Mas ninguém ligou, porque todo mundo estava preocupado em fazer batidas impressionantes.

O dia começou bem: com sol, calor, e um monte de carros indo pra pista, mas a tranquilidade só dura alguns minutos devido a um acidente plasticamente feio. O Homem-aranha Hélio Castroneves abria sua segunda volta do dia quando o carro saiu de frente na saída da curva um. O carro do brasileiro acerta o muro, vira de costas e, com essa combinação a quase 300 km/h, decola e da um 360º:


Apesar do acidente, estava tudo bem com o tricampeão da Indy 500, os impactos foram mínimos. Hélio não sofreu machucado algum e pouco tempo depois ele já estava pilotando seu carro reserva, o #3T. O carro também não sofreu grandes avarias, com exceção de algumas partes do aerokit e na suspensão, podendo ser utilizado amanhã.

Depois de um tempo em bandeira vermelha para todos respirarem um pouco, a pista foi liberada novamente e o treino continuou mais tranquilo. Nas duas primeiras horas de treino, Simon Pagenaud liderou com Marco Andretti pouco atrás. Na virada da terceira hora, Dixon fez a volta mais rápida em 227,527 mph. Mas essa média não chegou nem perto de ser a melhor do dia.

A uma hora e meia do fim, a pista foi novamente fechada, pois o carro de Takuma Sato ficou parado entre as curvas um e dois O dia do japonês acabou naquele momento.

Quando a bandeira verde veio já estávamos na Happy Hour, a hora extra do treino livre, onde os tempos mais rápidos acontecem. Quase que imediatamente, Sage Karam faz a volta mais rápida da sessão até o momento, mas esse tempo não dura nem dez minutos, pois Townsend Bell fez a volta mais rápida até então, mais de uma milha mais rápida que a volta de Karam (228,969 mph).

Pouco tempo depois houve o segundo acidente do dia, quase tão grave quanto o de Hélio. Pippa Mann pegava o vácuo de Marco Andretti com seu Dale Coyne todo rosa e branco, mas a britânica subiu um pouco na linha, passou na sujeira e bateu seu carro na curva quatro. Ela ainda teve o azar de bater no muro que divide a pista da entrada dos boxes, onde foi instalado uma camada de SAFER barrier racentemente, e deu várias rodadas.


Pippa Mann passa bem, saiu do carro por si própria e não sofreu machucado algum no acidente, e seu caro não sofreu avarias graves e poderá rodar a partir de amanhã também.

Bandeira verde acionada faltando 40 minutos para o fim. 28 dos 33 pilotos partiram para fazer voltas rápidas e simular o comportamento do carro no meio do vácuo. Os cinco carros da Andretti seguiram em comboio e o último carro no grupo, Carlos Muñoz, fez a volta mais rápida quando a bandeira quadriculada já era agitada.

O colombiano faz 230,121 mph. Essa é a volta mais rápida que os carros da Indy fizeram sem o boost extra dado na qualificação desde as 500 milhas de 1999. É também a primeira vez que um carro Honda lidera uma sessão em oval esse ano.

Townsend Bell fecha a sessão numa surpreendente segunda posição, só não mais surprendente que o quarto lugar de James Davison, que correu nessa sessão no #19 da Dale Coyne, ficando apenas 0,1 mph atrás de Tony Kanaan, o terceiro colocado. Abaixo está a tabela de tempos dessa sessão, onde "BLS" é a melhor média de velocidade conseguida no vácuo e "NTS" é a melhor média de cada piloto FORA do vácuo.


Nesse treino pudemos ver claramente a estratégia de cada montadora na hora de formular os aerokits. A Honda teve a melhor média de velocidade no vácuo, mas fora dele só obteve o sexto melhor tempo com Justin Wilson (224,817 mph). Ele ficou atrás de Dixon (226,411 mph), Carpenter (226,037 mph), Hildebrand 9226,031 mph), Pagenaud (225,412 mph) e Bell (225,329 mph). 

Isso mostra que a Chevy aposta muito no carro fora do vácuo, com condições próximas a da classificação, enquanto a Honda aposta na corrida de comboio e em fila, pois o seu carro é bem melhor no vácuo.

Amanhã tem o último treino livre sem a potência extra, ele começa a uma da tarde e vai até as oito da noite, com transmissão ao vivo e tabela de tempos no racecontrol.indycar.com

Até amanhã!!

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