Seguindo nossa tradição de final de ano, a postagem das batidas mais icônicas do ano que está quase passando vem à tona. Quais as batida mais icônicas de 2016?
Os treinos da Indy 500 geraram as batidas mais icônicas do ano passado, e esse ano?
Assim como em ultrapassagens, o ano de 2016 não foi profícuo em batidas icônicas, e isso faz o meu trabalho ser diferente dos de 2014 e 2015, onde toques e batidas foram mais abundantes. Sim, houveram um bocado de batidas nessa ano, afinal, estamos falando da Fórmula Indy, mas a grande maioria delas passam desapercebido pelo ano pois são muito comuns.

Extras: Show de luzes, câmeras correndo, Pneus livres e possessões demoníacas.

Esse é apenas um teaser para cobrir buraco na falta de batidas desse ano mostar alguns detalhes curiosos nas batidas.  No primeiro vídeo tivemos de volta das <3 faíscas <3 que tanto abrilhantaram as corridas de outrora; no segundo vídeo parece uma batida normal que o Sato já fez tantas vezes e é uma delas, na verdade, com a diferença dos fotógrafos fugindo do muro feito loucos perto dos dois minutos de vídeo (muito Indy dos anos 90 isso); no terceiro vídeo tem a revolta da roda de Lazier se revoltado e indo sozinha correr a Indy 500 e no último vídeo temos, além da batida de Carpenter e Helinho, Max Chilton desviando das batidas com muito sucesso no Texas (ele fez isso duas vezes durante a corrida, a outra vez está no meio das outras batidas do post).










Essas batidas estranhas fazem parte da essência da Indy, bem como os três últimos lugares dessa lista:



9º: As famosas batidas nos pits (Bell x Castroneves x Hunter-Reay, Indy 500)




Existe batida mais Indy que essa? Paradas em bandeira amarela com todo mundo indo pros pits. Townsend Bell vai saindo dos boxes e parte rumo a pista mais rápida, mas Helinho estava lá, eles se tocam e Bell roda rumo a Hunter-Reay, que estava na linha mais lenta. O puro suco da Indy.



8º: Largadas problemáticas (Barber, Indy GP e Detroit)









Outro ponto característico da Indysão as batidas em largadas e relargadas. Nesse post, destacamos três delas:

- Em Barber nem houve bandeira verde antes de a amarela aparecer. Carlos Muñoz, que estava especialmente mal antes da Indy 500, acelerou um pouco antes de todo mundo e acabou acertando Aleshin, que guinou para a direita e acertou Hawksworth.

- Na largada do Indy GP, Dixon se defendia bem da investida de Bourdais ficando no meio da pista, até que TK se mete entre os dois e Dixon, que tem a ideia de ir um pouco mais pra direita para fazer melhor a tangência, acaba tocando em TK que bate em Bourdais e os dois saem da prova.

- Largadas em Dretoit sempre são uma bagunça, porque o pace car sai muito antes da bandeira verde. Hinchcliffe ficou muito bravo com Carlos Muñoz nessa batida.


7º: Bourdais x Aleshin (treinos livres de St. Pete)




Outro grande ícone da Indy: os bate-bocas. Antes do primeiro treino classificatório da primeira prova do ano, Bourdais e Aleshin se tocaram em um dos treinos livres e isso foi o suficiente para a insurgência da raiva de Bourdais, guardada desde 2014, quando ele e Aleshin bateram muito um no outro.



6º: Cherlie Pinball em Watkins Glen (Kimball x Rahal e Kimball X Power; Watkins Glen, 2016)







Agora sim começam as batidas icônicas, e começamos por... Uma das tradições da Indy: as batidas de Charlie Kimball.

Kimball é um piloto naturalmente estabanado, principalmente nos momentos que outros pilotos estão próximos dele. Entretanto, no fim de semana de Watkings Glen, as estabanadas de Kimball interferiram no campeonato de forma mais direta.

O campeonato chegou a Watkins Glen com Pagenaud ainda soberano na liderança, mas com Power 28 pontos atrás na segunda posição. Depois dele vinham TK, Dixon, Hélio, Newgardem e Rahal, mas com mais de cem pontos de desvantagem para Pagenaud. Entretanto, na Indy e com mais de 150 pontos em disputa, tudo poderia acontecer.

O primeiro dos sete a ser eliminado de cara foi Graham Rahal em uma batida com Kimball. Enquanto os dois disputavam a glamurosa 17ª posição, Kimball colocou por fora da Rahal na curva um da volta vinte, os dois a fizeram lado a lado e quando Rahal espalhou para cima do carro da Ganassi, Kimball não foi para a área de escape asfaltada e os dois batera, com Rahal guinando pro muro numa batida forte.

Quase vinte voltas depois o mesmo acontece com Will Power, a única diferença foi a corva onde o incidente a conteceu.

Porra Kimball.



5º: Em "T" (Aleshin x Hawksworth, Texas)





Aleshin batendo em carros da Foyt, parece 2014 mas é 2016. Entretanto, essa batida foi uma das mais fortes do ano, quando o russo rodou e o americano não conseguindo desviar do carro batido de Aleshin e acabou acertando a traseira do carro da Schmidt-Peterson. Os dois saíram ilesos, até porque já tiveram batidas mais fortes a dois anos atrás, quando Aleshin arrancou o alabrado de Fontana e Hawksworth deslocou seu coração em Pocono.

Ah sim, é nessa batida que o carro de Chilton sofre sua segunda possessão demoníaca no Texas.


4º: "Dava pra trocar o óleo do carro do Rossi" (Castroneves x Kimball x Rossi, Pocono)





Em pleno século 2016 e o povo ainda tem problemas pra sair dos boxes. A causa do acidente já é tradicional: Rossi saía dos pits, o mecânico que liberou o americano para voltar à pista não viu que Charlie Pinball estava entrando em seu box e os dois se tocaram. O porém dessa batida é o ângulo, que deve ser um dos poucos que ainda proporciona um toque roda com roda, fez a dianteira do carro do Rossi sair do chão e subir no cockpit do Hélio, passando pertinho da cabeça do brasileiro.


O Helinho até falou na entrevista pós acidente: "foi muito perto, dava até pra trocar o óleo do carro do Rossi!"



3º: O Big One 2016 (St. Petersburg)




Mesmo nesse ano modorrento de 2016, nós tivemos um big one. Na relargada da volta 57 da primeira prova do ano, em St. Petersburg, o povo passou ileso na curva um, apesar de termos até quatro carros lado a lado naquela freada. 

Mas os pilotos não passaram batidos da curva quatro (ou passaram?). Na curva onde todo mundo adora atrasar a freada, Carlos Muñoz, que já adora atrasar a freada mais do que relógio na volta do horário de verão, atrasou a freada até o deus me livre para ultrapassar Charlie Pinball; MAS, ele atrasou tanto a freada que passou o Kimball e acertou em cheio Graham Rahal.


Pinball e Servià, que estavam bem perto dos dois, não conseguiram desviar e ficaram enganchados, fechando quase toda a pista. Big One.


2º: A terrível dos ovais (Daly x Newgarden, Texas)





Essa, com certeza, foi a batida mais forte do ano. Na prova do Texas parte 1, Conor Daly e Josef Newgarden vinham brigando por uma posição tão atrás que Max Chilton tava na frente deles, até que Daly, que não tinha parado e estavam com seus pneus em estado de penúria, escorrega na curva 4 e vai em direção ao muro da saída da curva.


Mas, entre ele e o muro, havia Newgarden.


Daly acerta seu amigo em cheio, fazendo Newgarden ficar muito íntimo de toda a reta e mini-curvas do Texas Motor Speedway. Apesar do acidente muito forte, de Newgarden quase ter raspado seu capacete no muro e não ter conseguido sair andando do incidente, ele teve apenas uma torção no pulso pelo ricocheteio do volante na hora do acidente.

Newgarden ficou tão bem que venceu já na prova em oval seguinte, em Iowa.


1º: Disputa pela liderança (Pagenaud X Rahal)





O ano de 2106 foi tão estranho que minha escolha para batida mais icônica nem foi lá tanto uma batida forte assim, mas foi, para mim, o melhor momento do ano. Pessoalmente, acima de Pagenaud ganhar um título merecido, de Rossi passar a linha de chegada da Indy 500 quase sem combustível ou até mesmo da batida entre Daly e Newgarden, a disputa pela vitória em Barber de Rahal e Pagenaud foi o melhor momento de 2016. 

E, nessa disputa, teve alguns toques, o que me deu a desculpa que precisava para colocar ese momento aqui.

Eram nove voltas pro fim da prova. Pagenaud e quase todo o grid parou cedo e economizava para fazer uma parada a menos. Mas Graham Rahal, que não sabe economizar, fez uma parada a mais e, por circunstâncias da prova, vinha chegando bem perto de Pagenaud para brigar pela liderança.

Como Rahal, além de não saber economizar equipamento, é impaciente, passou no momento menos propício possível, tocando em Pagenaud, empurrando o francês para fora da pista e assumindo a ponta da prova faltando sete voltas e meia pro fim. Bastava Rahal segurar o francês num circuito apertado e tendo vários push to pass a mais que Pagenaud. Fácil.

Mas, no caminho tinham os retardatários, que atrapalharam Pagenaud e Rahal com gosto. Enquanto o americano negociava ultrapassagens com Jack Hawksworth, Pagenaud conseguiu se aproximar novamente e, faltando apenas quatro voltas pro fim, o francês da Penske consegue fazer o movimento de ultrapassagem se aproveitando de um toque emtre Hawksworth e Rahal.

Foram momentos de puro ouro em 2016.

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