Com aerokit especial para o treino classificatório, o brasileiro foi o mais rápido e passou a marca das 227 milhas, num dia de vitória pra Chevrolet e derrota pra Honda.

O segundo dia de treinos para as 500 milhas de Indianápolis foi inteiramente com sol. As condições estavam boas para os pilotos treinarem nas sete horas de treino livre, a única exceção foi o vento, que estava bem forte no início da tarde.

Que número é esse?
Logo na primeira hora de treinos tivemos a notícia que os painéis de LED que informam a posição do piloto não serão usados nas 500 milhas de Indianápolis desse ano. A categoria vinha testando esses painéis desde a pré-temporada, mas alguns deles davam defeito e mostravam os números apenas parcialmente. A categoria não descartou usá-los em algumas das outras provas de 500 milhas ou em provas noturnas.

Nesse início de treino também Hélio Castroneves virou 227,514 mph ainda na primeira hora de treino. Essa média não foi batida durante todo o dia, e é a mais rápida feita com os carros sem a potência extra desde que a categoria se reunificou, em 2008. 

Isso se deve a uma nova peça no aerokit da Chevrolet. A lateral e proteção da roda traseira, que antes formavam duas peças diferentes, agora se tornaram uma única peça, muito similar ao que a Honda utiliza. Essa peça será usada por alguns carros da Chevy apenas nos treinos classificatório.
Carro do Hélio hoje (à esquerda) e no treino de ontem (à direita)
Com essa mudança, o carro de Hélio conseguiu a melhor volta do dia tanto se aproveitando do vácuo (227,514 mph) quanto em volta limpa (225,315 mph).

Após três horas de treino, aconteceu o lance que mais chamou a atenção no treino. O carro #29 de Simona de Silvestro teve problemas na bomba de combustível, caiu um pouco de etanol nas partes quentes do carro e ele começou a pegar fogo. A piloto saiu sozinha do carro (até empurrou um dos fiscais de pista), e saiu com algumas queimaduras leves no corpo. Ainda não foi confirmado se a suíça treina amanhã.


A derrota da Honda foi completa pois, além de sua concorrente copiar uma peça de seu carro e ainda ser mais rápida e de um de seus carros pegar fogo, a equipe teve dois motores com problema, no carro de James Jakes e no carro de Justin Wilson. As duas quebras aconteceram já no fim do dia, o motor de Jakes deu adeus faltando uma hora e meia pro fim, enquanto o carro de Wilson teve o motor quebrado já na Happy Hour, a última hora de treino, quando os pilotos andam mais rápido. 

Quebras de motor são tão graves quanto batidas nas 500 milhas, pois cada piloto só tem direito a, no máximo, dois motores em todo o evento, desde os primeiros treinos ontem até o dia da corrida, em 24 de maio. Caso um dos dois quebrem mais um motor, eles terão que se virar para recuperar algum deles, caso contrário eles não poderão correr mais em Indianápolis esse ano.

Apesar desses contratempos, o inglês fez a quarta melhor média de velocidade no vácuo (226,688 mph). A melhor volta da Honda fora do vácuo foi feita por Oriol Servià (223,472 mph), atrás de quatro carros Chevy: Hélio Castroneves (225,315 mph), Sage Karam (224,035 mph), Sebastien Bourdais (223,629 mph) e Simon Pagenaud (223,504 mph).
Jakes e Wilson com um motor a menos.
Logo depois da bandeira verde ser reacionada, Jack Hawksworth errou na saída da curva dois, evitou os muros e parou seu carro na grama, sendo o primeiro a errar uma tomada de curva na pista (no treino de ontem, Stefano Coletti errou, mas já esntrava nos boxes).

No Happy Hour ainda tivemos duas novidades: Alex Tagliani finalmente compareceu com o carro #48 da AJ Foyt; o canadense deu apenas três voltas de instalação, para ver se o carro não desmontava ao ser ligado ou coisas assim, e ele deve vir para realmente iniciar seus treinamentos a partir de amanhã. 
James Davison foi o primeiro (e talvez nnão seja o único) a pilotar o #19 na Indy 500
A outra novidade é que, finalmente, algum piloto entrou no carro #19 da Dale Coyne. James Davison pilotou o único carro da Dale Coyne que ainda não tinha ido pra pista por quinze voltas, fazendo médias muito lentas (a volta mais rápida conseguiu média de 214,877 mph) e terminou o dia com a penúltima posição, já que Tagliani deu apenas três voltas. Davison ainda não foi confirmado para disputar sua segunda 500 milhas no carro #19, mas o piloto sai a frente de outros pilotos cogitados, como Katherinel Legge, Ryan Briscoe, Tristan Vautier e até Vitor Meira.

O treino foi terminado 15 minutos antes das 19h locais, para o resgate do carro de Wilson. Hélio terminou com a volta mais rápida feita logo no início do treino, com seu companheiro de equipe Simon Pagenaud fazendo a segunda melhor volta, eles foram os únicos a fazer voltas acima de 227 mph. Scott Dixon, Justin Wilson e Townsend Bell fecharam o top 5.  

Veja os tempos na tabela abaixo, onde "BLS" é a melhor volta de cada um no vácuo e "NTS" é a melhor volta de cada um fora do vácuo, sempre em milhas por hora.
Na tabela vemos que Penske e Ganassi permanecem bem fortes, com cinco dos sete primeiros colocados sendo de uma das equipes. Chevrolet ainda tem mais dois carros entre os dez primeiros, com pilotos que não competem a temporada toda: JR Hildebrand (CFH Racing) e Townsend Bell (DRK Racing). 

A Andretti completa os dez primeiros colocados, sendo os carros mais rápidos de Honda, e Marco Andretti foi o piloto que completou mais voltas no dia, 99 no total.

Amanhã tem mais treinos livres, iniciando a uma hora da tarde e indo até as oito horas da noite. Você pode acompanhar pelo Racecontrol.indycar.com

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