Nem dá para acreditar ainda. Alexander Rossi, em sua primeira temporada na IndyCar, supera todo mundo na estratégia de combustível e iguala o feito de Helio Castroneves, o último calouro a vencer a prova em 2001.


Nem o Rossi tava acreditando ainda nessa hora. (Foto:  Divulgação/IndyCar)

Sobre a corrida: Ela foi bastante movimentada, várias trocas de posições, principalmente entre os líderes e por várias vezes víamos pilotos lado a lado nas curvas, algo bem raro e perigoso de se fazer em Indianapolis.

O começo de prova foi bem morno. A primeira amarela veio por conta de detritos na pista, na volta 46, após a primeira janela de paradas nos pits. Até o momento, Hunter-Reay liderava junto com Newgarden e Hinchcliffe, trocando posições e Townsend Bell, Hélio e Kanaan logo atrás.

Os pilotos entraram nos pits e, na saída, Power acaba batendo de leve em Kanaan. A direção de prova aplicou uma punição de atravessar os pits novamente para o australiano.

A segunda amarela foi causada pelo campeão de 2015, Juan Pablo Montoya, que rodou sozinho na saída da curva 2 na volta 63 e bateu. Ele mesmo não entendeu o que aconteceu com o carro para ele ter rodado de forma tão amadora.



A terceira amarela ocorreu na volta 93, quando Townsend Bell e Sage Karam decidiram dividir a curva 1. E como ambos tem fama de não aliviar pra ninguém, quem se deu a pior foi o mais jovem, Karam, que após tomar a fechada de Bell, rodou e bateu sozinho.


A relargada só veio com mais da metade da prova já realizada, e Kanaan, então sétimo aproveitou pra passar todo mundo em uma volta e assumir a liderança, o que já é uma característica bastante antiga do piloto brasileiro. O público foi a delírio. Enquanto isso, Hélio perdia ritmo e posições para Bell, Andretti e até Hildebrand.

Na volta 114 tivemos a quarta amarela do dia, quando Aleshin rodou sozinho e Conor Daly se assustou e acabou rodando também. Mas a cena mais bizarra fo nos pits, quando Bell e Hunter-Reay saíram juntos e se tocaram, e Bell acabou acertando Castroneves. Por sorte, nada aconteceu com o brasileiro, mas com Hunter-Reay, então piloto com mais voltas na liderança, significou quase o final da prova.



Após Tagliani e Rossi trocarem ultrapassagens pela liderança, a quinta amarela veio após Buddy Lazier sair dos pits e uma roda sair de seu carro. Foi o grande momento do campeão de 1996 na prova e, enfim, abandonou.


A roda do Lazier perambulando pelo gramado interno da pista (Foto: Reprodução)

A relargada veio na volta 158 e, como diz o Téo José, ali se dava ‘a hora da verdade’ das 500 milhas, onde os pilotos começam a não negociarem mais assim tantas posições e ultrapassagens. Kanaan era o líder ao ultrapassar Hélio na relargada, com Newgarden e Hinchcliffe logo atrás.

Hélio vinha perdendo posições, e então veio JR Hildebrand e tocou com o bico dianteiro na proteção da roda traseira esquerda do brasileiro, fazendo um pedaço do carro da Penske se quebrar e ficar pendurado. Hélio vinha perdendo rendimento e parecia ser o final de prova para ele, até que...

Nova bandeira amarela na pista. Takuma Sato errou e bateu na curva 4 da volta 163. E então todo mundo aproveitou para parar nos boxes, apenas Tagliani e Hildebrand que não pararam.

E o final de prova aconteceu com a dúvida de muitos pilotos: Será que dá pra chegar até o fim sem parar de novo? A conta não batia, um tanque cheio durava cerca de 30 voltas na pista. Precisariam economizar muito, ou na nova bandeira amarela.

Tony Kanaan não estava nem aí pra isso, acelerou tudo o que pôde e assumiu a liderança na volta 179. Enquanto isso, os demais pilotos tentavam economizar. Parecia que a vitória cairia nas mãos ele ou de Hélio, que tinha menos voltas dadas desde a última parada.

Mas aí todos os líderes começaram a ficar sem combustível a cerca de dez voltas pro final, o que já era esperado. Kanaan, Hinchcliffe, Newgarden, Hélio, Muñoz, Andretti, Bourdais, todos pararam pra fazer o famoso ‘Splash & Go’.

O único que não parou foi Alexander Rossi, que recebeu a bandeira branca quase sem combustível, e completou a prova bem devagar, com o carro falhando já sem combustível.


Rossi nem conseguiu chegar no pit-lane. (Foto: Reprodução)

Primeira vitória de um calouro na Indy 500 desde 2001, quando Hélio Castroneves venceu pela Penske. Estratégia perfeita da equipe Herta/Andretti, bem parecida com a que consagrou Dan Wheldon em 2011.

Confira abaixo o resultado final da prova:



A Indy volta já na próxima semana, com a rodada dupla em Detroit, nos dias 4 e 5 de junho. Até lá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário