O campeonato da Indy Lights esse ano tem SEIS postulantes ao título na etapa final em Laguna Seca. De pessoas desacreditadas a novatos e pessoas favoritíssimas ao título, postamos algumas linhas sobre cada postulante ao título.


Chega a ser surreal que quase metade do certame chega disputando o título na rodada dupla final do campeonato em Laguna Seca. Santiago Urrutia, Ed Jones, Dean Stoneman, Félix Serrallés, Zach Veach e Kyle Kaiser podem sair de Laguna Seca já com vaga garantida em três provas da Indy 500, além de um milhão de dólares em patrocínio. Vamos ver cada um deles, indo do piloto com menor chances ao piloto com maior chances de título:

Kyle Kaiser (6º, -40 pontos):


O piloto californiano de 20 anos é o que possui menos chances de título, pois, para descontar 40 pontos do líder e quase quarenta pontos do segundo colocado são tarefas hercúleas. Entretanto, a regularidade de Kaiser, em conjunto a um bom trabalho da Juncos, podem fazer esse milagre acontecer.

Kaiser chegou a essa disputa de título graças ao seu ótimo início de temporada, onde venceu a etapa de Phoenix e chegou a ser líder o campeonato após a terceira corrida. Mas, conforme o campeonato avançava, o californiano foi ficando para trás em detrimento de seus adversários e, com uma regularidade impressionante, o senhor sexto lugar (denominado assim por estar em sexto no campeonato e chegar seis provas na sexta posição) se manteve com chances mínimas de título.

Apesar de seu um piloto constante e regular, característica muito importante na Indy, Kaiser não mostra ter a mesma velocidade e habilidade na hora de decidir posições que alguns de seus adversários. Mas Kaiser é jovem, e uma terceira temporada de Lights não fará mal a ele.

Félix Serrallés (5º, -38 pontos):


Vai parecer grande rudeza de minha parte, mas o caso de Serrallés e Kaiser são bem parecidos. Ambos fazem seu segundo ano de Indy Lights, mostraram grande evolução aponto de participarem da disputa pelo título na última etapa do campeonato, mas ainda se mostram um pouco abaixo dos ponteiros em vários requisitos, onde um terceiro ano de Lights não faria nada mal para eles e precisam fazer dois dos doze trabalhos de Hércules para conseguirem o título do campeonato.

Serralles também teve um ótimo início de campeonato, chegando a liderar o campeonato após a quarta prova, mas teve sérios contratemos, principalmente na parte fina do campeonato, e chega na etapa final precisando desesperadamente de duas vitórias para se sagrar campeão esse ano. 

O portorriquenho de 24 anos teve um ano cheio de altos e baixos, o que lhe é característico. Depois de ser apelidadeo de "Crash" Serrallés, pelo alto número de batidas no ano passado, Félix mostrou-se muito melhor, com grandes exibições, principalmente nos circuitos de rua. Mas a regularidade é algo importantíssimo na Lights e na Indy, e Serrallés passou longe disso esse ano, já que era comum ele estar brigando pela liderança em uma prova e estar no fim do grid, errar numa disputa de posição e bater na prova seguinte.

Zach Veach (4º, -31 pontos):


O hobbit americano é um caso interessantíssimo nesse ano. Desacreditado, veio para um terceiro ano da Lights após ficar parado em 2015. Sim, é isso mesmo que você viu: ele disputou a Indy Lights em seu ano de estreia junto com Carlos Muñoz, Jack Hawksworth e Sage Karam. Após a temporada de 2014 seu contrato com a Andretti acabou, Veach se viu à pé e desacreditado.

Voltou em 2016 pela Belardi e com um companheiro de equipe de respeito, Félix Rosenqvist, e um carro completamente novo para aprender a dirigir, os resultados passaram longe de vir no início do ano. Entretanto, com seis top 5 nas últimas oito provas, Veach se recuperou e chegou à disputa pelo título após a vitória na etapa passada, em Watkins Glen.

