"Os últimos serão os primeiros", diz um famoso ditado popular. Foi o que exatamente aconteceu neste domingo, quando Scott Dixon venceu pela quinta vez em Mid-Ohio, disparando como o piloto que mais esteve no victory lane de Lexington, mas Dixon só chegou lá por vários motivos. Primeiro:

O fato de ter largado lá trás. A equipe de Chip Ganassi optou por utilizar os pneus pretos e duros no carro do neozelandês, já que largando em último, ele não iria conseguir muita coisa na pista seguindo a estratégia dos outros de utilizar os macios primeiro para ganhar posições. Então, eles iriam queimar esse jogo de pneus logo no começo para se verem livres disso depois. Segundo:


O big one da largada. O acidente, que foi consequência de um toque entre seu companheiro de equipe, Tony Kanaan, com Josef Newgarden, tirou Marco Andretti e o brasileiro da prova, e atrapalhou a vida de Takuma Sato, deixou Dixon na 18º posição, enquanto ele foi passando pelos carros destruídos e pelos detritos que ficaram na pista. Terceiro:


A decisão do próprio Dixon de antecipar sua parada. O piloto decidiu parar na volta 31 em bandeira verde, antecipando o que estava definido na estratégia feita pelo pessoal da Ganassi. Isso foi crucial para a vitória porque em quarto: 

A bandeira amarela na volta 37 ajudou a deixar o neozelandês na frente do pelotão. Enquanto Ryan Hunter-Reay rodava sozinho na curva 10, a equipe Ganassi deveria estar pulando de alegria, porque o pulo de uma simples corrida de recuperação para uma disputa pela vitória foi graças ao erro do americano. Quinto:

Falando em americanos, o quinto motivo foi o erro crasso da equipe de Josef Newgarden no seu segundo pit stop. O piloto estava na liderança da prova, disputando de igual pra igual com Dixon (talvez Josef tinha um carro melhor que Scott), quando o membro da equipe que cuida da parte traseira do carro tropeçou na mangueira que Newgarden passou por cima deixada pelos próprios mecânicos. Esse incidente custou vários segundos para o piloto da Sarah Fisher Hartman Racing, além de uma punição por ter passado em cima da mangueira e a perda de uma boa chance de vitória. Com o americano fora da disputa, Dixon teve caminho livre e não precisou se preocupar com possíveis candidatos à vitória além dele mesmo. E por último:


Sua experiência com a pista. Dixon tinha quatro vitórias no currículo e média de 4º lugar até o momento da bandeirada em suas dez participações. Ou seja, Dixon conhecia cada palmo da pista, e isso foi muito importante para ele ter conseguido economizar combustível ao mesmo tempo que vinha num bom ritmo. Tanto que após ter cruzado a linha de chegada, seu carro parou logo depois da Curva 1, sem uma única gota no tanque.

Tudo isso prova que Scott Dixon é, e sempre será favorito nessa pista. E que o ditado está certo.


Ah, antes que perguntem, Helio Castroneves teve problemas elétricos e no acelerador de seu carro antes mesmo da largada, que fez com que o brasileiro perdesse quatro voltas. Mesmo assim, Helio está com apenas quatro pontos de desvantagem para o agora líder do campeonato Will Power. Ryan Hunter-Reay e Simon Pagenaud estão empatados em terceiro com 67 pontos atrás do líder.

Confira como ficou o resultado final desta décima-quinta etapa:

E os melhores momentos:
(em breve!)

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