Mudanças significativas nas provas de 2017 de todo o Road to Indy, contando com mudanças trocas de provas, cancelamento de etapas fora do calendário da Indy e até de mudanças na importância das categorias!


No fim de semana de premiação e distribuição de trofeus do Mazda Road to Indy, a Andersen promotions, que coordena todas as categorias de acesso à Indy, divulgou um calendário que só não atraiu mais polêmica porque poucas pessoas realmente discutem o Road to Indy.

Ele contará com dez fins de semana no total, com a temporada de todas as categorias começando nos dias 11 e 12 de março em St. Petersburg e terminando no dia 2 de setembro em Watkins Glen. Confira abaixo onde cada categoria correrá em 2017:
Parece normal...
Parece um calendário bem normal e muito similar ao do ano passado, mas não é. Tem um bocado de mudanças embutidas na mudança de algumas etapas. Vamos discuti-las em tópicos:

Finalmente parece uma categoria de acesso.

Pela primeira vez desde que a Andersen Promotions tomou posse das categorias de base do Road to Indy, todas as categorias fazia pelo menos uma prova fora do calendário oficial da Indy. Isso até esse ano.

Todas as etapas de todas as categorias em 2017 ocorrerão no mesmo circuito e final de semana de corridas da Indy. Com isso, tanto a etapa paralela da Pro Mazda e USF2000 no Lucas Oil quanto a etapa extra que servia de final para todas as categorias do Road to Indy em Laguna Seca foram abandonadas.

A principal causa da desistência em organizar essas provas é a falta de visibilidade. As provas sem o acompanhamento da Indy costumam ser permeadas de um silêncio, tanto pela falta de público nos autódromos quanto pela falta de espectadores nos streams promovidos pela categoria e pela falta de cobertura da mídia. 

As finais em Laguna Seca eram prova disso. Menos de mil pessoas estiveram presentes em ambas as finais disputadas no circuito a 400 quilômetros da final da Indy e o stream raramente alcançava números muito maiores. A cobertura das finais era feita pelos poucos veículos que acompanhavam o mundo da Indy com mais afinco e, no geral, os campeões e as decisões passavam desapercebidas do público que não acompanha o mundo da Indy com tanto afinco.

Com o novo calendário das categorias de base terminando uma etapa antes da categoria principal, tanto a categoria quanto os campeões terão mais visibilidade, pois eles serão decididos no mesmo dia da penúltima etapa da Indy, frente a dezenas de milhares de pessoas nas arquibancadas e com vários repórteres in loco cobrindo a Indy e aproveitando para cobrir a Lights e o Road to Indy todo.

Corridas apenas no lado leste do continente americano.

Em preto são as etapas da Lights, em vermelho da USF2000 e em azul da Pro Mazda.
Cada vez mais as categorias de base vem se tornando uma brincadeira para os entornos de Indianápolis. Deixando praças com Long Beach, Phoenix e Texas, oito dos dez fins de semana serão realizados em etapas no entorno de Indianápolis, se voltando cada vez mais para o público de meio oeste americano.

Isso porque o público que acompanha mais fortemente a Indy e suas categorias de base, coisa que tanto a Lights quanto as categorias menores precisam muito.

USF2000 >>>>> Pro Mazda.

O novo carro da USF2000
Devido ao momento que cada uma vive, parece que a USF2000 e a Pro Mazda trocaram de lugar.

Isso acontece porque, no ano que vem, a USF2000 estreará novo carro, substituindo os velhos Van Diemen F-02 (Isso porque foram idealizados A CATORZE ANOS ATRÁS) pelos novos carros da Tatuus USF-17. Com isso, a categoria que é o primeiro degrau da escada rumo à Indy recebeu um bocado de atenção a mais no Road to Indy, tanto como interesse de equipes e pilotos (o grid da USF2000 no ano passado girou de 18 a 27 carros) como maior interesse da Andersen Promotions em aproveitar esse "sucesso" momentâneo aumentando o espaço da USF2000 no calendário.

Para isso, como como consequência e a Lights não perde seu espaço de rainha suprema do Road to Indy, a Pro Mazda perdeu espaço no certame. A categoria sempre foi meio esvaziada em comparação a USF2000, mas em 2016 ela se superou, com apenas sete pilotos correndo a segunda metade do campeonato pela categoria principal, tendo até etapa cancelada por falta de inscrições e o final de campeonato mais melancólico dos últimos tempos

Em 2017, a Pro Mazda continuará usando os mesmos chassis Crawford P04 e não terá tantas mudanças em seu escopo. Assim, houve uma redução no número de etapas da Pro Mazda, reduzindo os custos das equipes e, com o subsídio e apoio maior que a Andersen Promotions está dando as equipes da categoria, o fiasco de 2016 pode não se repetir em 2017.

Volta ao seio da Indycar.

Vocês sabem (se não sabem, fiquem sabendo) que gosto muito do trabalho da Andersen Promotions em dar uma gruinada e unificar as categorias de base da Indy, onde estava tudo meio disperso e relegado do cenário internacional. Mas lago que sempre me incomodou nas decisões da empresa foi o gradativo afastamento da Indy Lights, e, por consequência, das outras categorias de base, da Indycar principal.

Desde os novos carros que, apesar de terem push to pass, estavam ficando um pouco mais distantes do DW-12, principalmente pela falta de proteções de carenagens e da distribuição de peso, as etapas em que as duas dividem pista estarem cada vez mais voltadas para a Flórida e não para Indianápolis e, a decisão que me deu várias gastrites, de realizar sua final em um circuito muito próximo ao da Indy em datas muito próximas. 

E, bem, os carros continuam razoavelmente distantes, mas agora todas as etapas estão contidas dentro do calendário da Indy, final na penúltima etapa do campeonato e ações de marketing que podem ser feitas em conjunto. Melhor calendário impossível para todo o Road to Indy.

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