Por Filipe Dutra

Em 1999, eu era um grande fã da CART, ou melhor, da Fórmula Mundial. Não perdia uma reprise no SBT, gravava os compactos e a única corrida ao vivo daquela temporada, na Austrália. E era fascinado pelas marcas exibidas nos carros: Marlboro, Target, Player’s, Kool, Cummins, Valvoline, só para falar das que vêm primeiro à cabeça. Tanto que, por causa disso, eu quase rumei para a publicidade.

Quantas marcas! Que lindo!


Nesse mesmo ano, eu tive acesso pela primeira vez à internet. Era na escola, e, na primeira aula, poderíamos acessar o site que quiséssemos. Adivinha qual foi o que escolhi? Claro que foi o do bate-papo da Uol. Mas o segundo e o terceiro site, sem sombra de dúvidas, foram o CART.com e o Target.com.

Pulemos nove anos no tempo. A Indy já havia se reunificado, e a categoria estava correndo em Edmonton, no Canadá. O conterrâneo Paul Tracy faria uma participação especial naquela prova pela Vision Racing, e correria com patrocínio do Subway. Eu nem sabia o que diabos era Subway, mas, quando a primeira loja da rede de lanchonetes foi inaugurada em Fortaleza, eu automaticamente atribuí – e faço essa associação até hoje – ao carro do Sr. Apronta Tudo.



O que quero dizer é que, ao contrário do que analistas de mercado dizem, a Indy tem um potencial de fidelização enorme. O público remanescente, embora reduzido em relação a vinte anos atrás, ainda é bastante fiel à marca e a todas as outras atreladas.

Tanto que a própria Target, embora tenha diminuído a participação na categoria de monopostos (de dois e até quatro carros no início dos 2000s, só patrocina um), ainda permanece estampando sua marca no carro de Chip Ganassi. A PPG, empresa de pinturas automobilísticas que foi a naming sponsor da Indy durante décadas, ainda hoje permanece na categoria, patrocinando a Penske.


Por isso, fica a dica para as empresas americanas investirem na Indy. O retorno é certo! Vá por mim!

Um comentário:

  1. Eu tb sou assim, vejo uma marca que não conheço, estampada em um carro da Indy, resolvo googlar pra descobrir o que é e se é acessível. Me identifiquei com essa matéria, muito boa!

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