A chevrolet foi campeã todas as vezes do campeonato de construtores desde que a categoria deixou de ser monomarca, e no ano passado essa vitória foi acachapante. Para aumentar ainda mais essa vantagem, ela investiu em um aerokit quase que contrário a da rival e fez a maior contratação do ano, levando um dos principais pilotos da Honda para seus domínios. Confira isso e muito mais nesse preview!!
Quando ela entrou, em 2012.
A tricampeã do campeonato de construtores apresentou um aerokit mais voltado para sua experiência em turismo e endurance, focando os itens aerodinâmicos para reduzir o arrasto que o carro sofre, enquanto a Honda teve um foco em criar pressão aerodinâmica. Com isso, o carro da Chevy tem tudo para ir melhor conforme as pistas tiverem curvas rápidas e retas longas. Discutiu-se bastante os aerokits nessa postagem, então não me prolongarei nesse assunto.

Mas o maior trunfo da Chevy ainda está nas equipes e pilotos. Muitos especialistas e a maioria do público ainda concorda que ela fornece equipamento para as equipes mais fortes, e seu plantel de pilotos se destaca em comparação ao da Honda.

Vejamos essas equipes e pilotos com mais detalhes:


Team Penske

Pilotos: 
Will Power (1º, carro #1, australiano)
Juan Pablo Montoya (4º, carro #2, colombiano)
Hélio Castroneves (2º, carro #3, brasileiro) 
Simon Pagenaud (5º, carro #22, francês).

Patrocínios principais: Verizon (carros #1 e #2), Hitachi (#3) e Penske Truck Rental (#22), Shell e PPG (todos os carros).


No ano passado, a equipe nadou de braçada no campeonato. Aproveitando-se da condição do motor Honda estar pior que os Chevy e que a Chip Ganassi (principal concorrente) ainda estava se acostumando com a mudança de marca, a equipe de Roger Penske terminou o campeonato com seus três pilotos entre os cinco primeiros colocados do campeonato, conquistando cinco vitórias e nove poles, além do campeonato de Will Power (o 13º da Penske).

Para o domínio continuar em 2015, a Penske seguiu a tendência das equipes grandes da Indycar e alinhará um quarto carro pela primeira vez em sua hostória. Para pilotar esse carro foi contratado Simon Pagenaud.

Aliás, 2015 será o ano do teste final de Simon Pagenaud. O francês, apesar de ter 30 anos, sempre teve o estigma de jovem promessa que merecia um carro melhor do que a Schmidt-Peterson poderia oferecer. Agora, Simon estará na atual melhor equipe da categoria e com capacidade técnica próxima ao estado da arte poderá deixar o estigma de eterna promessa, também conhecido como síndrome de Ryan Briscoe.

Os outros meio que vocês já conhecem: Montoya mostrando que estava só se aquecendo no ano passado, mas precisamos ver como se sai agora sem essa desculpa para ser o pior da equipe, como no ano passado; Will Power, bem, o australiano já não tem muito mais objetivos normais na Indy, agora é buscar consolidar sua fama e chegar mais próximo das lendas do campeonato (quem sabe melhorar um pouco nos ovais, talvez); e Helio sempre focado nas 500 milhas e mais do que nunca buscando deixar a estigma de vice.

Por falar em Helio, na verdade, esse ano pode ser diferente. O brasileiro esteve muito bem nos dois últimos campeonatos, onde conseguia liderar o campeonato e até abrir distância de seus concorrentes na primeira metade do campeonato, mas algo sempre acontece no fim, e ele acaba não ganhando.  Falta de sorte, excesso de cautela, excesso de agressividade, trabalhos e macumba malfeitos? Talvez um pouco disso tudo. E Helio precisa passar desse estigma logo, pois ele não tentará para sempre.


Chip Ganassi Racing

Pilotos: 
Scott Dixon (3º, carro #9, neo-zelandês)
Tony Kanaan (6º, carro #10, brasileiro)
Charlie Kimball (14º, carro #83, americano) 
Sage Karam (27º, carro #8, americano).

Patrocínios principais: Target e associados (carro #9), NTT Data e TNT (carro #10), Novo Nordisk (carro #83) e GE Led e Big Machine (Carro #8).


A Ganassi passou por grandes mudanças no ano passado. Chip decidiu expandir a equipe para quatro carros e contratou Kanaan, mas a aposentadoria prematura de Dario Franchitti abriu uma vaga inesperada na equipe que todos esperavam ser preenchida pelo então campeão da Indy Lights Sage Karam, mas no fim Ryan Briscoe pilotou no novo carro #8 quando Tony migrou para o carro #10.

Junta-se a mudança para uma nova fornecedora de motores e temos a receita para o caos. A primeira metade do campeonato foi toda perdida para a equipe aprumar corretamente as coisas. As coisas melhoraram muito após Iowa, quando a equipe já parecia mais arrumada, já era tarde demais para conseguir algo pro campeonato, mas as três vitórias nas últimas quatro provas deixaram boa impressão  para 2015. 

Em mudança de pilotos apenas o mais óbvio: o constante mas não tão bom Ryan Briscoe foi substituído pelo novato Karam, após um ano sendo preparado pela equipe de Chip. Sage foi testado na Indy 500 e em algumas corridas de longa duração, e agora segue para a prova de fogo: uma corrida de verdadinha (não que a Indy 500 não fosse, mas ele já tinha a premiação da Indy lights para garantir essa corrida ao menos).

