Posso fazer uma montagem com essa pose, apenas mudando o nome do circuito que Hunter-Reay ganha lá trás.

Essa foi a pergunta de muitos dos brasileiros que viram o final do GP de Iowa nesta noite de sábado (agora domingo). O americano Ryan Hunter-Reay venceu sua terceira prova do ano após liderar apenas as últimas duas voltas, graças a estratégia espetacular da equipe Andretti de parar na última bandeira amarela, eliminando a (mais uma) estratégia ruim da Ganassi de continuar na pista faltando 9 voltas em bandeira verde. 

Mas vamos ao começo (molhado) da prova. Os motores foram ligados 20 minutos antes do previsto, porque naquela hora haviam nuvens negras no horizonte e muito vento. E nuvens negras com muito vento, numa região como Iowa, ou é tornado, ou vem tempestade por aí. Sorte nossa que as pessoas que estavam sem capa de chuva na arquibancada pegaram apenas o restinho da nuvem, mas só isso já rendeu 30 minutos de bandeira amarela.

Antes da paralização, Tony Kanaan já tinha uma vantagem de dois segundos para Scott Dixon, mostrando o quanto o carro estava bom no final de semana largando da primeira fila. Dixon não teve a mesma sorte e fica para trás, deixando Helio Castroneves ir à caça de Tony. Rolou até uma pequena briga de brasileiros antes de São Pedro chorar no céu de Iowa.

Parece uma pintura, não?
Mas ele deixou o céu mais bonito no final da tarde, quando os motores foram religados. Enquanto Celso Miranda confundia sol com lua cheia, todos aproveitam e param nos pits, fazendo as trocas necessárias. Ryan Hunter-Reay, por exemplo, reclamou do carro e pediu ajustes na asa. Santo ajuste.

Bandeira ver-amarela. Pela segunda vez, Sato e Aleshin saem da prova juntos no carro médico, após o russo rodar na frente do japonês. Mas com o ajuste de TRÊS voltas que deram no carro, e ainda de pneus frios, não dá pra culpar muito o russo (AJ Foyt discorda de você).

Após a real relargada, os dois brasileiros da prova ficam disputando a primeira posição quase que a tapas, numa típica briga entre carros da Ganassi e da Penske. Eles até se revezaram na liderança durante as paradas. Kanaan e Helio, depois Helio e Kanaan, depois... enfim. Continuando com a corrida...

Será que o acidente...
O carro mais visto porém não foi nenhuma Penske, ou Ganassi, ou Andretti. foi um tal verde e preto, de um tal inglês, que vinha fazendo resultados incríveis neste ano (nos mistos), inclusive largando em último na segunda corrida de Houston e terminando no pódio (em misto). Será que após o acidente tenso nos treinos em Pocono, sua já mínima consistência virou Saavedisse?

Falando em Saavedra... ele vinha bem. E muito bem pessoas. O carro #17 da KV estava muito bem acertado para a corrida, tanto que ele ultrapassava os outros por fora. POR FORA! Só que... ao se aproximar do carro de Power, para pegar a TERCEIRA posição, ele se desconcentra, vai para a parte suja da pista, e bate no muro da curva 2. Deu até dó dele quando ele colocou as mãos na cabeça após parar no pit com o pneu furado. Saavedra até tentou uma corrida de recuperação, mas já estava a seis voltas atrás.

Outro que estava voando, foi Montoya. Ele já vinha numa estratégia diferente, porque tinha largado na penúltima fila, ao lado de Hawksworth (ele havia errado na classificação). Depois, começou a ultrapassar um por um, até parar nos pits na volta 90, sob bandeira amarela, e xingar muito os mecânicos, porque não conseguia engatar as marchas direito para sair do pit (pior é que ele estava dando risadas durante a paralização). Como Iowa é o menor oval da Indy, o colombiano só olhava no retrovisor para ver quando que Kanaan iria surgir na curva 4 para ele perder uma volta. 

Mas o campeão da corrida de 500 milhas mais rápida do mundo conseguiu recuperar a volta perdida (graças a uma amarela) e disputar a 5º posição com Ed Carpenter, faltando 20 voltas para o final. Mas o americano vinha o tempo todo na parte de cima, segundo Montoya, quando de repente, ele mudou o curso sem avisar o cara de trás por telepatia. Isso é um crime! Deveriam punir este indivíduo! Segundo o colombiano... (ele não falou com essas palavras, mas deixou isso claro)

Quem se deu mal com isso foi Kanaan. O brasileiro liderava a corrida (liderou o maior número de voltas, quase 250, 5/6 da corrida) e tinha uma certa vantagem em cima do seu companheiro de equipe. Durante a bandeira amarela, a equipe Andretti mandou Ryan Hunter-Reay fazer sua parada (já programada) para colocar pneus novos. Sorte deles que houve essa amarela. Sorte mesmo.

Depois da bandeira verde, Kanaan dispara na frente, mas Dixon fica, os dois da Penske perdem rendimento, e Hunter-Reay vinha como um jato pra pegar a liderança e vencer a prova. Tony ainda perdeu a segunda posição para Josef Newgarden, que também trocou de pneus. Tinha nem como segurar. Ele não é um "Carpenter", segundo falaria Montoya.

O que importa realmente, é que eu só falei disso tudo, porque tive assuntos para falar. Foi a melhor corrida em condições "normais" do ano!

Confira a classificação não-oficial:

Fontes: meu bloco de notas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário