Seja por falta de combustível, precipitação ou por outros fatores, alguns finais de prova se tornaram memoráveis pois se tratavam de vitórias praticamente certas, mas que no final das contas não aconteceram.


Esse momento foi histórico. Bastante deprê também.

Relembre alguns desses episódios que comprovam que a corrida só termina na bandeira quadriculada.

5º: Takuma Sato, São Paulo, 2013



Vamos começar com uma corrida bem familiar.

Faltando apenas uma volta, Sato bloqueava todas as tentativas de ultrapassagem de James Hinchcliffe. Quando Hinch buscava passar o japonês por dentro, Sato imediatamente o cortava. Com isso, Hinchcliffe teve que se contentar com a parte externa da pista nos últimos metros da prova.

Mas a sorte de Sato estava prestes a acabar na última curva do circuito do Anhembi. Takuma deslizou pra fora saindo do traçado ideal. Hinchcliffe se aproveitou do erro de Sato e cruzou a linha de chegada na frente na última corrida da Indy realizada em solo brasileiro. Saudades...

4º: Takuma Sato, Indianapolis, 2012



Isso mesmo, lá vai o japonês aparecer em nossa lista novamente!

Ok, confesso que essa corrida não estava tão na mão do Takuma assim, mas convenhamos que embora Sato não fosse o líder da Indy 500 quando a bandeira branca foi mostrada indicando a entrada na última volta, ele definitivamente estava em uma ótima posição para vencer a corrida.

Em segundo lugar, atrás de Dario Franchitti, que seria o vencedor daquela edição, Sato 
se mostrou impaciente (meio comum né), e tentou ultrapassar Franchitti com uma investida interna. Embora claramente não houvesse espaço suficiente entre o carro de Franchitti e a grama para Sato buscar ultrapassagem, ele decidiu tentar executar o movimento de qualquer maneira.

Não terminou bem para ele. Acabou girando e batendo, permitindo que Franchitti ganhasse sob bandeira amarela a sua terceira Indianapolis 500. Se Sato tivesse esperado até a terceira curva para fazer o movimento, talvez as coisas tivessem um desfecho diferente, mas nunca saberemos com certeza o que teria acontecido. Pelo menos Sato finalmente venceria as 500 Milhas 5 anos depois do "quase".

3º: Graham Rahal, Texas, 2012



Faltando um pouco mais de duas voltas para a bandeira quadriculada, Rahal fez um ligeiro contato com a parede, mas o suficiente para estragar a sua prova. Ele perdeu todo o impulso que tinha e viu sua vantagem sobre Justin Wilson diminuir de segundos para décimos.

Wilson, diferente de Rahal, não cometeu nenhum erro nos metros finais e conquistou aquela que seria a sua última vitória na Indy. Rahal ainda terminou em 2º, porém ele não teve muito para comemorar depois desse colapso épico.

2º: Marco Andretti, Indianapolis, 2006



Faltando apenas duas voltas para o fim, Marco Andretti havia fechado a porta para Sam Hornish Jr. saindo da curva três. Hornish perdeu todo o seu impulso e ficou muito atrás de Marco, o que dava a entender que o então novato de 19 anos estava prestes a vencer a sua primeira Indy 500.

Só que a maldição dos Andretti deu as caras e Hornish conseguiu alcançar Marco nos últimos metros antes da linha de chegada. Que final de prova, meus amigos!

1º: JR Hildebrand, Indianapolis, 2011



Tava na cara quem iria ser o nosso número 1, não? Impossível ser outro!

Hildebrand estava numa situação confortável. Uma liderança  com uma enorme distância para o segundo colocado com menos de meia volta para vencer a maior corrida da sua vida. Pois é, mas ele não ganhou.

Buscando se tornar o primeiro novato vencedor da Indy 500 desde Helio Catroneves em 2001, Hildebrand tentou passar o carro de Charlie Kimball que por sua vez estava ficando sem combustível. Ele tentou fazer a ultrapassagem passando Kimball por fora.

Mas Hildebrand foi pra muito mais longe na pista do que deveria, passou na parte mais suja da pista e bateu no muro. Enquanto o carro nas cores da National Guard deslizava melancolicamente pela pista até a linha de chegada, o hoje falecido Dan Wheldon passava por ele e vencia aquela que seria a sua última corrida.

Bônus: Max Papis, US 500, 1999


Essa os brasileiros conhecem muito bem.

Na última volta da US 500, prova criada pela CART na época para rivalizar com a Indy 500 após a cisão, o carro do italiano Max Papis ficou sem combustível, deixando o caminho livre para Tony Kanaan vencer a sua primeira corrida na categoria.Papis havia liderado a prova por 143 voltas, contra apenas 7 de Kanaan.

Destaque para a narração do Téo José com o famoso "Não perde mais... perde, perde... Passa Tony, passa Tony...

2 comentários:

  1. Mais quatro que podiam entrar na lista: Bryan Herta 2x (Laguna Seca 1996 e Long Beach 1998), Rick Mears (Surfers Paradise 1991) e Gil de Ferran (Portland 1997)

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    1. Rapaz, a do Bryan Herta em Long Beach foi épica aquele duelo. Que saudades viu.

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