A Andretti Autosport pôs três pilotos da Indy Lights para brincar com os carros da fórmula Indy em Road America. o brasileiro Matheus Leist estava entre eles.
Leist a frente no #98, Kellett ao fundo no #28
Uma das vantagens de se correr na Indy Lights é ter praticamente garantido pelo menos algumas voltinhas em um carro da fórmula Indy. Isso porque a INDYCAR  reserva um dia extra para cada carro da categoria, desde que o carro seja guiado metade do dia por um piloto que corre na temporada atual da Indy Lights. Como testes são escassos, todas as equipes correm atrás deles para aproveitar a regra em um dos dias programados de testes privados.

Nessa quarta-feira houve um desses dias de testes programados, no palco da próxima etapa da temporada, onde estiveram Presentes Andretti Autosport, Schmidt-Peterson Motorsports e Dale Coyne.  Vamos esquecer que a Dale Coyne existe e que testou com um piloto misterioso para focar nos novatos da Lights.
Leist pilotando o #98
Foram quatro pilotos da Lights que testaram em Road America. Dois deles estão na briga pelo título desse ano: Matheus Leist assumiu o #98 Alexander Rossi, enquanto Nico Jamin, o vice-líder do campeonato, assumiu o #27 de Marco Andretti; enquanto dois deles já são veteranos de Lights: Dalton Kellett assumiu o #28 de Ryan Hunter-Reay e Zachary Claman de Melo assume o #5 de James Hinchcliffe.

Leist pilotou seu carro pela manhã, e fechou o dia com o melhor tempo entre os novatos, dois décimos mais rápido que Nico Jamin e meio segundo mais rápido que Dalton Kellett, que também pilotaram seus carros no período da manhã

“Quando os ‘profissionais’ andaram com o nosso ajuste, que usa uma configuração de motor um pouco diferente, virei parecido com eles”, relatou, Leist “O Alexander Rossi foi um pouco melhor, mas foi muito show. Se me desse um dia inteiro, já teria condições de andar de igual para igual com os caras”. "Esta foi uma mega oportunidade para mim, foi um sonho desde que eu era jovem para dirigir um carro da Indy".

Esses olhos do Nico Jamin...
Jamin exaltou a importância de se fazer esse teste "É importante que dá para nós, pilotos da Indy Lights, um primeiro gosto do que é um carro Indy e nos dá a chance de mostrar as equipes da IndyCar o que podemos fazer. Também ajuda as equipes e pilotos da IndyCar porque eles podem ter aquela tarde para pilotar mais 40 voltas."

E isso é importante principalmente para Leist e Jamin. Ambos, apesar de ou participarem de uma equipe que tem carros na fórmula Indy (Jamin pilota pela Andretti na Lights) ou em um time que pretende ter um carro na categoria em breve (Leist pilota pela Carlin), ambos devem manter seu leque de opções o mais aberto possível. Ambos são estrangeiros e a dificuldade em encontrar patrocínios e vínculos com equipes da Indy se torna maior para eles, além de terem uma quantidade menor de dinheiro oriundo de patrocínios.  Assim, como fez Carlos Muñoz em 2013, a falta de aporte financeiro pode ser suprida com uma boa dose de habilidade e contatos com equipes.

De Melo com seu possível futuro brinquedo.
Já o caso dos canadenses Dalton Kellett e Zachary Claman de Melo é bem diferente. Eles tem aporte financeiro para comprar uma equipe de pequeno por da Indy se quiserem então, basicamente, estão fazendo test drives. 

Dalton Kellett vem fazendo carreira na Indy Lights pois, segundo declaração do mesmo, decidiu "entrar na Indy pela porta da frente, mostrando que é capaz de bons resultados". Ele está em seu terceiro ano de Lights tentando essses bons resultados. De Melo vem em seu segundo ano pela Carlin, e após quase correr na GP2 pela própria Carlin e, aparentemente, ainda não está 100% focado na Indy.

O caso de Leist e Jamin é bem diferente de o de Kellett e de Melo. Ambos estão (ou, pelo menos, parecem) 100% focados na Indy e, pelo menos até o momento, não possuem meios para entrar na categoria. Esses testes são chaves não apenas para mostrar que são bons na pista, mas para começarem a pensar em lances futuros.


Fontes: Correio do Povo, Journal Sentinel e Motorsport.com

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