Apesar de suas chances serem bem pequenas de título, precisando vencer as duas provas do fim de semana e torcer para o líder e o vice-líder terminarem fora do top 10, só o fato de chegar na disputa pelo título por uma equipe mediana e mostrar que ainda tem muita lenha pra queimar e muito pra evoluir já é uma vitória.

Dean Stoneman (3º, -23 pontos):


Parece que já virou tradição sempre ter um inglês disputando o título da Indy Lights. O estreante Dean Stoneman veio para uma desacreditada Andretti após ser desacreditado de sua carreira, onde teve de pará-a para tratar um câncer, e abmos se deram muito bem nesse ano.

O começo da temporada cheio de adaptações e de resultados mais ou menos passou rápido, e em Barber ele já estava subindo no pódio. Depois do segundo lugar em Road America parecia que brigaria apenas com Ed Jones pelo título.

Mas os resultados começaram a degringolar na segunda metade da temporada, a falta de desempenho atrapalhou em algumas ocasiões e fizeram Stoneman e a Andretti caírem para o terceiro lugar no campeonato.

Agora, para se sagrar campeão nessa temporada da Indy Lights, Stoneman precisa ganhar e torcer para Ed Jones e Santiago Urrutia neão ficarem entre os cinco primeiros em AMBAS AS PROVAS.

Ed Jones (2º, -1 ponto):


O inglês de Dubai segue, junco com a Carlin, para sua segunda disputa de título na sua segunda temporada na Indy Lights. e é incrível como as duas temporadas de Jones se parecem.

Em 2015, o piloto de 21 anos começou arrasador e liderava com certa folga até Indianápolis. Mas as coisas começaram a desandar, Jones começou a fazer corridas mais apagadas, não mais venceu e chegou na disputa pelo título em Laguna Seca na segunda posição, onde perdeu o título para um estreante.

Em 2016, Ed Jones não começou bem em St. Petersburg, mas se recuperou e liderava com uma certa folga após Indianápolis. Mas as coisas começaram a desandar, Jones começou a fazer corridas mais apagadas e não mais venceu até aqui, chegando na disputa de título em Laguna seca na segunda posição.

Será que dessa vez ele também perderá o título e começará a ter a síndrome de Jack Harvey (piloto inglês que conseguiu o vice-campeonato duas vezes e não conseguiu entrar na Indy)? E perdendo para um estreante??

Santiago Urrutia (líder):


Sim, um estreante com o carro vinho é, novamente, o homem a ser batido. Santiago Urrutia, enquanto a maioria tinha consideráveis altos e baixos (tirando Kyle Kaiser, mas ele não conta), o uruguaio se manteve com bons resultados durante o campeonato todo, com exceção das duas primeiras etapas onde era estreante e ainda pegava a mão do carro.

Urrutia correu meio por fora do campeonato, perseguindo Ed Jones e Dean Stoneman até Road America, onde, após a segunda prova no fim de junho, emplacou uma série de seis provas entre os cinco primeiros, incluindo duas vitórias.  Estava com mais de cinte pontos de vantagem para Jones em Watkins Glen, mas teve problemas com os pneus e perdeu toda essa diferença, chegando praticamente empatado com o inglês de Dubai para a final.

Apesar de novo e cara de psicopata, Urrutia cumpre alguns dos requisitos para ser um piloto da Indy: é rápido e constantemente rápido, além daquele feeling para ultrapassar adversários sem perder muito tempo e de forma que eles não esperam. Por isso, mesmo que não ganhe, o piloto de 19 anos já tem tudo para entrar na categoria acima.


E são esses os pilotos que estão disputando o título, um milhão de dólares em patrocínio para competir na Indy 500 e em mais duas provas. Os horários das atividades em Laguna Seca da Indy lights, bem como de todo o Road to Indy estão aqui.  Quem vence essa???

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