A decisão do campeonato mais confuso da Indy Lights se aproxima. Quem dos quatro postulantes vai se sagrar campeão nesse fim de semana em Laguna Seca?
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Demorei tanto pra escrever esse post que os pilotos estão descendo o saca-rolhas enquanto escrevo. |
Antes, desculpas rápidas: sei que estou em débito com vocês, pois os posts sobre o Road to Indy praticamente sumiram daqui do site/blog/portal/acumulador de conteúdo sobre Indy, uma pá de coisas mudaram em minha vida, mas isso não é desculpa e desculpas não mudam muita coisa, então vamos em frente.
Um terço do grid postulante ao título.
Pois é, desde a primeira vez que acompanhei mais seriamente a categoria, lá pelos idos de 2012, que vejo mais de dois pilotos brigando pelo título na última prova. Decisões da Lights sempre foram pra mim duelos entre dois pilotos (geralmente um favorito e um azarão, com a exceção aparecendo em 2013) e a rodada final geralmente ser uma briga de foice entre os dois pra ver quem é o melhor da maior categoria de base dos Estados Unidos.
Isso aconteceu por um simples motivo: ninguém queria liderar o campeonato desse ano. Começamos com Ed Jones e a Carlin vindo com tudo até Long Beach, daí Pigot ganhou em Barber e Jack Harvey foi o grande vencedor em Indianápolis, Pigot voltou a vencer no caos em Toronto E NENHUM DOS TRÊS QUIS MAIS VENCER PROVAS.
Sim, faz dois meses que nenhum dos três primeiros colocados vence uma prova na Lights. Com isso, a grande vantagem que Jones, Pigot e Harvey tinham pro resto do pelotão foi sumindo aos poucos e vimos até RC Enerson aparecer para ser coadjuvante e pinta nas fotos dos pilotos que decidem o título. Vamos as chances:
RC Enerson: Poucas, mas até razoáveis.
O gordinho americano que comeu a Pro Mazda para pular da USF2000 direto pra Indy Lights conseguiu fazer um ótimo ano de estreia. Após um começo com poucos altos e cheios de baixos e batidas bestas, RC chegou nas seis etapas finais com dois pódios (um segundo e um terceiro lugar) e muito atrás dos líderes. Mas ele se aproveitou que os pilotos da frente brincavam de crash test nos ovais restantes e em Mid-Ohio para conseguir três pódios seguidos (culminando com a vitória em Mid-Ohio 1) para chegar em Laguna Seca com alguma chance de ser campeão.
Vai ser um bocado difícil. Pelas minhas contas, RC tem que terminar as duas provas no pódio, e apenas ele dos postulantes ao título no pódio. Ele deve torcer para Jack Harvey chegar para baixo da sexta posição em ambas as provas, Pigot chegar para baixo do quinto e Ed Jones sempre chegar fora do pódio. Nada fácil.
Ed Jones: Não é tão difícil, mas poderia ser mais fácil.
Jones começou arrasando com o campeonato. Ele e a Carlin vieram com três vitórias nas três primeiras corridas de ambos na categoria, mas maio que parou por aí o campeonato.
Tá, ainda teve dos terceiros lugares suados em Indy Misto 1 e Toronto 2, mas isso não conta muito quando seus principais rivais chegam na sua frente, e também teve aquele segundo lugar com gosto amargo em Iowa, quando a Carlin tinha o melhor carro mas um Max chilton já sem pretensões de campeonato venceu. Jones pescou demais durante o resto do ano, se viu sem a liderança e só tem chances boas de vencer o campeonato pois os outros dois da frente também não quiseram fazer mais nada.
As suas chances são boas, pois ele está 18 pontos atrás de Harvey e 12 atrás de Pigot. Num campeonato onde a vitória vale de seis a oito pontos a mais que o segundo lugar e de nove a onze pontos mais que o terceiro, tá tudo embolado pro inglês nascido em Dubai.
Spencer Pigot e Jack Harvey: É hora, do duelo! [\yu-gi-oh!]
Aí sim a porca torce o rabo. A diferença ali é de meros seis pontos, e nessa pouca diferença até mesmo a pole ou o número de voltas lideradas pode definir quem leva os US$1.000.000 e o orçamento para três provas na Indy em 2016.
Não é surpresa alguma esses dois serem os pilotos a brigarem com mais afinco pelo campeonato. Um veio do vice-campeonato, perdendo para Gabby Chaves no número de segundos lugares; enquanto o outro foi campeão do campeonato da Pro Mazda mais emocionante da história.
Qualquer um dos dois que vencer será mais-do-que merceido. Pessoalmente, não sei quem escolher para torcer nessa disputa, só consigo sentir...
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