Mas a equipe mudou consideravelmente em sua estrutura. A Chip Ganassi não se comportava tanto como uma equipe, mas como um conglomerado de duas equipes: a Target do carro #9 e #10 e a Peudhomme #83 e #8 (que dava certo para a Target mas não para a Peudhomme). Nesse ano de 2015 a Target retirou o patrocínio do carro #10 de Tony Kanaan para reinvestir na equipe da Ganassi na NASCAR, com isso, a equipe voltou a agir como uma só. Esse ponto pode fazer com que Charlie Kimball e Sage Karam finalmente tenham desempenho um pouco melhor, algo mais parecido com o de Dixon e Tony.

Entre os pilotos, Dixon e Tony Kanaan mostraram no fim do ano passado que vem pra briga pelo título, agora com a equipe habituada ao novo motor. Sage Karam, apesar de ser incógnita, tem grandes chances de se dar bem na categoria pelo que mostrou no seu cursinho pré-vestibular da Ganassi e Charlie Kimball fica na de sempre...


Carpenter Fisher Hartman Racing

Pilotos: 
Josef Newgarden (13º, carro #67, americano)
Ed Carpenter (22º, carro #20 ovais, americano) 
Luca Fillipi (28º, carro #20 mistos, italiano).

Patrocínios: Fuzzy's Vodka (#20), Hartman Oil e direct Supply (carro #67).

A equipe oriunda da fusão das equipes de Sarah Fisher e Wink Hartman e Ed Carpenter, no fim, parecem que não mudaram tanto assim. As equipes mantiveram seus patrocínios, seus carros e até os engenheiros-chefes são os mesmos do ano passado.

Entretanto, a fusão é o resultado de uma das parcerias que prevalecem desde os tempos de IRL: Sarah Fisher e Ed Carpenter se uniram quando ambos passavam por alguns momentos de dificuldade, quando a bela moça foi mamãe e já não tinha todo aquele desprendimento de sua vida para continuar correndo e Ed Carpenter não tinha mais onde correr depois que a Vision morreu por Tony George ficar sem patrocínio.
Carpenter e Fisher em 2011.

Uma ex-piloto que se tornaria chefe de equipe, mas sem piloto, e um piloto que queria dirigir em ovais, mas não tinha patrocínio, se juntaram por um ano. Não foi aquela maravilha de ano aquele 2011, mas ambos (Ed Carpenter como piloto, Sarah Fisher na vida dela) ganharam sua primeira corrida, na penúltima (que se tornou última) corrida do ano no Kentucky. Na temporada seguinte, ambos se separaram. O cunhado Tony George arrumou dinheiro e equipe novamente e Carpenter virou sócio, já Sarah gostou de mandar nos outros, queria continuar com sua equipe e encontrou um jovem estranho que grita feito uma menininha e que tinha dinheiro por ser campeão da Indy Lights com um pé nas costas para pilotar em sua equipe.

E agora eles estão de volta, junto com o Wink Hartman mas ele é só convidado de luxo tipo o David Letterman.

Nos pilotos, Josef Newgarden e Ed Carpentar não tiveram tantos upgrades em seus destinos. Entretanto, ambos estão numa equipe que já pode ser considerada média, principalmente pelos resultados obtidos pela Carpenter no ano passado, a pressão aumenta um pouco mas os dois devem tirar de letra.

Meu maior receio está em Luca Fillipi. O italiano entrou no lugar do inglês superestimado Mike Conway, que conseguiu uma vaga no WEC. Fillipi vem tentando há muito uma vaga mais concreta na Indycar, mas até então só correu algumas provas pela Barracuda e pela Rahal Letterman. Essa é sua chance de ouro de entrar, finalmente, na Indycar.

Mas agora resta saber se a Carpenter Fihser Hartman terá um desempenho mais próximo da Ed Carpenter Racing (consegue vitórias, mas num tem consistência) ou como a Sarah Fisher Hartman Racing (resultados consistentes, mas vitórias são só sonho), ou a mistura dos dois ou nenhum desses dois.


Kalkhoven-Vasser Racing Technology

Pilotos: 
Sebastien Bourdais (10º, carro #11, francês) 
Stefano coletti (novato, carro #4, monegasco).

Patrocinadores principais: Hydroxycut, Mistic cigarretes e Circle K (carro #11); KNM (carro #4).

A KV Racing saiu do ano de 2014 mais motivada, principalmente depois da vitória conquistada por Sebastien Bourdais e o décimo lugar no campeonato animaram um pouco as coisas. 

A principal mudança para esse ano é no segundo carro da equipe. Sebástian Saavedra e a AFS Racing não estão mais no carro antes conhecido como #17, e em seu lugar está Stefano Coletti. 

Da dezena de pilotos que tinham carreiras na GP2 e tentaram vaga na Indycar esse ano, apenas ele conseguiu se firmar. Coletti correu muitos (muitos) anos na GP2 e quando viu que não conseguiria nada na principal categoria de monopostos da Europa/Ásia mudou seu foco para os Estados Unidos. O alvo principal era a SPM, mas quando esta confirmou seus pilotos, o monegasco prontamente acertou com a KV Racing.


Clauson Dirige pela equipe na Indu 500.
A equipe também planeja fazer suas típicas associações para carros nas 500 milhas de Indianápolis. A primeira delas é com a Jonathan Byrd's Racing, para que o piloto de Midget (aquela gaiola que corre naterra) na USAC Bryan Clauson corra no carro #82. Essa deve ser apenas a primeira de muitas, e há rumores até da equipe se associar novamente com a AFS e até com a Fan Force United.

Essa mudança provocou alguns efeitos imediatos no desempenho da equipe. Nos testes coletivos em Barber. Tanto Bourdais quanto Coletti conseguiram ficar entre os cinco primeiros em algumas sessões, e o monegasco terminou os testes com o terceiro melhor tempo no geral.

Mas treino é treino e corrida é corrida, e a equipe de Kevin Kalkhoven e Jimmy Vasser devem se reerguer, pois foram a equipe de Chevy que menos conseguiu vitórias no ano passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário