastien Bourdais) e na quarta 17 dos 23 carros confirmados para correr em ovais compareceram na pista do Texas.


Na terça-feira, apesar de sete carros estarem previstos para treinar, apenas seis carros deram voltas no circuito oval de 1,5 milhas. O Meyer Shank de Jack Harvey teve problemas o dia todo e deu apenas voltas de instalação mas não deu voltas consecutivas na pista.


Entre os seis carros que foram à pista, o mais rápido extraoficialmente foi o americano Ryan Hunter-Reay que fez volta em 222,442 mph de velocidade média. Importante frisar que os cinco primeiros viraram voltas rápidas na casa de 222 mph, sendo apenas a AJ Foyt de Sebastien Bourdais e o carro da Meyer Shank de Jack Harvey (que deu apenas nove voltas no total) virando abaixo disso.

A média horária de 222 mph é quase sete milhas mais rápida que a pole do ano passado e quase dez milhas mais rápido que os testes do Texas no início da temporada do ano passado. Isso se deve principalmente as modificações no UAK18, o kit aerodinâmico que integra o chassi IR-12 da Fórmula Indy. Essas modificações adicionam mais pressão aerodinâmica no kit de oval da Indy.


No entanto, as médias não melhoraram no segundo dia, com todos os outros carros na pista. O mexicano Pato O'Ward foi o único a virar na casa de 222 mph e foi o mais rápido do dia, com Alexander Rossi, Jack Harvey, Simon Pagenaud e Will Power logo atrás.

Vale lembrar que essas médias são extraoficiais pois, por ser apenas um teste e não ter uma inspeção mais minuciosa sobre o quanto os carros estão ou não dentro das regras da INDYCAR e, por esse motivo, os tempos obtidos são todos não oficiais.


Outro ponto é que, além dos 17 carros também houveram dois carros da Dale Coyne Racing with Rick Ware Racing no dia seguinte, na quinta-feira (1º de abril), andou com o #51 e o #52 no circuito oval do Texas. Isso porque a Rick Ware disputava a corrida da NASCAR em Bristol e, como a prova foi adiada para segunda-feira, toda a equipe não conseguiria chegar a tempo de se preparar para o teste na quarta e, então, eles correram sozinhos na pista na quinta-feira.

 

Os pilotos foram o brasileiro Pietro Fittipaldi no #51 e o americano Cody Ware no #52. Pietro pilotará na Indy nos ovais (a rodada dupla do Texas, as 500 milhas de Indianápolis e a prova em Gateway) dividindo o #51 com Romain Grosjean e Cody Ware pilotará um terceiro carro da Dale Coyne nas 500 milhas e na primeira prova em Indy Misto.


Com o teste em separado, também não houve os tempos cronometrados em telemetria aberta e não sabemos qual foi o resultado e as médias de velocidade. Mas foi importante a participação da equipe no teste pela equipe de Pietro Fittipaldi, pois é uma das poucas oportunidades de se treinar coletivamente no Texas, que é uma das provas onde metade das corridas em ovais vão acontecer esse ano.


Além dos dois carros da Dale Coyne with Rick Ware o único carro que seria dividido entre dois pilotos ou farão apenas metade da temporada, fora o carro #20 da Carpenter Racing onde um dos donos da equipe, Ed Carpenter, treinou na quarta-feira. Os outros brasileiros confirmados a fazer corridas na Indy, Tony Kanaan e Hélio Castroneves, não participaram do teste.


Além disso, outro ponto negativo do teste foi o estado da pista. O Texas Motor Speedway vem passando por um processo de retirada do PJ1, substância plástica aplicada no asfalto para melhorar a aderência relativa da superfície onde ele é aplicada. No entanto acabou causando problemas no Texas pois a pressão que os pneus tanto da Indy quanto da NASCAR faziam com que o carro escorregassem ainda mais e atrapalhavam as provas, onde muitos carros evitavam passar por boa parte das curvas no circuito do Texas para evitar o PJ1.


O processo de remoção mecânica do PJ1 é muito laborioso, e o processo química pode causar alguns danos ao asfalto do local. Daí o Texas optou pela remoção mecânica e ainda está em processo, esperando-se terminar no fim de abril ou no início de maio. Então, o asfalto não estava nas melhores condições nesse testes, como declarou Graham Rahal:

É uma zona proibida. Quando eles repavimentaram a pista [no início de 2017] e usaram a lavagem com cal, ela estava escorregadia. A primeira corrida da NASCAR que eles correram aqui, muitos carros escorregavam e bateram. Lembro-me de conversar com Jimmie (Johnson) sobre isso. Ainda está muito escorregadio hoje.

Todos aqui no Texas vem fazendo um ótimo trabalho tentando encontrar maneiras de encontrar aderência. Infelizmente, o asfalto preto é, a partir dos dados que obtivemos, cerca de 20% menos aderente do que a parte inferior da pista, então ainda é uma zona proibida a parte de cima da pista."

Esse foi o primeiro grande teste coletivo para a temporada 2021 da Fórmula Indy, que começará daqui a duas semanas, no dia 18 de abril em Barber. A etapa do Texas será uma rodada dupla, que acontecerá nos dias 1º e 2 de maio desse ano, pouco antes das provas do mês de maio em Indianápolis.

 

Fonte: Racer (aqui e aqui) e Forth Worth Star 

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