Depois de duas corridas em sequência na grande e falida Detroit, vamos avaliar quem se destacou, tanto pro lado positivo quanto pro lado negativo da força.

Em alta

5º: Conor Daly e Gabby Chaves.
Novatos finalmente se mostrando.
Parecem ser os pilotos que salvarão a reputação dos estreantes esse ano. 

Gabby Chaves é um piloto pobre pilotando em uma equipe mais pobre ainda (no sentido financeiro da palavra). Ainda pilotando de Honda, ninguém esperaria ele na ponta dos estreantes, ainda mais com os badalados Stefano Coletti e Sage Karam em equipes mais fortes e com um motor Chevy em suas posses. O fato é que o colombiano, discretamente, vem mostrando estabilidade e conseguiu pela primeira vez ficar entre os dez primeiros na segunda corrida de Detroit, ficando quase trinta pontos a frente de Coletti.

E Conor Daly, na sua segunda chance de andar na Indycar, finalmente mostrou trabalho e conseguiu um bom resultado. Mas já vai ser substituido no Texas pelo Bryan Riscoe, no novo carroputinha que surgiu na Indycar #GetWellSoonHinch.

4º: Rodadas Duplas.

Sei que muitos reclamam que parece coisa de categoria de base, causa muitos problemas quando algum evento tem de ser adiado e que fica muito confuso e casativo; mas a verdade é que as rodadas duplas proporcionaram muitas emoções e corridas boas, mesmo em pistas onde isso é difícil (como Detroit e Houston).

O fato de ter corridas menores e das recuperações de quem vai mal ser um pouco mais complicada sempre ajudaram a tornar essas corridas mais atrativas, além de elas sempre atraírem algo muito estranho para si que faz bagunçar ainda mais as coisas e nos proporcionando gratas surpresas.

Além de sempre uma delas passar na TV Aberta daqui. Síndrome de vira-lata? Talvez...

3º: Honda
Top 10: 8 Honda.

A montadora nipônica mostrou que, pelo menos nos mistos, ainda está viva. Mostrou também que seus principais trunfos são as estratégias diferentes e a economia de combustível/pneus/equipamentos além de, por algum motivo misterioso, sempre ter uma boa dose de sorte na chuva.

Foram esses fatores que deram pra ela a segunda vitória no campeonato, fez ela marcar mais pontos que a Chevy nas duas corridas da rodada dupla e ainda tentar algo no campeonato, que tá bem difícil pra ela.

2º: Carros verdes.

Se você estivesse em Detroit, tivesse um carro verde de verdade (e não como os carros de Luca Fillipi ou o Charlie Kimball) você se daria bem.

Os dois carros mais verdes do campeonato venceram as provas de Detroit desse ano. Carlos Muñoz, o piloto mais criticado injustamente da Indycar atual, driblou a todos em sua estratégia de todos, economizou mais que Pagenaud e Andretti e venceu com propriedade a corrida, colocando mais de um minuto de diferença sobre Will Power. Vamos ver se essa vitória anima mais o campeonato dele.

E o estável Sebastien Bourdais, que sempre faz aquilo que o equipamento lhe permite, saiu na frente com a estratégia não muito certa, que o número grande de voltas em bandeira amarela tratou de fazer essa estratégia se tornar a melhor de todas e andar na frente de Sato e Rahal. Sabemos que  o tetracampeão da Champ-Car não tem muito mais condição de fazer o que vem fazendo no campeonato, por isso ele deve aproveitar o máximo dessas condições atípicas pra ir bem.

1º: Tristan Vautier.

Terminou em quarto lugar com a Dale Coyne passando JP Montoya e Ryan Hunter-Reay por fora, e ainda agradeceu nominalmente a cada pessoa que lhe deu parabéns no twitter. A defesa encerra.


Em Baixa

5º: CFH Racing

Certamente deve estar levando um prejuízo imenso com todas essas batidas e asas caindo por aí. Com a vitória de Newgarden em Barber, a equipe esperava mais do mês de maio, mas as etapas em Indianápolis foram cheias de batidas para a equipe e Detroit não ajudou muito. 

Chutando por alto, os oito carros quebrados da equipe devem ter rendido uns cinco ou seis milhões de dólares de prejuízo fácil. Haja vitória pra compensar tudo isso.

4º: INDYCAR

Saudades critério.
Garahm Rahal bloqueia Sato e é punido com a devolução da posição durante a bandeira amarela, Conor Daly bloqueia Montoya e é punido a ir pro final da fila durante a bandeira amarela, Sage Karam bloqueia e é punido com um drive-through.

Que tal um pouco mais de padrão nas punições? 

Obs: só pra constar que não sou contra as multas ou a perda de pontos no campeonato, acho isso legal e seguem um padrão. Só falta a direção de prova fazer um padrão também pras punições de corrida.

3º: Stefano Coletti e James Jakes.

Parece que o carro dessas pessoas tem um alvo. Toda bandeira amarela que acontece em prova logo vem a minha mente que um dos dois ou a Dale Coyne estão envolvidos.

2º: Chip Ganassi.
A cara do Chip resume a Ganassi em Detroit.

Até parece que estão em Indianápolis e não foram pra corrida em Detroit ainda. Desde os treinos a gente não via os pilotos da equipe de Chip Ganassi na ponta, e só apareciam na transmissão da ABC pra bater ou algo do tipo.  

Nas duas corridas, nenhum pódio e Scott Dixon foi o único da equipe a terminar entre os dez primeiros (uma só em oito é um aproveitamento bem ruim) sem contar a batida entre companheiros de equipe na corrida 2, um Tony Kanaan que se envolvia (ou era envolvido) em várias batidas da prova e um louco...

1º: Sage Karam.

Parece que alguém, aos poucos, está despirocando completamente. Tá certo que ele está sob muita pressão, com toda a expectativa que se tinha sobre sua estreia, seus azares todos e agora ser obrigado a revezar o carro com Sebastian Saavedra nas etapas que acontecem na Califórnia, mas um pouco de auto controle vai bem.

Daí o piloto é envolvido no que com Sato da primeira volta das 500 milhas. Aparentemente nervoso, Karam fecha Sato na corrida em Detroit como se não houvesse amanhã (o que não adianta nada, pois o japonês passa ele meia volta depois), e na segunda prova bate em Jack Hawksworth duas vezes, o que gerou para o piloto de Nazareth TRÊS PUNIÇÕES EM UM FIM DE SEMANA. Deve ser algum tipo de novo recorde.

A novidade nem é tanto ele se envolver em acidentes, ele já se envolvia em alguns nas etapas anteriores; a novidade agora é criticar terceiros pelas desgraças que lhe passam no campeonato. 

Bem, Sato foi o culpado pelo acidene na primeira volta nas 500 milhas, mas é o Sato e isso é esperado, descontar essas coisas no twitter e não conversar com o japonês diretamente não é legal. Bem como culpar a direção de prova por ter cancelado a segunda qualificação logo quando vocês estava conseguindo a pole, a chuva torrencial que caiu não é justificativa suficiente, né? Bem como culpar um terceiro piloto (Conor Daly, no caso) por sua uma das suas duas batidas em Jack Hawksworth.

Não seja igual a Francesco Dracone, seja superior e mais maduro do que isso.

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