O mexicano substituirá o Dan Ticktun na Team Mugen, com o apoio da Red Bull. Assim sendo, o piloto não mais disputará a temporada 2019 da Indy e sua carreira no automobilismo americano "está em pausa".


Foi anunciado esse domingo (30 de junho) o novo piloto da Team Mugen, equipe patrocinada pela Red Bull na Super Fórmula Japonesa, e ele é o mexicano Pato O'Ward.

Esse imbróglio todo começou em maio, quando o campeão da Indy Lights desse ano entrou para o programa de jovens pilotos da Red Bull. Isso afetou diretamente não só a carreira de Pato, mas também a de Dan Ticktun. Ele era o principal piloto desse programa, mas ainda faltavam cinco pontos para ele conseguir a Super Licença para subir à Fórmula 1. 

O inglês entrou 2019 tentando esses cinco pontos mas, após falhar em consegui-los na F-3 Asiática e não estar indo tão bem na Super Fórmula a ponto de conseguir os pontos e, vendo esse caso, a Red Bull acabou correndo atrás de outro piloto para ser seu plano B na Fórmula 1, e acabou contratando O'Ward que, tecnicamente, já tem a pontuação necessária para entrar na principal categoria de monopostos no continente europeu/asiático. 

Com isso, Ticktun perdeu espaço dentro do programa a ponto de ser desligado da Red Bull e perder a vaga na Super Fórmula. O'Ward, então, assumiu a vaga de Ticktun.

O calendário da super Fórmula não é tão extenso quanto o das outras principais categorias mundiais e restam apenas quatro etapas a serem disputadas, sendo que apenas uma delas (a do próximo fim de semana) chocaria com as provas que eram previstas para Pato fazer na Indy. Assim, imaginou-se que o mexicano faria as duas categorias concomitantemente.

Esse não será o caso, pois o mesmo declarou a RACER.com:
Ainda existe algum espaço para continuar com a Indy mas, por enquanto, essa é uma pausa [na carreira dele na Indy]. Sentirei falta e adoraria voltar, afinal, eu cresci no automobilismo americano. Assim, cedo ou tarde eu acabarei voltando.
Assim, o piloto não voltará para a Carlin nesse ano, ao menos.

Não dá pra dizer que é uma decisão completamente errada de Pato. Ele acabou ganhando a Indy Lights e, anes mesmo, houve todo o problema de ter assinado contrato com a Harding Steinbrenner Racing mas a tanto a equipe quanto o piloto não terem dinheiro para a temporada completa e os dois cancelarem mutuamente seu contrato. Assim, ele arranjou de última hora um contrato de onze provas com a Carlin, e depois veio o problema com a equipe nas 500 milhas de Indianápolis, que fez Pato ser um dos três bumpados da prova. 

Existiram dois pontos que penderam para a decisão de continuar com a Red Bull para tentar chegar a Fórmula 1. Primeiramente, era a maior vontade do piloto, que começou sua carreira mirando ir para a Europa e, quando ficou sem recursos, voltou-se para o Road to Indy. Apesar dele gostar bastante de Indy, o seu amor pela F1 parece não ter arrefecido tanto.

O segundo ponto é a incerteza de sua carreira na própria Indy. O'Ward conseguiu o apoio da Carlin apenas para fazer meia temporada, isso levando em conta que o piloto já tinha patrocínio para quatro provas, incluindo as 500 milhas de Indianápolis. Mas, para o ano que vem, o piloto não tinha acertado com nenhuma equipe e, para um piloto sem recursos financeiros para se bancar e com as cinco principais equipes praticamente fechadas para o ano que vem, não havia segurança alguma de vermos Pato fazendo temporada completa no ano que vem.

Assim, como os pontos de super licença de O'Ward teoricamente vencem esse ano, o piloto teria de entrar na F1 ainda nessa temporada, tentar por pelo menos um ano entrar nela não afetaria tanto assim sua carreira na Indy. Afinal, sabemos que, com a mesma facilidade que a Red Bull contrata, ela também desliga piloto de seus programas de pilotos. 

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