O fim de semana em Detroit mostrou por que a Indy é diferente no quesito de corridas. Ao contrário de outras categorias, é impossível prever, nas primeiras vinte voltas, o que acontecerá ao longo da prova. Sábado, o domínio de Power não condisse com o resultado final, que foi a vitória de Carlos Muñoz. Hoje (31/5), quem imaginaria que Juan Pablo Montoya dominaria a prova foi surpreendido com a vitória de Sebastien Bourdais.




O início da prova, ao contrário do que se podia prever, foi bem tranquilo. Montoya disparou na frente, com Power seguindo-o. Castroneves seguiu em quinto e Kanaan, em 12º.  A chuva castigava Detroit, obrigando os pilotos a serem cautelosos, e nenhuma ultrapassagem importante ocorreu.

Na volta 20, os primeiros pilotos começaram a parar. Com estratégias conservadoras, houveram poucas trocas de posições: pior para os brasileiros, que perderam posições –Helio ficou em sexto e TK em 17º.

Pouco depois, na volta 25, Power teve problemas no carro e precisou parar mais uma vez. Scott Dixon, que vinha em um bom ritmo, assumiu a segunda posição. E, à medida que a chuva ia diminuindo e a pista secando, o neozelandês ia diminuindo a distância para o colombiano.

Aí o esperado aconteceu: Rodolfo Gonzales bateu seu Dale Coyne e causou mais uma bandeira amarela. E foi aí que Sebastien Bourdais brotou na disputa. Após bom pit-stop da KV, o francês foi para a frente junto de Power, Conor Daly e Ryan Hunter-Reay.

Na relargada, mais confusão: Luca Filippi e Stefano Coletti se estranharam e causaram mais uma bandeira amarela. Ambos haviam arriscado os slicks. Apesar disso, quem apostou neles se daria melhor posteriormente, como Takuma Sato, que ultrapassou Helio Castroneves.

Mais para o fim da prova, a ação estava intensa. Montoya e Bourdais brigavam pela ponta, e Graham Rahal e Sato duelavam logo atrás. Aí Charlie Kimball acabou causando a penúltima amarela da prova ao acertar seu companheiro de equipe, Scott Dixon. Na relargada, o americano se envolveu em mais um toque – sendo acertado por Helio e outro ganassiano, Sage Karam, acertou Jack Hawksworth. Mais amarela.

Com a verde, o dia da Penske mostrou-se trágico. Montoya perdeu posições para Sato e Rahal e Power, que havia ido para o fim do pelotão, perdeu o controle do carro e acertou Castroneves.

Como já havia passado muito tempo, a direção de prova decidiu dar bandeira vermelha e retomar a prova no tempo. Os pilotos teriam cinco minutos e meio para tentar a sorte. No reinício de prova, o colombiano da Penske estava no “cheiro” do combustível e foi ficando até terminar em décimo, sem gasolina. E as posições permaneceram como estavam: Bourdais venceu, com Sato em segundo e Rahal em terceiro. Menção honrosa para Tristan Vautier, que chegou em quarto com a Dale Coyne remanescente.


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